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Advisor(s)
Abstract(s)
Introdução – A pesquisa de informação realizada pelos estudantes de ensino superior em
recursos eletrónicos não corresponde necessariamente ao domínio de competências de
pesquisa, análise, avaliação, seleção e bom uso da informação recuperada1-2. O conceito de
literacia da informação ganha pertinência e destaque, na medida em que abarca competências
que permitem reconhecer quando é necessária a informação e de atuar de forma eficiente e
efetiva na sua obtenção e utilização3-4.
Objetivo – A meta da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) foi a
formação em competências de literacia da informação, fora da ESTeSL, de estudantes,
professores e investigadores.
Métodos – A formação foi integrada em projetos nacionais e internacionais, dependendo dos
públicos-alvo, das temáticas, dos conteúdos, da carga horária e da solicitação da instituição
parceira. A Fundação Calouste Gulbenkian foi o promotor financeiro privilegiado.
Resultados – Decorreram várias intervenções em território nacional e internacional.
Em 2010, em Angola, no Instituto Médio de Saúde do Bengo, formação de 10 bibliotecários
sobre a construção e a gestão de uma biblioteca de saúde e introdução à literacia da
informação (35h).
Em 2014, decorrente do ERASMUS Intensive Programme, o OPTIMAX (Radiation Dose and
Image Quality Optimisation in Medical Imaging) para 40 professores e estudantes de
radiologia (oriundos de Portugal, Reino Unido, Noruega, Países Baixos e Suíça) sobre
metodologia e pesquisa de informação na MEDLINE e na Web of Science e sobre o Mendeley,
enquanto gestor de referências (4h). Os trabalhos finais deste curso foram publicados em
formato de ebook (http://usir.salford.ac.uk/34439/1/Final%20complete%20version.pdf), cuja
revisão editorial foi da responsabilidade dos bibliotecários.
Ao longo de 2014, na Escola Superior de Educação, Escola Superior de Dança, Instituto
Politécnico de Setúbal e Faculdade de Medicina de Lisboa e, ao longo de 2015, na Universidade
Aberta, Escola Superior de Comunicação Social, Instituto Egas Moniz, Faculdade de Letras de
Lisboa e Centro de Linguística da Universidade de Lisboa foram desenhados conteúdos sobre o uso do ZOTERO e do Mendeley para a gestão de referências bibliográficas e sobre uma nova
forma de fazer investigação. Cada uma destas sessões (2,5h) envolveu cerca de 25 estudantes
finalistas, mestrandos e professores.
Em 2015, em Moçambique, no Instituto Superior de Ciências da Saúde, decorreu a formação
de 5 bibliotecários e 46 estudantes e professores (70h). Os conteúdos ministrados foram: 1)
gestão e organização de uma biblioteca de saúde (para bibliotecários); 2) literacia da
informação: pesquisa de informação na MEDLINE, SciELO e RCAAP, gestores de referências e
como evitar o plágio (para bibliotecários e estudantes finalistas de radiologia). A carga horária
destinada aos estudantes incluiu a tutoria das monografias de licenciatura, em colaboração
com mais duas professoras do projeto.
Para 2016 está agendada formação noutras instituições de ensino superior nacionais.
Perspetiva-se, ainda, formação similar em Timor-Leste, cujos conteúdos, datas e carga horária
estão por agendar.
Conclusões – Destas iniciativas beneficia a instituição (pela visibilidade), os bibliotecários (pelo
evidenciar de competências) e os estudantes, professores e investigadores (pelo ganho de
novas competências e pela autonomia adquirida). O projeto de literacia da informação da
ESTeSL tem contribuído de forma efetiva para a construção e para a produção de
conhecimento no meio académico, nacional e internacional, sendo a biblioteca o parceiro
privilegiado nesta cultura de colaboração.
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Keywords
Literacia em saúde Literacia da informação