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- Efeitos agudos do rolo de espuma na função muscular após AVC: estudo pilotoPublication . Troia, Sara Coelho; Gonçalves, Rui Miguel Monteiro Soles; Pinheiro, Ana Rita VieiraINTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral frequentemente leva a manifestações de diferentes ordens, nomeadamente a alterações sensoriomotoras. Estas acabam por comprometer o controlo motor, sendo que o enfraquecimento dos músculos dorsiflexores da tibio-társica e o aumento da tensão miofascial muscular dos flexores plantares é bastante comum. As alterações nestas estruturas acabam por afetar os restantes músculos conectados pela linha posterior superficial. Existem diferentes métodos ou técnicas utilizadas, tais como os rolos de espuma, para a diminuição da resistência dos tecidos e o aumento da amplitude de movimento e flexibilidade miofascial. OBJETIVO: Avaliar os efeitos agudos da aplicação do rolo de espuma na cadeia posterior do membro inferior, nomeadamente a nível da fáscia plantar, flexores plantares e isquiotibiais, de utentes pós acidente vascular cerebral em fase crónica, na função muscular da cadeia posterior, localmente (membro inferior) e à distância (coluna), avaliada pela flexibilidade, tónus, elasticidade, rigidez e propriedade viscoelásticas. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo é classificado como crossover, randomizado, controlado com cegueira dos avaliadores, o protocolo de intervenção, consistiu na realização de duas sessões, uma sham e outra experimental separadas por sete dias. seis utentes pós acidente vascular cerebral foram sujeitos a avaliação da flexibilidade dos extensores da coxofemoral, extensores do joelho, flexores plantares e da coluna. Para além disso foi realizada uma avaliação do tónus, elasticidade, rigidez muscular e propriedades viscoelásticas da fáscia plantar, gastrocnémio medial, gastrocnémio lateral, solear, bicípite femoral, extensores da lombar, extensores cervicais e tibial anterior através do Myoton Pro. A avaliação foi realizada antes e após a aplicação do rolo de espuma com uma perceção do desconforto variável (seis/sete na intervenção experimental e zero na intervenção Sham) na fáscia plantar, flexores plantares e isquiotibiais. RESULTADOS: Efeitos locais: não foram verificadas diferenças significativas nas amplitudes de movimento medidas. Entre momentos foi verificado no gastrocnémio lateral contralesional na intervenção experimental um aumento significativo do tónus (p=0,028), rigidez muscular (p=0,028) e uma redução do tempo de recuperação (p=0,028) e Número déborah (p=0,028). Na fáscia plantar foi verificada membro contralesional do grupo sham uma redução significativa da rigidez muscular (p=0,028) e um aumento do tempo de recuperação (p=0,046). Por último o solear apresentou uma redução significativa da elasticidade do membro contralesional do grupo sham. Efeitos à distância: Foi verificado um aumento significativo na medição de Stibor na intervenção experimental em 4 comparação com a sham (p= 0,013). Na comparação entre momentos na intervenção experimental foi verificado um aumento significativo da amplitude de movimento da flexão cervical e da medição de stibor (p=0,028). Foi verificado, também, na intervenção sham no extensor lombar contralesional uma redução significativa do tónus (p=0,046), rigidez muscular (p=0,046) e elasticidade (p=0,027) e um aumento significativo no tempo de recuperação (p=0,046) e número déborah (p=0,028). CONCLUSÃO: Neste estudo piloto, conclui-se que a mobilização da fáscia plantar, dos flexores plantares e dos isquiotibiais, parece não evidenciar efeitos agudos significativos na flexibilidade nem no tónus, elasticidade, rigidez e propriedade viscoelásticas locais. Contudo, parecem ocorrer efeitos à distância, nomeadamente no aumento da flexibilidade da coluna em pessoas após acidente vascular cerebral.
