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- Instrumentos de medida utilizados na avaliação da DPOCPublication . Miranda, S; Alves Lopes, AntónioO Fisioterapeuta na sua intervenção a nível Comunitário, deverá estar consciencializado da sua responsabilidade acrescida, na relação com os seus utentes em todos os estadios da sua intervenção. Tal só será possível através de uma avaliação cuidada, precisa e contínua do estado de cada utente. São vários os autores que enfatizam a importância das medições e a necessidade de utilização de instrumentos de medida no processo de tomada de decisões do Fisioterapeuta. Contudo é preciso perceber se esta avaliação é realizada, se existem os instrumentos necessários e se é considerada como necessária não só pelos Fisioterapeutas, mas também pelos utentes. Assim, foi realizado um estudo no qual se escolheu uma das áreas de intervenção do Fisioterapeuta, a área Cárdio-Respiratória e em particular a patologia DPOC. O objectivo deste estudo consistiu em proceder a um levantamento sobre os instrumentos de medida utilizados pelos Fisioterapeutas Portugueses, no processo de avaliação de pacientes com DPOC. Desta forma, foi elaborado um questionário de modo a permitir a obtenção das informações necessárias, tendo sido posteriormente distribuída à amostra em estudo constituída por 98 Fisioterapeutas Portugueses que tratem ou trataram pacientes com DPOC na prática privada ou hospitalar. Após a recolha deste questionário, foi possível verificar que a maioria dos Fisioterapeutas inquiridos (67%) não utilizam instrumentos de medida no processo de avaliação destes pacientes, sendo identificadas como maiores causas: a escassez de tempo (28,6%) e a inexistência desses instrumentos no local de trabalho (15,3%). De acordo com os resultados os instrumentos mais utilizados são; o estetoscópio (15,3%), o espirometro (14,3%), os questionários (12,2%) e a gasimetria (12,2%). Os Fisioterapeutas que se mostram confiantes da sua capacidade para avaliar doentes e planear tratamentos, devem justificar a sua intervenção de modo a poderem reclamar eficácia para sua prática, e tal como demonstra o estudo torna-se irónico que não demonstrem maior preocupação com os instrumentos que suportam a sua prática.
- Atividades funcionais limitadas pela disfunção respiratóriaPublication . Pereira, C; Alves Lopes, AntónioO índice de mortalidade e esperança média de vida é reconhecido como um indicador da saúde da população, mas com aumento da longevidade e das doenças crónicas da população mundial o índice de funcionalidade e consequentemente a qualidade de vida poderá tornar-se um indicador mais realista de saúde. Em muitos dos modelos de avaliação e intervenção do Fisioterapeuta, o utente é reconhecido como elemento activo de ambos, mas não como elemento dominante uma vez que os objectivos definidos pelo Fisioterapeuta nem sempre vão ao encontro dos objectivos do utente, talvez por não haver um levantamento prévio das necessidades sentidas e expressas, não valorizando a avaliação que o utente faz do seu estado funcional. Reconhecendo a dificuldade de avaliar a funcionalidade do indivíduo, quando este não está inserido no seu meio, físico, sócio, cultural, considera-se relevante que o Fisioterapeuta valorize o enquadramento sociocultural na avaliação da funcionalidade, para se estabelecer objectivos realistas para cada utente. A disfunção respiratória é uma das áreas de intervenção da Fisioterapia que por vezes não realça a avaliação das funcionalidade, não inserindo o utente no processo de avaliação, como elemento primordial para a definição de objectivos de tratamento. Para minorar esta realidade identificada na bibliografia, Este estudo teve por objectivo: identificar as actividades funcionais mais limitadas pela disfunção respiratória. O estudo realizou-se segundo os moldes de um estudo de opinião descritivo como uma técnica de consenso. A amostra foi composta por Fisioterapeutas, que tinham por actividade diária o tratamento de disfunções respiratórias à mais de 5 anos, e que estavam ligados á formação e educação, garantindo-lhe o titulo de experts, e utentes com disfunção respiratória que soubessem ler e escrever. Os resultados obtidos mostram uma listagem de 51 actividades funcionais limitadas pela disfunção respiratória da qual se apurou a lista de 11 actividades com representatividade superior a 40%, nas quais as actividades da vida diária e actividades instrumentais tiveram uma representação muito significativa. Pressupõem-se que qualquer avaliação de funcionalidade realizada em meio controlado será pouco representativa, porque não contempla a avaliação das limitações funcionais no seu meio sociocultural. De forma dar utilidade a lista de actividades funcionais limitadas pela disfunção respiratória sugere-se o cruzamento da lista com a escala de Borg na tentativa de quantificar a incapacidade de realizar as actividades funcionais mais limitadas pela disfunção respiratória.
