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- Manifestações orais e abordagem terapêutica em crianças com transtorno do espetro do autismoPublication . Nogueira, Joana Catarina Martins; Evangelista, José GrilloDe acordo com a American Psychiatric Association, o transtorno do espectro do autismo (TEA), consiste numa desordem complexa do neurodesenvolvimento. Carateriza-se por uma tríade de manifestações, deficiente capacidade de comunicação, incapacidade de interagir socialmente e consequente autoisolamento, e por padrões de comportamentos repetitivos e restritos. Manifesta-se precocemente, normalmente antes dos três primeiros anos de vida, sendo mais prevalente no género masculino. A sua etiologia permanece desconhecida, no entanto, a evidência científica sugere uma conjugação de fatores genéticos, ambientais e de agentes teratogénicos. De maneira geral, crianças com TEA apresentam algumas deficiências físicas, motoras e psicológicas que as impedem de realizar uma correta higiene oral, bem como alguma seletividade alimentar, preferindo alimentos com alto teor cariogénico, levando a que apresentem uma saúde oral precária e comprometida, que resulta na presença de diversas manifestações orais. Diferenças entre crianças saudáveis e crianças com TEA, quanto à prevalência e incidência destas manifestações, não são consensuais, uma vez que o que existe são fatores de risco, associados às crianças com TEA, que as tornam mais vulneráveis à presença de determinadas manifestações orais. A abordagem terapêutica em crianças com TEA constitui um enorme desafio, não só devido à amplitude de comportamentos que apresentam e que não permitem antecipar a sua atitude, mas também pela consulta em si que representa uma situação de stress, ansiedade e desconforto para as mesmas. As manifestações características e específicas da doença exigem que o Odontopediatra esteja familiarizado com o transtorno para que possa adequar a abordagem terapêutica e as técnicas de controlo comportamental de acordo com as necessidades individuais da criança, privilegiando sempre a cooperação da mesma, contribuindo para o sucesso da consulta e, consequentemente, para uma melhoria do estado de saúde oral da criança.
- O papel da antibioterapia no controlo e tratamento da periodontitePublication . Martins, Paula Rodrigues Braga; Ferro, TiagoA periodontite é uma doença inflamatória crónica frequente, causada pelo aumento da inflamação induzida pela formação de microrganismos nas zonas subgengivais, que podem alterar o equilíbrio da composição microbiana no biofilme e resultar na destruição progressiva do ligamento periodontal e do osso alveolar com formação de bolsas periodontais e/ou recessão gengival. As principais causas de perda dentária são a cárie e a periodontite grave e de acordo com alguns autores a periodontite é a doença inflamatória crónica mais prevalente no ser humano, afetando aproximadamente 50% dos adultos no Reino Unido. A periodontite pode contribuir para o agravamento de doenças sistémicas tais como diabetes e aterosclerose. Será abordado, resumidamente, a anatomia e a fisiologia do periodonto, a epidemiologia, a patogénese e as novas classificações de gengivite e periodontite e o plano de tratamento da periodontite e a relação desta com doenças sistémicas. Quando a periodontite é severa (por exemplo, periodontite generalizada no jovem adulto, estádio III, ou periodontite generalizada estádio III ou IV) deve ser considerada a necessidade de utilização de antibioterapia para controlar a inflamação. Nesse sentido é importante saber qual o melhor antibiótico a utilizar. O tratamento da periodontite inicial é a remoção mecânica da placa e tártaro através da realização de destartarização e alisamento radicular. O objetivo deste trabalho é aprofundar o papel dos antibióticos na periodontite severa em que o tratamento mecânico é sempre necessário, mas nem sempre suficiente. Será feita uma revisão narrativa da literatura através da pesquisa de artigos científicos em plataformas digitais, como por exemplo, Pubmed, The Cochrane Library, Web of Science, Elsevier Embase, entre outros.
