Browsing by Author "Lopes, Luís"
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- Identificação das competências de Liderança associadas ao comando dos Oficiais subalternos e capitães de InfantariaPublication . Lopes, LuísO presente trabalho é subordinado ao tema “Identificação das competências de liderança associadas ao comando dos Oficiais Subalternos e Capitães de Infantaria.”, tem como objetivo identificar, analisar e interrelacionar os comportamentos de liderança percecionados pelos subordinados aos Oficiais Subalternos e Capitães de Infantaria nas suas tarefas diárias de comando e de que maneira os Oficiais conseguem obter dos seus homens desempenhos extraordinários, eficácia e satisfação. Para tal, foi implementado um inquérito constituído por um questionário de competências de liderança e três fatores critério (esforço extraordinário, eficácia e satisfação). Este inquérito foi aplicado a uma amostra de 246 militares do Exército Português e Exército Brasileiro (17 Oficiais Subalternos, 35 Sargentos e 194 Praças). O estudo foi elaborado sob a perspetiva do subordinado sobre o seu comandante. Do estudo verificou-se que existem diferenças no nível de proficiência entre os Oficiais Capitães e os Oficiais Subalternos sendo que, os subordinados consideram os Capitães mais proficientes que os Oficiais Subalternos. Esta diferença também é evidente entre Unidades, sendo que, na Brigada Mecanizada e no Brasil os Oficiais de Infantaria têm uma maior proficiência percecionada enquanto na Brigada de Reação Rápida e na Brigada de Intervenção as diferenças no nível de desempenho percecionado são significativamente inferiores. Verifica-se no entanto, semelhanças nas competências em que os oficiais são mais proficientes. Conclui-se que os subordinados percecionam que os seus comandantes (Oficiais Subalternos e Capitães) são mais proficientes nas competências “aptidão técnica e profissional”, “comunicação”, “orientação para a tarefa” e “reconhecimento, feedback positivo e valorização” e menos proficientes na competência “autoconfiança”. Os resultados deste estudo vão de encontro ao trabalho elaborado por Sousa (2014) que identificou mais propensão para a dimensão “orientação para a missão através do exemplo e ética” e também para o estilo de comunicação “assertivo”, com exceção dos oficiais da Brigada de Reação Rápida e da Brigada de Intervenção que foram alvo do inquérito, que utilizam o estilo “comunicação agressiva pelo domínio”. No que concerne aos comportamentos de liderança, todas as competências estão fortemente correlacionadas aos fatores de critério. As competências que mais contribuem 1 para o desempenho extraordinário, eficácia e satisfação são: “consideração”, “aptidão técnica e profissional”, “autocontrolo”, “flexibilidade e adaptabilidade”, “trabalho de equipa e coesão”, “gestão de conflitos e negociação”, “influência/referência”, “orientação para a tarefa”, relações interpessoais”, “capacidade de tomar decisões”, “transparência”, “visão”, e “proactividade” e a competência com menos influência sobre os fatores de critério é a “autoconfiança” Os Oficiais de Infantaria devem procurar promover o seu desempenho melhorando essencialmente as competências que mais influenciam o desempenho extraordinário, eficácia e satisfação dos seus subordinados e que não tenham um desempenho percecionado elevado, neste caso, das competências com maior correlação com os fatores de critério os oficiais de infantaria, apenas têm a “Aptidão técnica e profissional” e a “Orientação para a Tarefa” com valores de proficiência mais elevados, sendo por isso necessário autopromoverem o desenvolvimento das restantes competências de liderança identificadas como mais importantes para o desenvolvimento de desempenhos extraordinários, eficácia e satisfação.
- Reabilitação do Forte de S. Francisco, Lovelhe, Vila Nova de CerveiraPublication . Lopes, Luís; Viana, David LeiteA região transfronteiriça do Vale do Minho Português e do Baixo Minho Galego corresponde a um espaço marcado pela presença de um património diversificado, o qual teve outrora um papel estratégico de defesa. Tais monumentos são testemunhos do passado que devem ser respeitados pelo valor histórico e cultural que possuem. Alguns acabaram por se transformar em ruínas, outros chegaram até ao presente, votados a utilizações diversas das originais. As fortificações, construídas e/ou reforçadas para defesa no âmbito da Guerra da Restauração, caracterizam de forma particular uma época e o modo de intervir no território. Na pluralidade de tipos manifestam-se diversos condicionalismos – económicos, culturais e sociais, etc. – dos locais e das comunidades que as construíram e usaram. Essas implicações traduziram-se numa diferenciação regional pela adaptação à especificidade local. Erguidas em pontos estratégicos de defesa do território nacional, na raia Minhota, são símbolos de um passado em que assumiam um papel importante, tendo sido fundamentais na consolidação, proteção e delimitação dos limites da nação. Foram perdendo, aos poucos, a sua utilidade desaparecendo o seu valor funcional de proteção e segurança, readaptando-se, em alguns casos, o seu uso para outros fins, em outros relegados ao abandono ou destruição atribuído a um somatório de causas associadas, apresentando problemas de conservação. A Dissertação consiste no Projeto para a Reabilitação do Forte de S. Francisco, classificado como monumento, edificado na freguesia de Lovelhe, em Vila Nova de Cerveira, tendo tido um papel estratégico de defesa da Nação, no âmbito das Guerras Peninsulares e Napoleónicas. No desenvolvimento do Projeto procura-se aferir uma mais correta abordagem de intervenção no Forte, contextualizando-o como elemento ainda útil, sublinhando as relações com o sítio e referenciando-as a um novo entendimento do local onde se insere. Estabelece-se uma estratégia de atuação que prevê a valorização do conjunto no qual o monumento se insere enquanto potencial turístico e/ou cultural, dada a sua reconhecida qualidade enquanto testemunho histórico-arqueológico. Verificou-se as indicações do Plano Diretor das Fortalezas Transfronteiriças do Vale do Minho/ Baixo Minho, documento de divulgação patrimonial, que contribuiu para aprofundar o conhecimento do objeto de estudo, usando-o enquanto alavanca para o desenvolvimento do seu entendimento e demais questões de partida. A reabilitação do Forte permitirá devolver aquela estrutura à população, dado o interesse que envolve, para além do inerente simbolismo e relevância patrimonial.