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- Liderança e Co-Liderança: A Gestão do Comando das Companhias de Alunos num Estabelecimento Militar de EnsinoPublication . Camará, BilahalO presente Trabalho de Investigação Aplicada está subordinado ao tema: “Liderança e Co-liderança: A Gestão do Comando das Companhias de Alunos num Estabelecimento Militar de Ensino”. O conceito de Liderança sempre esteve presente desde o princípio da Humanidade, mesmo que de forma implícita. Atualmente, torna-se ainda mais relevante a abordagem e o esclarecimento deste conceito. Nos Estabelecimentos Militares de Ensino, e neste caso no Instituto dos Pupilos do Exército, é pertinente instruir os alunos sobre a forma como se deve desenvolver a capacidade de liderança. De certa forma, devido à faixa etária dos alunos, o processo torna-se moroso e mais complicado. A Liderança e a Co-liderança, no Instituto dos Pupilos do Exército, são dois conceitos que sempre têm estado presentes. Isto é, existe um conjunto de Oficiais que exercem funções de comando no Corpo de Alunos, colocando, desta forma, em prática o conceito de Liderança, visto que terão que liderar os alunos. Por sua vez, os alunos com funções de comando, designados por Alunos Graduados, põem em prática a Co-liderança, ou seja, uma Liderança dividida entre os alunos e que é controlada pelos monitores, designadamente os Oficiais. O objetivo definido para este trabalho visa a indagação de respostas às questões de investigação com o intento último de responder à questão seguinte: “No domínio da estrutura de alunos graduados, quais são os mais significativos desafios de liderança ao nível do comando das Companhias de Alunos?” No que concerne à metodologia utilizada, é importante referir que foram seguidas as etapas esquematizadas por Marie-Fabienne Fortin, sendo a recolha de informações feita com base em inquéritos por entrevistas, inquéritos por questionários, pesquisas bibliográficas e documentais, assim como observações diretas. Este Trabalho de Investigação Aplicada encontra-se organizado em seis capítulos. No primeiro é realizado um enquadramento teórico, relativamente ao estudo. No segundo é feita a revisão de literatura. No terceiro é feita uma abordagem sobre o Instituto dos Pupilos do Exército. No quarto é feita uma descrição dos métodos e procedimentos utilizados no decorrer da investigação. No quinto é feita a apresentação e análise dos resultados. No último capítulo são retiradas as respetivas ilações e feitas as recomendações. Conclui-se que existem mecanismos de ensino no Instituto dos Pupilos do Exército que permitem o desenvolvimento da capacidade de liderança nos alunos. As principais dificuldades que os alunos enfrentam, neste caso os denominados Alunos Graduados,aquando do exercício das funções de liderança, são, principalmente, a falta de cooperação de alguns dos alunos que fazem parte da cadeia de comando, mas que são subordinados. Verifica-se que os estilos de liderança que são mais usados no seio do Corpo de Alunos do Instituto são o estilo liberal, do Aluno Comandante de Batalhão para os Alunos Comandantes de Companhia, e o estilo democrático, entre os Alunos Comandantes de Companhia e os Alunos Comandantes de Pelotão.
- Tipologia dos conflitos comportamentais existentes nas unidades de InfantariaPublication . Silva, JoséO presente Trabalho de Investigação Aplicada incidiu sobre a “Tipologia dos Conflitos Comportamentais nas Unidades de Infantaria”. Tendo como objetivo geral contribuir para o quadro teórico e prático na área dos comportamentos organizacionais – gestão de conflitos no contexto militar. Para o estudo foram realizadas doze entrevistas exploratórias, bem como um inquérito aplicado a uma amostra de trezentos e vinte militares, a qual foi dividida em três categorias: oficiais, sargentos e praças. Com base nas respostas obtidas nos inquéritos, efetuou-se o tratamento e a análise estatística com recurso ao programa estatístico Statistical Package for Social Sciences. Identificaram-se oito tipos de conflitos comportamentais, a saber: “necessidades dos indivíduos não satisfeitas”; “complexidade organizacional”; “não funcionamento da hierarquia”; “critério de desempenho e recompensas”, “falta de profissionalismo”; “interesses pessoais”, “tarefas atribuídas” e “pressão de tempo”. Da análise dos resultados, concluiu-se que o tipo “interesses pessoais” é o que regista maior probabilidade de ocorrência nas unidades de infantaria. Por sua vez a “complexidade organizacional” é o tipo de conflitos comportamentais com menor probabilidade de ocorrência. Para otimizar os conflitos, sendo estes inevitáveis, é necessário enfrentá-los, com uma postura de “colaboração” para que ambas as partes saiam a ganhar, criando um clima de confiança e de respeito. Conclui-se que é vantajoso para a organização manter uma ligeira intensidade de conflito, na medida em que o mesmo é indutor de mudança, pensamento inovador e desenvolvimento do conhecimento do meio, bem como do desenvolvimento organizacional. Gera diversidade de pontos de vista, aumenta a probabilidade de surgirem soluções inovadoras e incrementa a qualidade das decisões. Os que exercem funções de comando e chefia possuem um papel crucial na otimização dos conflitos comportamentais.
