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- Prisionização secundária: a influência na ressocializaçãoPublication . Santos, Hélder Fernando Gavaia; Dores, António Pedro; Correia, Carlos Alberto BatistaA presente investigação surge no âmbito do curso de Mestrado em Ciências Policiais, área de especialização em Criminologia e Investigação Criminal, do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, subordinada a temática da prisionização secundária e a sua influência na ressocialização dos reclusos e sob a orientação científica do Senhor Professor Doutor António Pedro Dores e do Senhor Professor Mestre Carlos Correia. Foram conjugadas duas linhas de investigação que consideramos importantes para a criminologia e as ciências sociais- comportamentos desviantes/ estados-de-espírito e efeitos da prisionização junto dos familiares dos reclusos. A literatura e a investigação académica sobre os reclusos em Portugal baseiam-se na condição da própria reclusão ou sobre os mesmos, sem ter em consideração os efeitos que o cumprimento de pena tem nas famílias. Poucos são os estudos que investigam as consequências da prisão na família. O presente estudo pretende situar-se dentro de duas áreas de investigação, a análise criminológica e análise sociológica de modo a compreender se ocorre a prisionização secundária. Pretende-se compreender de que forma é que isso pode afetar a ressocialização do recluso e o seu regresso à sociedade. Sendo um tema que enfatiza a existência de discussões e debates sobre o assunto, reconhecendo a multiplicidade de posições, pretende-se explorar um pouco mais a temática em causa. Pretende-se aprofundar os estados de espírito, conceito sugerido por Dores (2014), aplicado à cultura penal. De acordo com Dores (2014), as ciências sociais têm resistido ao estudo da violência, especialmente da violência exercida pelos Estados. Este trabalho pretende chamar à colação a autoridade estatal para controlar minorias, em contraponto com o estado de espírito de respeito, tendo especial atenção aos visitantes /familiares dos reclusos de três estabelecimentos prisionais (Coimbra, Tires e Lisboa). O estudo incluirá uma amostra de 150 participantes, composta por homens e mulheres de diferentes áreas do centro-sul do território nacional. A diversificação por género e região geográfica visou garantir a representatividade dos resultados da pesquisa.Esta pesquisa tem como objetivo analisar, compreender os efeitos da prisionização secundária, a existência de alterações de rotinas, estigmatização, vergonha, isolamento social, dificuldades financeiras e problemas emocionais, além de impactos na saúde mental e bem-estar geral, por reclusão, de um ente querido enquadram-se no conceito que Megan Comfort chamou de prisionização secundária (Comfort 2003). Como objetivos específicos: analisar as diferentes formas de prisionização secundária vivenciadas pelos visitantes de reclusos, explorar os impactos da prisionização secundária na vida dos visitantes, identificar os fatores que contribuem para a prisionização secundária, investigar as estratégias de enfrentamento e resistência à prisionização secundária, propor soluções para minimizar os impactos da prisionização secundária. Para alcançar esse objetivo, serão utilizadas duas técnicas de pesquisa: inquérito por questionário e estudo de casos. O inquérito por questionário será aplicado a uma amostra de visitantes de reclusos, a fim de recolher dados sobre experiências, perceções e estados-de-espírito. A realização de estudo de casos, ocorridos durante esta investigação, aprofundará a compreensão dos efeitos da prisionização secundária em contextos específicos. A metodologia utilizada nesta pesquisa é a mista com recurso a inquérito por questionário e estudo de casos. A investigação sobre prisionização secundária é um campo de estudo em constante desenvolvimento, com novas pesquisas e descobertas sendo realizadas continuamente. Sendo que em Portugal ainda existe pouca investigação sobre a matéria logo esta investigação contribui para a produção de conhecimento relevante sobre a mesma.