- Relação entre dor cervical crónica e a variabilidade da frequência cardíaca (HRV)Publication . Vicente, Vasco Dinis Gonçalves; Gonçalves, Rui Soles; Pereira, JoaquimIntrodução: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) tem sido utilizada como um indicador do funcionamento do sistema nervoso autónomo (SNA), com imensas aplicações seja na avaliação da dor, do sono, do stress, no planeamento do treino físico entre outros. A dor cervical inespecífica e a incapacidade associada afetam diretamente a qualidade de vida do indivíduo acarretando custos sociais. Torna-se necessário aprofundar o conhecimento sobre possíveis fatores predisponentes ao desenvolvimento desta condição de saúde. Objetivos: Pretende-se avaliar a relação entre a VFC e a ocorrência de dor cervical inespecífica, e possíveis associações de fatores como o estilo de vida e a qualidade do sono. Materiais E Métodos: Este é um estudo transversal. Foram incluídos indivíduos com dor cervical (n=16) e sem dor cervical (n=14) entre os 45 e os 64 anos de idade. Foi utilizado o instrumento Neck Disability Index (NDI) para classificar a presença de dor (NDI≥5) e a intensidade de dor (pontuação do item 1 do NDI), bem como a incapacidade associada a dor cervical. A qualidade de sono foi avaliada pelo Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) e o estilo de vida foi avaliado pelo Estilo de Vida Fantástico (EVF). Os índices de VFC foram recolhidos através de Eletrocardiograma na posição de decúbito dorsal, durante 6 minutos. Resultados: Nas comparações entre indivíduos com dor e sem dor não foram encontradas diferenças significativas nas médias dos índices de VFC, porém encontraram-se diferenças significativas para várias componentes da qualidade do sono (PSQI). Por outro lado, foram encontradas correlações fracas a moderadas entre a intensidade e incapacidade da dor cervical e componentes do Estilo de Vida (Álcool, Sono e Introspeção) bem como correlações moderadas com componentes do PSQI. De igual forma o Estilo de Vida e a qualidade de Sono correlacionaram-se, de forma fraca a moderada, em várias componentes entre si. Verificaram-se correlações, fracas a moderadas, entre parâmetros da VFC (ULF, HFnu, ratio LF/HF) e alguns aspetos do estilo de vida (tabaco, trabalho e comportamentos de saúde). Encontrámos ainda correlações negativas, fracas a moderadas, de parâmetros parassimpáticas (pNN50, HF, HFnu) e positivas com o ratio LF/HF, indicador de equilíbrio simpático-vagal com o PSQI (pontua de forma inversa). Conclusões: Com este estudo não conseguimos comprovar uma relação entre a VFC e a ocorrência de dor cervical, possivelmente pelo facto da nossa amostra não apresentar níveis elevados de dor e incapacidade. No entanto foi possível concluir que a VFC é um bom indicador do funcionamento do SNA, pelas relações que apresenta com aspetos da saúde do indivíduo como a qualidade do sono e o estilo de vida. Torna-se imperativo perceber de que forma este, através do controlo da VFC, pode orientar a nossa intervenção terapêutica, quando se abordam questões abrangentes como o sono e o estilo de vida que por sua vez condicionam resultados como a dor e a incapacidade.
- Impacto de um programa de fortalecimento da musculatura orofacial na performance de instrumentistas de soproPublication . Sá, Joana Salomé Nunes de; Cavalheiro, Luís Neves Silva; Silva, Carla Sofia Duarte de MatosIntrodução: Os instrumentistas de sopro são profissionais que visam atingir padrões de excelência na sua performance. Esta é maioritariamente avaliada pelas características do som que é produzido e está associada a ajustes constantes da embocadura, da qual fazem parte os músculos temporomandibulares. Objetivo: Verificar as características da força da musculatura temporomandibular na população de músicos de instrumentos de sopro e, ainda, verificar a eficácia de um programa de exercícios de fortalecimento, baseados nas guidelines do American College of Sports Medicine (ACSM), na endurance da musculatura temporomandibular e o impacto destes exercícios na melhoria da performance musical, com base numa análise de som. Métodos: A amostra foi constituída por 60 participantes de ambos os sexos, distribuídos por conveniência pelos grupos experimental (GE) (N=31) e grupo de controlo (GC) (N=29). A avaliação inicial (T0) foi constituída por um questionário sociodemográfico, o EQ-5D-5L, a avaliação da força máxima da mordida e do tempo de endurance e gravação de notas longas, antes e após um período de prática musical (T0 e T1, respetivamente). O GE realizou um programa de fortalecimento, composto por 10 sessões de exercícios ao longo de 5 semanas, tendo depois repetido a avaliação (T2) do EQ-5D-5L, da força máxima da mordida e do tempo de endurance e gravação de notas (T2 e T3). O GC apenas realizou as avaliações. Resultados: Após a intervenção, não se verificaram diferenças no EQ-5D-5L. Foram encontradas diferenças entre grupos na força máxima da mordida entre T0 e T2 (p=0,001 à direita; p=0,031 à esquerda), explicado pela melhoria do GE (p=0,014 em ambos os lados). Não se verificaram diferenças no tempo de endurance. Nas características do som encontraram-se diferenças estatisticamente significativas nos valores médios de intensidade (RMS), com o GC a tocar todas as notas com intensidades mais fortes. O GE na família dos metais passou a tocar as notas fortes também mais fortes, mas as pianas mais pianas, com diferenças estatisticamente significativas entre grupos na nota aguda piana em T2 (p=0,025). O GE na família das madeiras, tocou todas as notas mais pianas, comparativamente ao GC, com diferenças significativas em todas as notas. Conclusões: O protocolo de exercícios não apresentou resultados na endurance muscular, mas sim na capacidade de força máxima da mordida o que trouxe implicações ao nível do volume do som, com melhorias no desempenho na produção das notas pianas em ambas as famílias de instrumentos. O mesmo não se verificou nas notas fortes na família das madeiras.