- O Apoio da Artilharia de Campanha às Operações AerotransportadasPublication . Castelão, CatarinaO Trabalho de Investigação Aplicada, subordinado ao tema “O Apoio da Artilharia de Campanha às Operações Aerotransportadas” tem como objetivo estudar quais os requisitos necessários ao Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), da Brigada de Reação Rápida (BrigRR) para garantir o Apoio de Fogos (AF) às Operações Aerotransportadas. Foram adotados dois métodos científicos que se completam, o método hipotéticodedutivo, que formula hipóteses de lacunas do conhecimento, estruturando o raciocínio e levando a uma conclusão, e o método inquisitivo que se baseia em entrevistas. Com o objetivo de responder às questões derivadas e consequentemente à questão central, foi feita um análise documental procurando e sistematizando evidências, complementando esta análise com cinco entrevistas semiestruturadas. O novo ambiente operacional é estabelecido por um acumular de situações que restringem a mobilidade tática e o poder de fogos. Assim a flexibilidade, a precisão e a mobilidade são requisitos essenciais a todas as forças militares e consequentemente ao AF. A BrigRR é constituída por unidades e forças ligeiras de elevada prontidão, prioritariamente vocacionadas para operações de escalão Batalhão ou companhia, como são o caso das operações aerotransportadas, podendo ser empenhadas em todo o espetro de missões e cenários. Esta possui um GAC orgânico que lhe garante o AF necessário, tendo a possibilidade de empregar as suas subunidades de forma isolada, usando o obus ou o morteiro em dupla valência. Deve adquirir a capacidade, de pelo menos o efetivo de uma Bateria, Equipa de Apoio de Fogos (EAF) e equipa de Observadores Avançados (OAv), ser transportada por via aérea ou lançada em paraquedas. Havendo necessidade de adquirir meios se vigilância do Campo de Batalha mais precisos e leves, radares Lightweight Counter Mortar Radar (LCMR), para poder acompanhar esta Bateria. Para que a dupla valência de materiais tenha o máximo rendimento, tornando o morteiro um meio complementar do obus, é necessário adquirir meios de cálculo de tiro automático, aparelhos de pontaria e referenciação para este material, assim como interliga-lo com o Sistema Automático de Comando e Controlo (SACC).
