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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Definir e operacionalizar estratégias de promoção da
qualidade de cuidados de enfermagem, a partir de informação válida, é um
eixo fundamental nas políticas de gestão e governo dos serviços de saúde.
Os contributos dos SIE para estas estratégias podem ser entendidos como
um dos planos em que, de acordo com DeLone e McLean (2003), pode ser
avaliado o sucesso dos Sistemas de Informação. A investigação aqui
relatada situa-se no domínio da gestão da informação em enfermagem e
visa, sobretudo, a rentabilização dos dados documentados nos SIE, tendo
em vista a melhoria dos processos de gestão e governação dos serviços.
Material e Métodos: Foi realizada uma investigação de tipo
exploratório e descritivo, em duas fases. A primeira, com recurso a “Focus
group”, orientada para a construção de consensos em torno de um painel
de indicadores entendidos como úteis, pelos enfermeiros gestores, para
uma Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Medicina, de um Hospital do
Grande Porto. A partir da análise documental, na segunda fase do estudo,
procedeu-se à exploração do potencial de produção do painel de
indicadores consensualizado, a partir da documentação de enfermagem
disponível nos Sistemas de Informação de Enfermagem (SIE) em uso na
UAG, tomando por amostra 114 episódios de internamento do ano 2012.
Resultados: O painel de indicadores consensualizado centra-se na
“medição” da intensidade dos cuidados de enfermagem, assim como em
métricas orientadas para os ganhos em capacidade de desempenho no
autocuidado (ICN, 2013) e na prevenção de complicações. Verificou-se que
a parametrização em uso permitia a produção automatizada da larga
maioria dos indicadores “desejados”. Os indicadores calculados evidenciam
uma grande intensidade dos cuidados de enfermagem, substanciada no
elevado número de doentes dependentes nos diferentes domínios do
autocuidado. A incipiente documentação de intervenções de enfermagem,
inviabiliza o cálculo de muitos dos indicadores de processo definidos na
primeira fase da investigação. No que se refere aos ganhos em capacidade
de desempenho nos autocuidados, a “quase ausência” de intervenções
documentadas limitou o seu cálculo nos termos formulados. No domínio da
prevenção de complicações, aquilo que os indicadores indicam são taxas de
efetividade na prevenção de complicações bastante aceitáveis. A melhoria
da efetividade no diagnóstico dos fenómenos de risco daquelas
complicações é, por sua vez, algo em que devem apostar.
Conclusões: Os enfermeiros gestores priorizam como indicadores mais
necessários aqueles que radicam em métricas tradutoras da “intensidade
da carga de trabalho dos enfermeiros” e na “prevenção de complicações”.
O SIE em uso – SClinico® - viabiliza a produção automatizada de grande
parte dos indicadores identificados como prioritários. Existe, à escala do
contexto estudado, um claro fenómeno de “subdocumentação” de
intervenções autónomas de enfermagem
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Keywords
Sistemas de informação Enfermagem