- Efeitos da estimulação diafragmática no volume corrente em doentes ventilados mecanicamentePublication . Alves Lopes, António; Clemente, J; Fernandes, S; Ferreira, M; Machado, AEnquanto área emergente da Fisioterapia, os cuidados intensivos, representam um dos novos desafios às competências e conhecimentos dos profissionais. Dentro deste âmbito propomos verificar se a utilização de Estimulação Manual Diafragmática(E.M.D.) induz a alterações no Volume Corrente(V.C.) em doentes ventilados mecanicamente. Utilizou-se um estudo quasi-experimental, com uma amostra de conveniência de 12 sujeitos internados nas Unidades de Cuidados Intensivos dos Hospitais Curry Cabral, São José, e Nossa senhora do Desterro, ventilados mecanicamente em Pressão Assistida (P.A.) com valores entre 10/20 cm H2O, não traumatizados torácicos, hemodinâmicamente estáveis, eupneicos, vigis e colaborantes. Excluímos desta amostra utentes com patologia neurológica e com lesões do nervo frénico. Estabeleceu-se um protocolo, em os utentes que constituíram a amostra foram avaliados em duas fazes distintas; na primeira fase enquanto grupo de controlo foram-lhe aplicadas técnicas de desobstrução, na fase subsequente enquanto grupo experimental foram aplicadas técnicas de desobstrução mais Estimulação Manual Diafragmática, sendo sempre realizado em 1º a situação de controlo e depois a experimental. O posicionamento dos utentes foi o mesmo tanto para o grupo de controle, como para o grupo experimental. Na primeira fase deu-se início ao protocolo com dois momentos avaliativos (O1 e O2), separados por um intervalo de 10 minutos para estabelecer valores de baseline, de seguida procedeu-se à aplicação das técnicas de desobstrução das vias respiratórias, ao que se seguiram quatro momentos avaliativos: O3 (minuto seguinte), O4 (após 10 minutos), O5 (após 30 minutos) e O6 (após 90 minutos). Na fase 2 estabeleceu-se igualmente a baseline(O`1 e O`2), realizando-se de seguida aplicação das técnicas de desobstrução das vias respiratórias mais a E.M.D (Ciesla, 1996), ao que se seguiram quatro momentos avaliativos: O`3 (minuto seguinte), O`4 (após 10 minutos), O`5 (após 30 minutos) e O`6 (após 90 minutos). Os valores médios do V.C. encontrados na situação experimental foram mais elevados que os da situação de controlo, sendo essa diferença mais marcada após a aplicação da E.M.D. Nas avaliações subsequentes não se verificam diferenças significativas relativamente aos valores iniciais. Da análise de resultados podemos inferir que a aplicação da E.M.D induz um aumento do volume corrente, durante a sua execução e no 1º momento avaliativo após a sua aplicação, esbatendo-se o seu efeito nos momentos avaliativos subsequentes. O uso desta técnica é valido para esta amostra, outros estudos com melhor controlo de variáveis parasitas poderão vir a reforçar estes resultados. Podemos identificar como limitações deste estudo; uma amostra não muito significativa e heterogénea, falta de consenso na fundamentação teórica das técnicas e inerentes á aplicação das técnicas, inexistência de fundamentação bibliográfica para elaboração do protocolo avaliação/medição.