- Carcinoma odontogénico de células claras : uma revisão narrativaPublication . Nogueira, André José Calvinho; Ribeiro, Carlos ZagaloEm 2018, a população europeia possuía 23.4% de todos os casos de cancro e 20.3% de todas as mortes por cancro a nível mundial, apesar de ter apenas 9% da sua população (Bray et al., 2018). Também em 2018, o cancro da cabeça e pescoço, foi classificado como o sétimo mais prevalente, entre todos os tipos de cancro (Laura & Chow, 2020). O cancro oral pode afetar todas as áreas da cavidade oral incluindo a língua, lábios, crista alveolar, mucosa oral e pavimento da boca, estando o prognóstico dependente da localização. No que diz respeito a todos os cancros orais, os que se apresentam no pavimento da boca têm o prognóstico mais reservado pelo seu difícil diagnóstico e elevado risco de recorrência, devido à proximidade com estruturas anatómicas vitais (Candia et al., 2016; Yang et al., 2021). O tratamento do cancro oral pode ser resseção cirúrgica com reconstrução imediata após a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, no entanto o seu uso simultâneo é controverso. A primeira hipótese é a que deve ser adotada maioritariamente (Yang et al., 2021). As Células Claras (CC) podem ser o resultado de diferentes processos incluindo degeneração de organelos celulares, ou acumulação de substâncias intracelulares, mais frequente a presença de glicogénio, mas por vezes mucopolissacarídeos, mucinas, lípidos ou corpos estranhos (Woods et al., 2017). Na região da cabeça e pescoço, as CC são encontradas maioritariamente nos tumores das glândulas salivares, mas também podem ser observados em tumores escamosos ou de origem epitelial odontogénica, carcinoma metastático ou primário, lesões melanóticas malignas ou benignas, tumores mesenquimatosos malignos ou benignos (Loyola et al., 2015; Woods et al., 2017). O diagnóstico deste tumor é complexo, e o facto de não ser comum juntamente à pouca informação existente, leva a que este tumor seja mal diagnosticado. A contribuição da biologia molecular e da histologia é significativa para a realização de um diagnóstico correto (Hadj Saïd et al., 2017).
- Desgaste dentário em esmalte e cerâmica reforçada : estudo in vitroPublication . Parrinha, Maria Margarida Tomás; Vieira, Ana MariaObjetivos: O objetivo deste estudo, in vitro, é quantificar e analisar a progressão de desgaste no esmalte e na cerâmica reforçada Celtraduo® através da utilização do CEREC Primescan® como ferramenta de medição e análise. Materiais e Métodos: Foram recolhidos terceiros molares inclusos, seccionados para criar amostras planas de esmalte (E)(N=12). As cúspides de cerâmica reforçada (CR)(N=12) foram fresadas em blocos de Celtraduo®. As amostras de esmalte e cerâmica foram emparelhadas (ex: E1-CR1), montadas em bases de resina e submetidas a um protocolo de atrição, constituído por 3 ciclos (2 de 24h e 1 de 48h) num Chewing Simulator, submersas em saliva artificial. Foram realizados scans iniciais das amostras (t0), no final de 24h (t24), 48h (t48) e 96h (t96) com o CEREC Primescan® e com o scanner S600 ARTI Zirkonzahn®. A perda de volume em relação ao volume inicial da amostra (% vol rel) foi calculada e analisada estatisticamente. Resultados: Foi observada uma redução de volume ao longo do tempo, tanto nas amostras de esmalte quanto nas amostras de cerâmica, sendo essa redução estatisticamente significativa (p<0,05) para todos os grupos. Pontualmente houve para o grupo ZZ-CR entre t24 e t48 uma redução que não foi estatisticamente significativa (p=0,064). Não se verificaram diferenças entre os grupos no que diz respeito ao seu comportamento ao longo do tempo (p=0,206). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os valores de desgaste sofridos pelos diferentes grupos, quando comparados em cada um dos pontos de análise t24, t48 ou t96. Conclusões: Não houve diferenças significativas no desgaste entre o esmalte e a cerâmica reforçada Celtraduo®. O CEREC Primescan® conseguiu monitorizar a progressão do desgaste ao longo do tempo, não mostrando diferenças em relação ao scanner S600 ARTI Zirkonzahn®.