- Do Apoio Logístico na Guerra Irregular à Logística de um Exército Convencional: Transformação e AdaptaçãoPublication . Malungo, EdsonO presente Trabalho de Investigação Aplicada está subordinado ao tema: ʺ Do apoio logístico na guerra irregular à logística de um exército convencional: Transformação e Adaptação ʺ. A crescente importância da logística a nível do panorama internacional, mais especificamente no Exército, tendo sido um fator que mudou em determinados momentos o curso da história, espelha o valor que este trabalho tem. O Exército angolano foi um pilar importante no processo de construção e unificação de Angola. Pretendeu-se, portanto, estudar a evolução logística das guerrilhas angolanas até a implementação do sistema logístico nacional, passando pelo estudo das potencialidades e limitações decorrentes deste processo, bem como os agentes que intervieram no mesmo. Os objetivos definidos para esta investigação científica vão de encontro com a necessidade de confirmar ou infirmar as hipóteses que foram colocadas inicialmente, com o propósito de responder às questões de investigação que foram enumeradas e, finalmente, à questão de partida levantada. A metodologia utilizada para a realização do trabalho baseou-se num quadro conceptual e em procedimentos esquematizados, tendo sido feita uma recolha de informação através de pesquisas bibliográficas e documentais, observações diretas e inquéritos por entrevista. Este Trabalho de Investigação Aplicada é composto por seis capítulos. No primeiro foi feito um enquadramento teórico para entendimento e justificação do âmbito do estudo. No segundo efetuou-se um estudo sobre o estado da arte da temática que foi analisada, desde os seus primórdios em comparação com os períodos marcantes da logística no contexto mundial. No terceiro é feita a análise da evolução da logística militar angolana, atendendo a todos os fatores que contribuíram para a mesma, bem com as vulnerabilidades e potencialidades no período que foi analisado. O quarto expõe os métodos e procedimentos utilizados durante a investigação. No quinto capítulo são apresentados e analisados os resultados. No último capítulo constam as conclusões e recomendações para futuras investigações. Conclui-se que a logística angolana, desde a criação das guerrilhas ao processo de paz, foi moroso, com a existência de vários intervenientes no processo, por inúmeras razões que iremos aprofundar. A guerra deteriorou tanto as estruturas do país como proporcionou a criação das primeiras unidades de logística, através da assessoria de países estrangeiros. E a paz possibilitou a criação do sistema logístico integrado e centralizado nas Forças Armadas.
- A Cooperação Técnico Militar no apoio à organização e funcionamento da Academia Militar em Angola. O Papel dos Oficiais PortuguesesPublication . Ribeiro, NunoO presente Trabalho de Investigação Aplicada está subordinado ao tema “A Cooperação Técnico-Militar no apoio à organização e funcionamento da Academia Militar em Angola: O Papel dos Oficiais Portugueses”. Com esta investigação pretende-se estudar a contribuição dos oficiais portugueses na Cooperação Técnico-Militar LusoAngolana, nomeadamente na criação da Academia Militar do Exército em Angola. A Cooperação Técnico-Militar desempenha um papel determinante na imagem e prestígio das Forças Armadas perante os países com quem Portugal possui ligações políticas, e contribui para a paz e desenvolvimento global. Desta forma o pedido feito por Angola para auxiliar na criação de uma Academia Militar, incluía-se nas missões e incumbências do Exército Português, e foi de bom grado que Portugal elaborou um Projeto para a criação da mesma. Neste trabalho procurou-se realçar o papel dos oficiais portugueses integrados neste Projeto, que se deslocaram para Angola para, conjuntamente com os oficiais angolanos e com o governo local estabelecer os objetivos a serem alcançados. Estes objetivos visavam a criação de uma Academia Militar em Angola, seguindo os moldes da Academia Militar de Portugal, uma vez que é uma referência pela língua bem como pela experiência e pelos mais de 175 anos de existência. Este Trabalho de Investigação Aplicada é composto por cinco capítulos esquematizados de forma coerente. No primeiro é feito um enquadramento teórico e conceptual para entendimento do âmbito do estudo. No segundo é feita uma revisão de literatura para entender melhor o que é a Cooperação Técnico-Militar, a sua evolução e estudar mais especificamente o caso de Angola. No terceiro é apresentada a metodologia usada no trabalho. No quarto é feita apresentação dos dados recolhidos, uma análise e uma discussão dos mesmos. As conclusões e recomendações futuras são exaradas no derradeiro capítulo. Para chegar a conclusões procedeu-se à análise das entrevistas realizadas e dos relatórios oriundos dos oficiais inseridos no Projeto. A epopeia da Academia Militar do Exército começou em Luanda e, continuou no Lobito, espera-se, que se instale definitivamente na cidade do Huambo. Com exceção do Instituto Superior Técnico-Militar, a Academia Militar do Exército é a única unidade do Exército que forma oficiais para o Quadro Permanente, com cursos de licenciatura de cinco anos, tendo ainda para os oficiais do Serviço Militar Obrigatório, cursos que classificam de médios, com um tempo entre um e dois anos, e cursos de oficiais oriundos de sargentos, onde são selecionados os melhores sargentos, que se encontram dentro do perfil requerido. No Huambo nascerá também o Instituto Superior do Exército. Mas enquanto não existir uma Academia Militar, destinada à formação dos oficiais do quadro permanente, não poderão garantir uniformidade de pensamento, de doutrina e de procedimentos, que muito facilitarão o cumprimento da sua missão, enquanto garantia da independência da nação e importante contribuinte para o desenvolvimento do país, concorrendo também como fator de coesão nacional. O papel dos oficiais portugueses tem então como objetivo geral o apoio conceptual, organizativo e pedagógico à criação e funcionamento da Academia Militar do Exército.
