ISSSP - Instituto Superior de Serviço Social do Porto
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O Instituto Superior de Serviço Social do Porto é um estabelecimento de ensino superior particular de nível universitário que assume como seus objectivos fundamentais ministrar cursos de 1º ciclo (licenciatura) e 2º ciclo (mestrado) na área do Serviço Social e da Gerontologia Social.
Criado em 1956 no seio da Diocese do Porto por iniciativa do notável Bispo do Porto D. António Ferreira Gomes, o ISSSP é actualmente uma instituição de ensino superior juridicamente enquadrada pela Cooperativa de Ensino Superior de Serviço Social, CRL.
Com uma vasta acumulação de reflexão e conhecimentos na área dos “problemas sociais” resultante de uma experiência de mais de 50 anos no ensino do Serviço Social, o ISSSP tem assegurado a formação dos Assistentes Sociais e mais recentemente dos Gerontólogos Sociais. Tomando a capacitação para intervir com eficácia sobre as dinâmicas e processos sociais responsáveis pela emergência dos problemas sociais como princípio orientador de fundo da formação, os planos de estudos comportam uma componente científica consistente, procurando, além disso, acompanhar as evoluções da estrutura social portuguesa, num constante aperfeiçoamento e adequação dos modelos e métodos de intervenção às realidades.
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Browsing ISSSP - Instituto Superior de Serviço Social do Porto by Field of Science and Technology (FOS) "Gerontologia Social"
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- Animação, cultura e património: um projeto de intervenção para residências sénioresPublication . Machado, Maria Helena de Almeida Pacheco Pereira; Ganga, RafaelaO património cultural é parte integrante da história individual de cada sujeito e da história coletiva. Este trabalho de projeto propõe capitalizar o património cultural da instituição e da cidade onde se integra de forma a potenciar modalidades de envelhecimento ativo. Este é pensado como parte integrante do projeto de Animação Sociocultural já desenvolvido no lar de idosos em questão. Procura-se, assim, enriquecer culturalmente as atividades de Animação Sociocultural, ao mesmo tempo que aproximar os dois grupos de residentes, social e culturalmente distantes. Na perspetiva de Guerra (2000), e da metodologia de investigação-ação, consideramos os sujeitos como atores participantes, elementos ativos conscientes. Desta forma, optamos pela metodologia participativa do projeto com o intuito de colmatar o distanciamento sociocultural dos dois públicos existentes na instituição. Recorreu-se ao SAMES-Lar e a narrativas biográficas para fazer o diagnóstico de necessidades e interesses dos residentes da instituição. Através deste, estabelecemos os objetivos, as estratégias, selecionamos atividades de âmbito patrimonial e desenvolvemos mecanismos de avaliação para o projeto. Reconhece-se na Animação Sociocultural a capacidade para atingir os objetivos desejados: aproximar dois públicos, residentes na mesma instituição e que têm em comum a faixa etária, embora com diferentes práticas culturais e sociais; valorizar os diferentes saberes e proporcionar aproximação à comunidade exterior. Iniciamos este trabalho de projeto com a contextualização instituição, de forma a percebermos as suas caraterísticas, o seu funcionamento e a forma como a Animação Sociocultural se integra nas suas dinâmicas; fundamentaram-se e relacionaram-se conceitos essenciais para um projeto tais como: envelhecimento, classes sociais e capital cultural e Animação Sociocultural. Em conclusão, pretende-se com este projeto de Animação Sociocultural potenciar aprendizagens que permitem partilhar diferentes práticas culturais, demostrando que a cultura não é um privilégio nato e pode ser acessível a todos. De igual modo, percebe-se a como um instrumento fundamental de transformação em contextos sociais, que permite estabelecer elos de ligação entre indivíduos com práticas culturais diversificadas e, desta forma, impulsionar aproximações e potenciar experiências de envelhecimento ativo.