- Caracterização de explorações de suínos (reprodutoras e engorda) em Portugal, segundo os critérios do protocolo Welfare Quality®Publication . Torres, Rodrigo José Cardoso de Figueiredo; Carolino, Professor Doutor NunoAo longo das últimas décadas tem-se verificado uma crescente valorização do bem-estar animal pela sociedade, em geral, pela comunidade científica e pelos próprios produtores através da aplicação de métodos e práticas de produção que visam o melhorar do bem-estar animal, principalmente em explorações intensivas. Apesar da dificuldade em encontrar um consenso na definição de bem-estar animal, recentemente a União Europeia, definiu determinados parâmetros com o intuito de serem aplicados nas explorações. Desta forma, surgiu o protocolo Welfare Quality®, pela necessidade de um protocolo de avaliação animal. Este protocolo baseia-se na avaliação dos componentes de bem-estar em explorações e matadouros de suínos. O protocolo Welfare Quality® obteve financiamento da Comissão Europeia e foi finalizado em dezembro de 2009. O presente estudo teve o objetivo de aplicar o protocolo Welfare Quality®, em suiniculturas de reprodutoras e leitões, bem como em explorações de suínos de engorda em sistema intensivo. A seleção das explorações não foi aleatória, tendo sido auditadas 26 (81,35%) explorações de um Grupo empresarial da área da suinicultura e dos seus associados. As auditorias decorreram entre novembro de 2021 a janeiro 2022. Foram avaliadas 26 explorações, das quais 9 explorações de suínos reprodutoras e 17 explorações suínos de engorda. Foram considerados indicadores baseados nos animais, no maneio, nos recursos e na relação homem/animal. Foram ainda realizadas avaliações qualitativas do comportamento de grupo. Das explorações avaliadas, 8 obtiveram classificação “Elevada” e 18 obtiveram classificação “Aceitável”. Não foram detetadas explorações classificadas como “Excelentes” ou “Não Classificadas”. Os resultados obtidos mostram, de forma geral, que os animais usufruem um elevado nível de bem-estar elevado.
- Perspetivas sobre o processo de institucionalização entre grandes idososPublication . Martins, Alexandra Ferreira; Calha, AntónioO presente projeto de intervenção visa estudar quais as perceções que os idosos com oitenta, ou mais anos, têm sobre o processo de institucionalização e, a partir daí, propor um conjunto de intervenções que facilitem este processo. Para a sua concretização, optou-se por utilizar uma entrevista estruturada, a uma amostra de doze idosos: três dependentes e três independentes, em contexto domiciliário, e três dependentes e três independentes, em contexto institucionalizado. Após a análise dos resultados de diagnóstico, concluiu-se que os idosos independentes, em contexto domiciliário, encaram a institucionalização como a última resposta às suas necessidades existenciais, pois segundo eles, este processo só poderia ser justificado caso padecessem de alguma incapacidade prejudicial ao seu bem-estar. Por outro lado, no que concerne aos idosos dependentes, nas mesmas condições, não é rejeitada a ideia de institucionalização, pois apesar de disporem de uma ajuda significativa, por parte de cuidadores informais, para a realização de tarefas do quotidiano, os idosos não se conformam com a sobrecarga que “impõem” aos seus cuidadores, considerando-se “um fardo”. Desta forma, olham para a institucionalização, como uma passível solução para o seu “problema”. No que toca aos idosos dependente e independentes em ERPI (Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas), são indicados dois grandes motivos que os levaram a recorrer à institucionalização, a falta de recursos sociais e o medo de queda. De acordo com as respostas obtidas através das entrevistas, é percetível, que, apesar da institucionalização apresentar muitos pontos positivos, também são realçados alguns pontos negativos, como é o caso do sedentarismo. Como forma de dar respostas a alguns problemas diagnosticados e de melhorar, em alguns aspetos, a qualidade de vida dos quatro grupos de idosos em estudo, foram idealizadas algumas atividades de intervenção, de acordo com as necessidades dos idosos.