- A mentoria como caminho para a paz no Afeganistão:o caso das OMLT-DPublication . Marques, PedroO estudo sobre o conflito do Afeganistão encerra em si uma panóplia de problemáticas. É no apoio ao desenvolvimento operacional do Afghanistan National Army, parte fundamental da estratégia da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que se insere o presente Trabalho de Investigação Aplicada “A mentoria como caminho para a paz no Afeganistão: o caso das OMLT-D”. É uma visão na terceira pessoa que investigou a importância do apoio ao desenvolvimento da Kabul Capital Division 111 desempenhado pelas Operational Mentor and Liaison Teams de Divisão. Tem como objetivo identificar o papel destas para a segurança regional no Afeganistão e no criar de condições para prossecução da estratégia de transição da International Security Assistance Force. A pergunta inerente à problemática estudada é “Qual o papel das Operational Mentor and Liaison Teams de Divisão no apoio ao desenvolvimento operacional da Kabul Capital Division 111, para o segurança regional e transição da International Security Assistance Force?”, que se refere à mentoria realizada pelas Forças Armadas Portuguesas entre Março de 2009 e Maio de 2012. Para responder às perguntas identificadas o trabalho recorreu a uma abordagem metodológica hipotético-dedutiva, pelo método de estudo de caso. Utilizadas as técnicas de recolha de dados a partir de dados documentais preexistentes e entrevistas semidiretivas, e também utilizou as técnicas de análise de dados de Delphi e de decisão estatística indutiva. Concluiu-se que o papel das Operational Mentor and Liaison Teams de Divisão no apoio ao desenvolvimento operacional da Divisão afegã, para a segurança da província de Kabul foi positivo, diminuindo o número de ataques e incidentes inimigos em 47%. Por outro lado, na transição da International Security Assistance Force fez aumentar o nível de transição das unidades afegãs, ocorrendo a transição de força. Verificou-se também que a mentoria portuguesa desempenhou um papel importante no caminho para a paz afegã, onde contribuiu diretamente para a transição da responsabilidade na segurança para a Kabul Capital Division 111 e num âmbito indireto aumentou o nível de segurança regional.
- Os Alvos Aéreos na Artilharia Antiaérea do Exército PortuguêsPublication . Chora, JoãoO presente Trabalho de Investigação Aplicada tem como finalidade investigar se os alvos aéreos que o Exército Português possui são os mais indicados para os nossos sistemas de armas de Artilharia Antiaérea efetuarem o seu treino, bem como analisar, face às novas ameaças aéreas, se os alvos aéreos que possuímos e utilizamos atualmente têm as capacidades para simular uma ameaça aérea atual. A elaboração deste trabalho teve lugar no Regimento de Artilharia Antiaérea Nº 1, tendo por base a consulta e análise de documentos, realização de entrevistas e relatos de experiências pessoais de diferentes militares com créditos neste domínio. Este trabalho inicia-se com o estudo do ambiente contemporâneo em que se desenrolam as operações militares e as novas ameaças aéreas que fazem parte dos fatores operacionais militares. Evidencia, também o importante papel que a defesa aérea assume, nos nossos dias, e demonstra a importância do treino operacional das unidades de Artilharia Antiaérea que culminam obrigatoriamente com o treino das suas guarnições. No decorrer da investigação identificam-se as principais características que um alvo aéreo deve possuir para garantir o treino operacional das nossas forças de Artilharia Antiaérea, bem como, as limitações que surgiram com os alvos aéreos utilizados anteriormente pelo Exército Português, de modo a que numa futura aquisição essas limitações sejam colmatadas ou reduzidas. Numa fase posterior da investigação são identificados os sistemas de alvos aéreos mais desenvolvidos da atualidade e investiga-se se esses são adequados aos nossos sistemas de armas de Artilharia Antiaérea do Exército Português. Na parte final da investigação são apresentadas as respetivas conclusões que procuram responder à pergunta de partida bem como às perguntas derivadas, concluindo que os alvos aéreos existentes atualmente não têm capacidade de simular as características necessárias de todas as ameaças aéreas, evidenciando que a Artilharia Antiaérea não está totalmente preparada para fazer face às novas ameaças aéreas.