- Estudo da cinética de polimerização por ATR-FTIR de um sistema adesivo experimental contendo um dendrímeroPublication . Barbier, Margot Agnès Florence; Cruz, Joana Vasconcelos eObjetivos: Estudar a cinética de polimerização (taxa de conversão, taxa de polimerização e tempo de semi-vida) de homopolímeros contendo Bis-GMA, G-IEMA, UDMA, TEGDMA e HEMA, bem como de adesivos (dois comerciais e dois experimentais) usando o ATR-FTIR. Materiais e métodos: Foram formulados cinco homopolímeros, utilizando Bis-GMA, UDMA, TEGDMA, G-IEMA e HEMA, adicionando-lhes CQ e BDA para os tornar fotopolimerizáveis. Para a formulação dos dois adesivos experimentais, o primeiro contém Bis-GMA enquanto o segundo, em vez de Bis-GMA, apresenta G-IEMA com os mesmos componentes. Para o estudo da cinética de polimerização com recurso ao ATR-FTIR, os espetros foram analisados em tempo real antes, durante e depois da fotopolimerização, com uma duração total de 20 minutos. Para cada material foram efetuadas 3 leituras (n=3). A análise dos espectros resultantes e os respetivos cálculos dos parâmetros cinéticos foi realizado com recurso ao software Spectrum TimeBase v. 3.1.4. Para o tratamento estatístico dos dados foram realizados métodos de estatística descritiva e testes de estatística inferencial, utilizando o SPSS v. 26.0 e um nível de significância de 5%. Resultados: Não se verificaram diferenças significativas entre os monómeros em termos de taxa de conversão (p=0,24) e de semi-vida (p=0,15). No entanto, a taxa de polimerização destes monómeros apresentou diferenças altamente significativas entre o UDMA e todos os outros grupos, bem como o G-IEMA e o TEGDMA, que apresentaram taxas de polimerização superiores ao Bis-GMA e ao HEMA (p<0,05). Relativamente aos adesivos, não foram encontradas diferenças significativas na taxa de conversão (p=0,06), na taxa de polimerização (p=0,89) e no tempo de semi-vida (p=0,27). Conclusões: Com base nos resultados, concluiu-se que o G-IEMA parece ser um bom candidato à substituição do Bis-GMA, uma vez que a sua cinética de polimerização é idêntica ou mesmo melhorada.
- Avaliação do grau de conhecimento de profissionais de saúde em Portugal acerca da dor e DTMPublication . Belbute, Ricardo Soares; Manso, Ana Cristina; Almeida, André Mariz de; Canales, Giancarlo de la TorreIntrodução: As Disfunções Temporomandibulares (DTMs) são um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular e estruturas associadas. Aproximadamente 10% da população adulta sofre de dor orofacial relacionada com DTM, tornando o conhecimento sobre avaliação, diagnóstico e tratamento destas condições essencial para profissionais de saúde. Objetivos: Avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde em Portugal sobre dor, relacionando-o com dados demográficos e abordando o envolvimento pré e pós-graduado com Dor e DTM, atitudes, conhecimentos e abordagens aos pacientes. Assim, identificar lacunas no conhecimento e propor estratégias de formação contínua de maneira melhorar a qualidade de vida dos pacientes que possuem DTM e dor orofacial. Materiais e Métodos: De fevereiro a julho de 2023, foi conduzido um estudo transversal descritivo a 206 profissionais de saúde em Portugal, incluindo Médicos Dentistas, Fisioterapeutas e Terapeutas da fala, utilizando um questionário online composto por questões sociodemográficas, questões relacionadas com a prática de DTM e dor orofacial e pelo Questionário Neurofisiológico da Dor (QND) que originou um Score individual de 0 a 12, com o objetivo de avaliar o grau de conhecimento dos inquiridos. Para análise estatística, foram utilizadas medidas de tendência central. Resultados: Foram obtidas 121 respostas de Médicos Dentistas, 37 respostas de Fisioterapeutas e 48 respostas de Terapeutas da fala, obtendo respetivamente, 8.33, 9.46 e 7.85 pontos em 12 no QND. Observamos que Médicos Dentistas mostraram maior conhecimento na identificação de fatores etiológicos, sinais/sintomas e tratamento, enquanto os Fisioterapeutas enfrentaram mais dificuldades nestas áreas em comparação com os demais profissionais. Conclusão: A necessidade de implementar medidas de educação contínua e colaboração interprofissional entre os profissionais de saúde para melhorar o conhecimento e o atendimento relacionados às DTMs e à dor orofacial em Portugal é a recomendação do nosso trabalho. Desta forma irá ser possível integrar e potenciar o tratamento do paciente.
