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- A Relevância da Componente Secundária na Competitividade de um Destino Turístico: Município de Inhambane (Moçambique)Publication . Massango, Fernando Firmino; Moreira, Fernando João MatosO sector do turismo está em grande crescimento a nível mundial e, paralelamente, verifica-se um grande crescimento da competitividade entre os destinos. A existência no destino de uma componente primária bastante atractiva não implica, necessariamente, que este seja competitivo em relação aos outros; é importante que o destino possua infra-estruturas, equipamentos e serviços (componente secundária) que complementem a componente primária com vista à garantia da atracção, satisfação e bem-estar dos turistas. Uma vez desenvolvida e consolidada a componente secundária do destino, este poderá ter uma grande vantagem competitiva e reputação a nível global. Sendo o Município de Inhambane (MI), um dos principais destinos turísticos de Moçambique e igualmente por ser considerado pelo governo moçambicano uma Área Prioritária para Investimentos Turísticos, a presente pesquisa tem como objectivo principal avaliar a influência da componente secundária existente no MI (alojamento, restauração-associada às unidades de alojamento, serviços de lazer e transporte) na sua competitividade no contexto do turismo internacional. Com vista à prossecução do objectivo referenciado, a pesquisa foi levada a cabo com recurso a métodos científicos usados nas pesquisas em ciências sociais, e neste sentido recorreu-se à: 1) pesquisa bibliográfica sobre o tema em análise e às entrevistas exploratórias dirigidas a profissionais especializados de diversas instituições públicas e privadas que operam directamente no sector do turismo no MI ou em sectores auxiliares, com vista a obtenção de informações úteis para o desenvolvimento da pesquisa e; 2) à aplicação de inquéritos aos turistas, à comunidade local e aos operadores turísticos como forma de conhecer-se a suas percepções em relação ao desenvolvimento da actividade turística no MI e em relação à sua satisfação no concernente a componente secundária do MI. Os resultados obtidos indicam que, de forma global, o turismo no MI apresenta tendências de crescimento e em relação à componente secundária, concluiu-se que esta é internacionalmente competitiva na medida em que a sua actual quantidade e qualidade gera a satisfação das necessidades dos turistas das diferentes nacionalidades que visitam o destino. Apesar deste resultado, verificou-se a necessidade de melhoria da qualidade da componente secundária do MI com vista ao aumento do seu grau de satisfação por parte do público.
- O Turismo e a Inovação na HotelariaPublication . Alcobia, Orlando Miguel Pestana; Moreira, Fernando João MatosA atividade turística é hoje uma aposta de diversos países para o seu desenvolvimento socioeconómico. Esta atividade torna-se ainda mais fulcral nos países em vias de desenvolvimento, carentes de uma estrutura empresarial e industrial pujante. Assim, este tipo de países tentam rentabilizar os recursos que têm à sua disposição sendo eles faunísticos, florísticos, paisagísticos, culturais, patrimoniais, entre outros. Recursos esses que alimentam o setor turístico. Aliado a essa janela de oportunidade, um fenómeno têm contribuído para essa aposta: a globalização. Fruto da globalização, os grandes operadores turísticos mundiais têm-se fixado pelos quatro cantos do mundo, internacionalizando-se e ajudando os países em vias de desenvolvimento a ganhar notoriedade na vitrina turística à escala global. Contudo, a aposta no sector turístico não garante por si só o desenvolvimento socioeconómico das populações dos países em vias de desenvolvimento. Traduz-se sim num aumento do potencial endógeno para que tal ocorra, estando bastante dependente do modelo de desenvolvimento turístico aplicado e das características intrínsecas das comunidades locais. Ao analisar-se o desenvolvimento socioeconómico do Município de Inhambane, depara-se com um fenómeno conflituante: a comunidade local possui indicadores de “bem-estar” paupérrimos enquanto o seu território é um ex-libris no panorama turístico moçambicano. Neste contexto, observa-se que o modelo de desenvolvimento turístico implementado no município não é o mais acertado, limitando também o contributo proporcionado pelas unidades hoteleiras para o desenvolvimento socioeconómico da comunidade local. Conclui-se então que as unidades hoteleiras sediadas no Município de Inhambane são na sua maioria fruto de investimentos estrangeiros ou multinacionais, não garantindo um efeito multiplicador de relevo na economia local, sendo a qualidade da sua oferta de emprego muitas vezes precária, não conseguindo contribuir de forma significativa para a melhoria das infraestruturas de “bem-estar” locais e produzindo por vezes custos ambientais altamente indesejáveis. Urge repensar todo o modelo de desenvolvimento turístico do Município de Inhambane, pondo de lado o seu carácter neoliberal, abrindo horizontes para novas formas de pensar, estar e sentir o turismo, fazendo reter em Inhambane os benefícios económicos das atividades turísticas praticadas no seu território e transformando a comunidade local, não num mero instrumento de atração turística mas no seu principal beneficiário.