- A Transformação da Artilharia de Campanha da Guerra Civil Americana à 1ª Guerra MundialPublication . Saraiva, EduardoO presente trabalho tem como objetivo analisar e caraterizar as transformações ocorridas, no equipamento da Artilharia de Campanha, no período compreendido entre a Guerra Civil Americana (1861-1865) e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e compreender quais as implicações resultantes na Artilharia do Exército Português. O período estudado coincide com a transição do século XIX para o século XX, quando ocorrem as primeiras guerras industriais, correspondendo a uma fase de grande transformação e evolução da Artilharia de Campanha. Este progresso, derivado de uma época de constante evolução tecnológica proporcionado pelas inovações industriais, permite a produção de novos materiais e o aperfeiçoamento do armamento, que materializam o período de afirmação da Arma e da transição para a moderna Artilharia. Durante este período ocorrem importantes melhoramentos nomeadamente, com o estriamento dos canos, na aplicação da retrocarga, da aplicação de ligações elásticas por forma a absorver o recuo após o disparo, na construção das peças em aço que permitem resistir a maiores pressões, o aperfeiçoamento das munições e o desenvolvimento do tiro indireto. Para a elaboração deste trabalho de investigação, a metodologia utilizada está enquadrada no âmbito de uma pesquisa e investigação histórica baseada na consulta e recolha de informação, realizada no Arquivo Histórico Militar, e consequente tratamento de fontes primárias manuscritas e impressas complementada com outras fontes textuais e bibliográficas nacionais e internacionais, através da pesquisa documental, diretamente relacionadas com o tema a explorar. Desta análise concluiu-se que, no período estudado, a Artilharia de Campanha sofreu um conjunto de inovações técnicas, que permitiram aperfeiçoar o equipamento de guerra resultando num maior rendimento, ao aumentar o alcance, a letalidade, os efeitos no alvo e a precisão, reduzindo-se a dispersão do tiro. Tais inovações técnicas implicaram a alteração da organização e tática dos diferentes exércitos nas primeiras guerras industriais. Após um conjunto de acontecimentos, ocorridos durante a primeira metade do século XIX, que provocaram o declínio económico-financeiro, tecnológico e industrial de Portugal, cujos efeitos negativos só foram atenuados pelo empreendedorismo económico e político da Regeneração e do Fontismo, através de programas de modernização militar e de rearmamento, que obrigavam a atualizar os principais estabelecimentos fabris nacionais. Portugal conseguiu acompanhar sem considerável atraso os principais países europeus, ao nível do estriamento e da retrocarga. Contudo, a partir da década de 70 do século XIX, Portugal começa a evidenciar limitações, e entra numa fase de reduzida autonomia técnica e industrial, incapaz de produzir novo armamento, adotando uma política de aquisição de equipamento ou componentes ao estrangeiro, nomeadamente à Alemanha e França.