- Promoção de saúde mental em estudantes do ensino superior : avaliação da eficácia de um programa de intervençãoPublication . Aguiar, Jéssica Tarcylla Beviláqua; Amaral, Ana Paula MonteiroA saúde mental de estudantes do ensino superior é uma temática notoriamente relevante, sobretudo para estudantes da área da saúde. O objetivo geral do presente estudo foi elaborar, implementar e avaliar a eficácia de um programa de promoção de saúde mental, com foco no desenvolvimento de competências, em estudantes do ensino superior. A amostra final constituiu-se de 9 estudantes do ensino superior da ESTeSC-IPC, em que todas as participantes foram mulheres, solteiras e sem filhos. A maioria (77,7%) tinha entre 19 e 21 anos, concretizando uma média aproximada de 20 anos de idade (DP = 1,48). O programa de intervenção foi composto por 6 sessões presenciais, com cerca de 60 minutos cada, com aspetos teóricos e práticos para um treino de competências: de gestão de stresse, de regulação emocional, de tolerância à frustração. Os resultados sugeriram que houve diminuição dos níveis de ansiedade (p = 0,07), depressão (p = 0,03) e stresse (p = 0,07), após a intervenção. Houve, ainda, diminuição das dificuldades de regulação emocional para as participantes (p = 0,01), notadamente de dificuldades quanto a estratégias (p = 0,02), impulsos (p = 0,03) e não aceitação (p = 0,05). Para as subescalas de consciência, objectivos e clareza, apesar de os resultados terem demonstrado diminuição dos níveis, não houve significância estatística. As principais limitações do estudo foram o tamanho da amostra e a ausência de um grupo-controle. Sugestões para estudos futuros seriam replicar a intervenção com uma equipa mais alargada e pesquisar mais especificamente o stresse académico em estudantes da área da saúde. Destarte, faz-se ainda necessária mais vasta investigação em contexto académico e intervenções no âmbito da saúde mental com estudantes do ensino superior.
- Relação entre o capital psicológico positivo e o estilo de liderança transformacional:Publication . Branco, João; Pissarra, JoãoPretendemos com este estudo abordar os impactes das exigências da vivência escutista no desenvolvimento global dos jovens, salientando a importância do desenvolvimento das competências interpessoais, de autonomia e da resolução de problemas tão importantes para o contexto laboral atual. Este estudo pretendeu investigar a relação entre o capital psicológico positivo (PsyCap), a experiência escutista (em anos) e a liderança transformacional. Pretendeu ainda investigar a relação mediadora do otimismo, na relação entre o PsyCap, com a liderança transformacional. Participaram neste estudo, 165 caminheiros/companheiros, entre os 18 e os 25 anos de idade da Junta Regional de Lisboa. Os resultados, neste estudo, indicam que os indivíduos com mais anos de participação no escutismo apresentam em média scores mais elevados de PsyCap. Além disso, foi corroborada a correlação positiva entre o PsyCap e a liderança transformacional autopercecionada. Entre as dimensões do PsyCap, o otimismo mostrou-se como a dimensão que mais se correlaciona com a liderança transformacional. Estes resultados sugerem que o desenvolvimento do PsyCap, e em particular do otimismo, pode ser uma estratégia eficaz para desenvolver componentes do estilo de liderança transformacional. Futuras investigações são necessárias para explorar estas relações em diferentes contextos e populações.
- Sex and age prediction through dental and radiographic measurements : elaboration and validation of forensic models for the portuguese populationPublication . Neves, João Albernaz Santos Coelho das; Mendes, José João; Botelho, JoãoAge estimation interest has grown in recent years, both because of the increasing number of unidentified corpses and because of the existence of living people without validated birth dates. There are two types of dental age estimation: developmental changes, which occur in human dentition during eruption, and degenerative changes, which occur during attrition. The eruption of the third molar occurs between the ages of 17 and 19 years. The tooth may be fully developed yet displaced, fully or partly displaced, or missing altogether. Only radiographs can provide accurate documentation of its status. Sex determination is important in forensic dentistry to help identify unknown persons. There are four ways to do this: skull analysis, DNA analysis of oral tissue, dental morphology, and measurement of mesiodistal and lingual vestibular dimensions, the latter being the easiest way to determine sex. Evidence is synthesized and evaluated through systematic reviews and metaanalyses. They can guide clinical practice by providing information on the effectiveness of treatments or the diagnostic and prognostic accuracy. However, the relationships between individual exposures and outcomes are the focus of systematic reviews and meta-analyses. They may not capture all potentially relevant exposures or effects in a whole study area. Ongoing efforts have identified significant deficiencies in the reporting of narrative syntheses, and the quality of conducting and reporting systematic reviews continues to be low. Clinicians and policy makers need guidance on the quality of systematic reviews, but the existing literature does not provide it adequately.