- O processo de institucionalização: o olhar de quem vê de dentroPublication . Vieitas, Melissa de Sá; Reis, José AlbertoAssistimos hoje a um fenómeno demográfico caracterizado pelo envelhecimento populacional, marcado por aspetos socioculturais, políticos e económicos com consequências na vida da sociedade em geral. Perante as alterações vivenciadas no seio familiar, a institucionalização afirma-se como a solução que melhor responde às necessidades de um idoso que vê a sua dependência e/ou autonomia limitada, não permitindo que permaneça no seu domicílio. Com o objetivo de avaliar o impacto do processo de institucionalização na vida dos idosos foi desenvolvido um estudo de caso numa instituição do concelho de Viana do Castelo. O estudo contou com a participação de 15 idosos institucionalizados, tendo-se utilizado técnicas de recolha de informação como a análise documental, a observação e o inquérito por questionário. Os resultados obtidos apontam para diferentes perceções quanto às mudanças na vida dos idosos participantes após o ingresso no lar, estando estas relacionadas com o motivo de ingresso no lar, a história de vida, as condições de vida, a retaguarda familiar de que dispõe, o grau de dependência e o poder de decisão/ autonomia. O lar de idosos depara-se assim com o desafio de promover o envelhecimento ativo dos idosos aí residentes, cabendo-lhe o importante papel de recriar uma imagem mais positiva do idoso enquanto indivíduo integrado num meio influenciado por diversos e determinantes fatores.
- Projecto de intervenção comunitária em centro de dia pela metodologia de facilitaçãoPublication . Fernandes, Cristina dos Santos; Oliveira, Clara Costa; Ribeiro, ÓscarO presente projecto tem como objectivo principal promover o contacto entre a comunidade e os idosos do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Sousa. Apresenta ainda como objetivos específicos: 1) Estimular a participação e fomentar o empowerment nos idosos do Centro Social Padre Manuel Joaquim de Social e 2) Dar a conhecer à comunidade e aos idosos a metodologia da facilitação. Para a concretização destes objetivos foram utilizados instrumentos de observação directa; análise documental e realização de entrevistas de avaliação. A amostra foi constituída por cinco idosos, de ambos os sexos, residentes na vila de Caldas das Taipas e nas freguesias circunvizinhas e por membros comunitários que interagem com os idosos, profissionais de saúde, agentes de segurança, bombeiros voluntários e grupo de solidariedade da paróquia. Relativamente aos resultados, este projecto permitiu obter um conhecimento profundo de como activar a participação das pessoas idosas e de como é importante manter o contacto entre estas pessoas e a comunidade onde se inserem.
- Unidades residenciais para adultos com paralisia cerebral: caracterização e financiamento: um estudo exploratórioPublication . Mendonça, Maria da Graça Furtado de; Alvarelhão, Joaquim; Ribeiro, ÓscarA Paralisia Cerebral é a mais frequente condição de saúde na infância com implicações na funcionalidade ao longo da vida, cuja percentagem de sobrevivência após os 50 anos de idade se situa nos 90%. Poucos trabalhos empíricos têm dedicado a sua atenção ao envelhecimento das pessoas que vivem com uma incapacidade, muitas vezes grave, ao longo da vida. Este trabalho propôs-se analisar o conceito de Unidade Residencial para Pessoas Adultas com Paralisia Cerebral e o posicionamento de diferentes agentes que atuam na área sobre modalidades de financiamento a essas estruturas. Especificamente, procurou definir as características, objetivos, tipo de população-alvo, motivos para a admissão e o posicionamento sobre formas de financiamento das unidades residenciais, em sentido lato, para pessoas com Paralisia Cerebral tendo como base os valores preconizados em documentos estruturantes sobre a temática da incapacidade. Trata-se de um trabalho exploratório, de natureza eminentemente descritiva, que assente numa abordagem qualitativa. Participaram 12 pessoas, 6 do sexo masculino e 6 do sexo feminino, recrutadas na Associação do Porto de Paralisia Cerebral, relacionadas com a área por motivos de ordem profissional, familiar ou pessoal. As técnicas utilizadas para a recolha de dados foram entrevistas semiestruturadas e a técnica de grupo nominal para explorar a graduação de modalidades de financiamento sugeridas pelos participantes. Os principais resultados indicam que as Unidades Residenciais para Pessoas com Paralisia Cerebral são consideradas como um instrumento fundamental na concretização dos valores consagrados na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, no que diz respeito ao seu desenvolvimento pessoal, autoafirmação e autodeterminação, configurando uma oportunidade para a implementação de estratégias inclusivas a nível da vida independente e design universal. Os resultados sugerem, ainda, que a diversificação de instrumentos para o financiamento destas estruturas é crucial, sendo necessário criar mecanismos legislativos que facilitem e incentivem estes processos numa perspetiva de longo prazo. Os resultados são relevantes para uma alteração da visão do papel das respostas sociais, rompendo com a atual situação de agir apenas em caso de necessidade (por exemplo, na ausência de retaguarda familiar) para uma política centrada na concretização da participação social ao longo de todo o ciclo de vida, enquanto valor de cidadania, implicando todos os agentes no processo e sob uma perspetiva de planeamento a longo prazo.