- O Sistema de Lança-foguetes Múltiplo. Novas capacidades para o Exército PortuguêsPublication . Santos, HélderVive-se num período onde a Guerra Convencional foi substituída por um ambiente caracterizado pela assimetria e guerras de guerrilha, num meio mais urbanizado onde os danos colaterais têm repercussões elevadas junto da população. Os Sistemas de LançaFoguetes Múltiplo, no caso do Teatro de Operações do Afeganistão, têm vindo a ser utilizados devido à necessidade de minimização dos danos colaterais, conseguida através dos seus mísseis com guiamento GPS, com provas dadas da sua capacidade como um sistema de armas de Apoio de Fogos eficaz para a Artilharia de Campanha. Deste modo, o presente Trabalho de Investigação Aplicada envolveu a problemática do Sistema de Lança-Foguetes Múltiplo, com o objetivo de analisar quais as implicações que a aquisição deste sistema de armas traria para o Exército Português. Também foram analisadas as medidas necessárias para implementar o emprego deste equipamento, numa unidade/escalão apropriada ao Sistema de Forças Nacional, bem como as infraestruturas necessárias para tal. Através de pesquisa, investigação e realização de entrevistas, constatou-se que existe um acréscimo das capacidades do Exército Português com a implementação deste tipo de sistema, uma maior contribuição para os Minimum Capability Statements da NATO e a possibilidade de fazer tiro com os Sistemas de Lança-Foguetes Múltiplos em território Nacional. Dentro dos resultados obtidos pôde-se ainda constatar que a Lei de Programação Militar para a Artilharia, revista para o ano corrente, não contempla aquisições de novos materiais, e que a tendência do Conceito Estratégico Militar é de reduzir o efetivo necessário a aprontar. Após o términus deste trabalho, chegámos às conclusões de que o Sistema de Lança-Foguetes Múltiplo implica a modificação/desenvolvimento de diversos vetores, como sejam a Doutrina, Quadros Orgânicos, Conceito Estratégico Militar, Infraestruturas e a modificação da Lei de Programação Militar. Pôde-se concluir também que o Exército Português estaria mais capaz ao nível de Apoio de Fogos. No entanto, face às restrições orçamentais, este projeto não pode ser concretizado a curto e médio prazo.
- O Tiro de Artilharia de Campanha. Requisitos ao nível da Formação, do Treino Operacional e das InfraestruturasPublication . Janeiro, MarcoO presente trabalho tem como objetivo principal analisar a formação de tiro de Artilharia de Campanha ministrada na Academia Militar e estudar se a mesma é suficiente para garantir que um futuro Oficial Subalterno de Artilharia obtenha todas as competências necessárias para o desempenho das suas futuras funções. Com a implementação da Declaração de Bolonha no Ensino Superior em Portugal, surgiu a oportunidade de reformar o mesmo, adequando-o às novas realidades. O Ensino Superior Militar, sendo um subsetor do Ensino Superior em Portugal, criou condições para que Bolonha fosse implementada também na Academia Militar, levando a uma reestruturação nos seus cursos. Para abordar o tema proposto iremos analisar, também, as infraestruturas utilizadas para a realização do tiro de Artilharia de Campanha em Portugal, que constituem o suporte físico indispensável à formação dos futuros oficiais de Artilharia neste domínio. Este trabalho é essencial para perceber se a reestruturação implementada responde aos requisitos de desempenho exigidos ao futuro Oficial Subalterno de Artilharia, que termina a frequência da Academia Militar e se prepara para desempenhar funções no âmbito da Arma. Atendendo à escassez de investigação sobre esta temática, consideramos ser essencial, numa primeira fase, obter elementos inerentes ao ensino ministrado na Academia Militar, para percebermos a estrutura e conteúdo programático relativos à formação de Tiro de Artilharia de Campanha, e numa segunda fase, visitarmos os Polígonos de Tiro de Vendas Novas e do Campo de Tiro de Santa Margarida, de modo a analisarmos as possibilidades e limitações dos mesmos. Para complementar este trabalho, consideramos fundamental a realização de entrevistas a Oficiais que, tanto na altura da reestruturação como atualmente, tiveram um contributo relevante na formação dos futuros Oficiais de Artilharia. Embora a implementação da Declaração de Bolonha, na Academia Militar, possibilite agora que um aluno termine a sua frequência com o grau de mestre, a consequente reestruturação dos cursos trouxe significativas restrições no que respeita aos tempos escolares atribuídos à formação no tiro de Artilharia de Campanha. Concorrentemente, iremos ainda estudar a adequação dos atuais Polígonos de Tiro da Escola Prática de Artilharia e do Campo Militar de Santa Margarida, no que respeita à execução de Exercícios de Fogos Reais, essenciais à consolidação e validação das matérias ministradas no âmbito do tiro de Artilharia de Campanha, e que poderão condicionar a formação dos futuros Oficiais Subalternos de Artilharia.