- Estudo comparativo de espectrofotómetros / colorímetros comerciais e experimentais para a medição fiável de cor em amostras laboratoriaisPublication . Godinho, Marta Sofia Gomes Paes; Azul, Ana Mano; Delgado, António Sales; Caldeira, Francisco JorgeIntrodução: Com o aumento da demanda estética e subjetividade na perceção da cor, a utilização de métodos digitais para medição desta é imperativa, sendo fundamental o seu estudo em contexto laboratorial. Objetivos: Avaliar e comparar a eficácia da medição de cor, utilizando três aparelhos diferentes, variando e percebendo a influência do tipo de resina composta (RC), cor, método de acabamento de superfície e do fundo utilizado. Materiais e métodos: Foram testadas as RC 3MTMFiltekTMSupreme XTE (nanoparticulada) e 3MTMFiltek Z250 (microhíbrida), das quais se confecionaram 12 discos de cada na cor A1 (n=6) e A4 (n=6). Os 6 discos de cada grupo foram aleatoriamente alocados em 2 subgrupos consoante o acabamento. Em 3 foi realizada a fotopolimerização sobre uma matriz de Mylar, sem modificações adicionais, e nos outros 3 foi aplicado o protocolo de polimento com uma lixa de carbeto de silício (360 grit SiC). Posteriormente, foi avaliada a cor, com os equipamentos comerciais - SpectroshadeTM Micro e OptiShadeTM – sobre quatro fundos: preto, branco, cinza e frasaco em caixa preta, e um aparelho experimental (Sarspec Flex), de modo a comparar os valores obtidos. Os dados laboratoriais foram analisados com recurso ao programa SPSS 28.0, com um nível de significância de 5%. Resultados: No Spectroshade, o tipo de RC foi significativo nos parâmetros a* e b* (p<0,001), enquanto no Optishade apenas no b* ( p<0,001). A variação da cor foi significativa ( p<0,001) em todos os aparelhos. A variação do fundo revelou significância nos aparelhos comerciais (p<0,001). A avaliação de cor apresentou diferenças significativas entre os aparelhos comerciais e o experimental ( p<0,001) nos parâmetros L* e a* ( p<0,001). Conclusões: Os aparelhos apresentaram variabilidade entre si, contudo, o fundo preto demonstrou maior concordância. São necessários mais estudos para a definição de uma padronização fiável na medição de cor em amostras laboratoriais de RC.
- Perceção estética em relação ao sorriso e aos corredores bucais em indivíduos com diferentes biótipos faciaisPublication . Serra, Alexandra Lupi Rubio de Pina; Retto, Paulo; Maurício, PauloContexto: A estética do sorriso é considerada fundamental no que concerne à harmonia facial de um indivíduo. Esta pode influenciar a autoestima de uma pessoa, interferindo no seu bem-estar psicossocial. Nos últimos anos verificou-se um aumento na procura da melhoria estética que tem vindo a ser muito valorizada por parte dos pacientes, tornando-se mais exigentes com os resultados por influência dos meios de comunicação, especialmente, desde o início da pandemia do COVID-19. Objetivos: O objetivo principal deste estudo é identificar, comparar e correlacionar a opinião de leigos, com o ponto de vista de médicos dentistas e de estudantes em medicina dentária do quinto ano, sobre a estética do sorriso e a influência que têm neste, os corredores bucais, em indivíduos com diferentes biótipos faciais. Materiais e Métodos: Foi realizado o preenchimento de um questionário que é constituído por fotografias do rosto de 6 voluntários, dois de cada biótipo facial. Manipularam-se as imagens aumentando os corredores bucais a 2%, 10%, 15%, 22% e 28%. A amostra populacional foi recolhida aleatoriamente na população de médicos dentistas (n=50), alunos de medicina dentária do quinto ano (n=50) e leigos (n= 50), que frequentam a CDEM. Resultados: A perceção estética dos três avaliadores diferiu significativamente, inclusive ao dividir-se por género, sendo que o grupo que não apresenta instrução na área de medicina dentária foi mais tolerante à variação da dimensão dos corredores bucais. Os três grupos referiram que quanto menores forem os corredores bucais, mais estéticos são. No entanto, foram mais críticos na avaliação dos dolicofaciais do que nos braquifaciais. Conclusões: Constatou-se que os corredores bucais são um atributo do sorriso que pode ser apreciado de maneiras distintas e que o biótipo facial de um indivíduo pode influenciar na avaliação deste parâmetro.