- Monossomia 1p36:Publication . Dias, Marta; Serra, LídiaEnquadramento: A Monossomia 1p36 é uma doença genética rara, cujas manisfestações clínicas mais comuns incluem atraso no desenvolvimento, perturbação do desenvolvimento intelectual e múltiplas anomalias congénitas. Apesar das manifestações clínicas estarem largamente descritas na literatura, existem poucos estudos dedicados ao comportamento dos sujeitos com esta patologia. Objetivos: O objetivo do presente trabalho é caracterizar o fenótipo comportamental dos portadores da Monossomia 1p36, identificando as perturbações de comportamento e as intervenções terapêuticas dirigidas a essas, através da revisão da literatura publicada. Método: Através de uma pesquisa em várias bases de dados eletrónicas, utilizando as combinações de palavras "Monossomia 1p36" e "deleção 1p36", para publicações entre 1980 e junho de 2021, foram encontrados 153 artigos. Destes foram selecionados e analisados qualitativamente 34 estudos, que reúnem informação sobre perturbações de comportamento e intervenções terapêuticas em portadores desta síndrome. Resultados: Os resultados obtidos sugerem que as perturbações de comportamento ocorrem em mais de 50% dos casos de Monossomia 1p36, sendo as mais frequentes a autoagressão, hiperatividade/défice de atenção e autismo. As intervenções terapêuticas direcionadas às perturbações de comportamento descritas são escassas, relativas a um número reduzido de casos e sem dados disponíveis para avaliar a sua efetividade. Conclusão: As perturbações de comportamento são um elemento relevante do fenótipo comportamental da Monossomia 1p36. Contudo, constata-se que os estudos publicados não têm dado ênfase nem à sua descrição nem à descrição das intervenções terapêuticas dirigidas ao seu tratamento. Neste sentido, investigações futuras deverão focar-se no desenvolvimento de modelos de intervenção ou na descrição e avaliação de intervenções terapêuticas em curso.
- A solidão nos Idosos:Publication . Parreira, Verónica; Serra, LídiaA solidão nos idosos tem revelado efeitos negativos no seu bem-estar. O objetivo deste estudo foi perceber de que forma as características sociodemográficas, cognitivas, psicossociais e os afetos se relacionam e predizem a solidão nos idosos. A amostra é composta por 101 sujeitos com idade igual ou superior a 65 anos, residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo. O protocolo consistiu num questionário sociodemográfico, na Escala de Afetos Positivos e Afetos Negativos, na Escala de Solidão, na Escala de Apoio Social e na Escala de Risco de Violência sobre Pessoas Idosas. Os resultados revelaram diferenças na solidão com destaque nos sujeitos idosos viúvos. A idade, o sexo e a condição de institucionalização não revelaram diferenças significativas relativamente à solidão. Verificou-se uma relação significativa entre a dimensão “isolamento social” e a idade, entre a solidão e o funcionamento cognitivo geral, entre a dimensão “afinidades” e “isolamento social” e o funcionamento cognitivo. A “atenção e cálculo” revelou uma relação significativa com a solidão e suas dimensões. A “evocação” revelou uma relação significativa com a dimensão “afinidades”. Os afetos negativos mostraram uma relação significativa com a solidão e as suas dimensões. Os afetos positivos, apenas apresentaram uma relação significativa com a dimensão “afinidades”. O apoio social e o risco de violência nos idosos, têm uma relação significativa com a solidão e suas dimensões. Os afetos negativos foram preditores da solidão. Desta forma, as variáveis sociais, psicossociais, afetivas e cognitivas devem ser consideradas em programas de prevenção de solidão junto dos idosos.