AM - CM - OM - Operações Militares
Permanent URI for this community
Browse
Browsing AM - CM - OM - Operações Militares by advisor "Baleizão, Rui"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Proteção dos jornalistas integrados no contexto militarPublication . Soutelo, André Luís Gomes; Baleizão, Rui; Gonçalves, MarcoEste Trabalho de Investigação Aplicada, com o tema “Proteção dos jornalistas inte-grados no contexto militar”, procurará responder à seguinte questão central: “Está assegu-rada a proteção aos jornalistas em zonas de conflito?”. Em missão de guerra, a missão do soldado é combater. Esta é preconizada por nor-mas estratégicas e tácticas operacionais implícitas que não podem ser comprometidas, nem mesmo, sobre os auspícios do supremo, universal e alienável da liberdade de expressão do Homem. Impera que este se mantenha livre, vivo e não resgatado em condições inumanas. A liberdade individual é totalmente justificada, mas jamais poderá ser o motivo para ani-quilamento e vítimas inocentes. Com uma abordagem qualitativa, método indutivo e descritivo sobre o enquadra-mento normativo internacional no que toca à proteção aos jornalistas embedded, resulta da revisão bibliográfica e outras fontes documentais. A entrevista, a 6 jornalistas embedded é de igual modo uma importante técnica de recolha de dados, no sentido de obter o testemu-nho o mais aproximado possível da realidade. A inovação não anula, antes transforma o que já existe anteriormente, pelo que é fulcral entender os que viram as “dores de cresci-mento” do paradigma de jornalismo Embedded no que diz respeito à suficiência/adequação dos mecanismos de proteção dos jornalistas integrados em contexto militar. No pressuposto de guerra proporcional e justa, o Direito Internacional Público dos Conflitos Armados enquadra a proteção dos jornalistas. Sem prejuízo do elevadíssimo valor dos quadros normativos atingidos desde o fim século passado, surge a necessidade de refletir de forma mais profunda sobre o enquadramento no normativo legal no período pós guerra, porque o conflito é e será diferente, como bem demonstra a 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a segurança dos jornalistas e a questão da impunidade do qual decorre o plano de ação marcado pela simbiótica entre organizações com conhecimentos de causa e factos. A polemologia permite a compreensão do paradigma das Guerras Novas, não clau-sewitzianas que refletem a permeabilidade da segurança e defesa à nova tipologia de ameaça e conflito. A Organização do Tratado do Atlântico Norte, responsável por retomar o conceito de Embedding, na guerra do Iraque em 2003, avança neste novo milénio com orientações e estratégias para este novo horizonte forjado pelo terrorismo, insurreições e subversões cada vez mais urbanas com o contributo da Internet das coisas. Esta também implica uma nova perceção sobre a sociedade civil, que assiste hoje, a cenários menos feios de guerras na ilusão de que portanto, são menos letais. Reclama e exige o fortalecimento das margens normativas internacionais para a guerra e para a paz, quando a neblina da impunidade é cada vez mais densa. A Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura Pública Indi-cadores de Segurança de Jornalistas, elencando quatro categorias cujas ações podem ter impacto direto na segurança dos jornalistas, onde não ficam isentas a sociedade civil e aca-démica. Exige-se por isso e pelo fortalecimento operacional de defesa e proteção, a melho-ria simbiótica entre a sociedade castrense e civil. Informação e formação são conceitos próximos distanciados paulatinamente pela atual sociedade de conhecimento. Sob pena de continuar sensacionalista, assente em perce-ções jornalísticas e livrescas, compete-nos a nós, sociedade castrense, liderar de forma ine-quívoca a conceção e operacionalização da formação no sentido de dotar a sociedade civil de conhecimento deveras útil à proteção adequada aos jornalistas embedded para a sua própria segurança, em zonas de conflito armado. Estaremos assim a beneficiar a nossa missão de assegurar a segurança nacional e internacional que impele os militares para o Teatro de Operações. Não são os jornalistas. Muito antes, pelo contrário.