- Estudo da perda de osteointegração de implantes dentários em pacientes medicados com SSRIPublication . Cruz, Leonardo Marchezim da; Abecasis, Pedro VeigaA depressão, uma condição de saúde mental que tem despertado uma crescente preocupação global devido ao seu impacto significativo na qualidade de vida, saúde física e bem-estar emocional das pessoas. Paralelamente, observa-se cada vez mais um aumento de perda de dentes, devido à negligência dos cuidados de saúde oral associada à apatia decorrente da depressão. O aumento do número de casos de depressão acarreta um aumento na prescrição de medicação antidepressiva, sendo os Selective Serotonin Reuptake Inhibitors (SSRIs) mais prescritos a nível mundial. A perda dentária pode agravar ainda mais os sintomas depressivos levando a uma diminuição da autoestima e isolamento social. No entanto, a reabilitação oral com implantes dentários é a solução mais atual e eficaz para restaurar a função mastigatória, a estética e a qualidade de vida dos pacientes. Para que haja um bom prognóstico do implante dentário, é necessário que ocorra o processo de osteointegração entre a superfície do implante e o osso hospedeiro. Porém, com o avançar dos anos e havendo cada vez mais estudos, foram detetadas evidências entre o uso de SSRIs e a perda de osteointegração de implantes. No qual foi destacado um aumento na taxa de falha de implantes dentários em pacientes medicados com SSRIs. Esta monografia tem como objetivo estudar a osteointegração dos implantes dentários em pacientes medicados com SSRIs. Para tal, foi realizada uma pesquisa na base de dados PUBMED de publicações científicas, incluindo artigos e livros com texto disponível em português, espanhol e inglês, com datas de publicação entre 2005 e 2022, considerando as referências dos mesmos.
- Cirurgia oral em pacientes hipocoagulados, uma revisão sistemática de revisões sistemáticasPublication . Bastos, Jorge Apolinário Fenha; Azul, António Mano; Botelho, JoãoContexto: O número de doentes a fazer terapêuticas anticoagulantes, quer seja sob a forma de antagonistas da vitamina K, anticoagulantes orais diretos, ou antiagregantes plaquetários, em monoterapia ou em terapia dupla, está a aumentar, em parte devido a um aumento da esperança de vida dos doentes, e também a um aumento das opções terapêuticas. Em cirurgia oral, esta população acrescenta alguns fatores que requerem uma consideração adicional. Objetivos: Avaliar a evidência científica disponível até à data, através de uma revisão Umbrella, sobre, como proceder perante a necessidade de uma intervenção cirúrgica oral ou perioral num doente hipocoagulado. Materiais e Métodos: Este estudo foi realizado em linha com a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). O protocolo de revisão foi aprovado previamente por todos os autores e registado online na plataforma Zenodo. Procedeu-se à definição e aplicação dos critérios de exclusão e inclusão aos estudos identificados. Realizámos uma pesquisa nas bases de dados PUBMED, Embase e Web of Science focando-nos na inclusão de revisões sistemáticas entre 1998 e 2023, sem qualquer limitação de linguagem. Resultados: Identificaram-se 658 referências com potencial relevância, das quais foram eliminadas 38 duplicadas sobrando 620 elegíveis para leitura de título e abstract. Após leitura excluímos 587 artigos, resultando em 33 para análise de forma integral. Posteriormente aplicámos os critérios de inclusão e exclusão, incluindo 17 artigos na Umbrella Review. Utilizámos a ferramenta digital Assessing the Methodological Quality of Systematic Reviews (AMSTAR 2) na determinação da qualidade metodológica dos estudos incluídos. Conclusão: Existe consenso que os riscos sistémicos provenientes da interrupção das terapêuticas anticoagulantes e/ou antiagregantes plaquetárias são potencialmente mais graves do que a necessidade de controlar eventuais episódios hemorrágicos locais.