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Abstract(s)
Num contexto internacional de reconhecimento dos benefícios para a saúde da dieta mediterrânea e, principalmente, de um dos seus principais componentes, o azeite, Portugal duplicou a sua produção nos últimos 10 anos, tornando-se autossuficiente a partir de 2013.
A aposta no aumento da produtividade e modernização de toda a cadeia de valor do azeite, desde a oliveira até aos lagares, conduziu igualmente a uma melhoria da qualidade, através da redução da acidez média produzida.
Com produto em quantidade e em qualidade disponível no mercado português, estagnado em termos de consumo, o presente projeto pretende sugerir um modelo de uma associação de produtores, integrando vários agentes económicos, através de empresa veículo, para abordar os mercados internacionais. O foco da análise recai, numa fase inicial, sobre o mercado brasileiro, devido ao prémio de preço obtido pelo azeite português, e o mercado chinês devido ao seu potencial de crescimento.
Num mundo marcado pela globalização e crescente concorrência, a estratégia de construção de parcerias entre empresas permite melhorar a competitividade dos participantes bem como o acesso a recursos que, de forma individual, não seria possível, nomeadamente, conhecimento, mercados e financiamento.
A estrutura empresarial em Portugal, assente em PMEs - Pequenas e Médias Empresas tem, no passado, dificultado as parcerias devido a sentimentos de desconfiança entre as entidades envolvidas. No entanto, e usando uma expressão de John F. Kennedy, “Em chinês, crise escreve-se através da conjugação dos símbolos de perigo e oportunidade”, verifica-se que os exemplos de parcerias entre empresas do mesmo setor para abordagem aos mercados internacionais são cada vez mais frequentes. Verificando-se que tal ainda não existe no setor do azeite, procura-se com o presente estudo propor um modelo de internacionalização em parceria para as PMEs portuguesas dessa fileira.
A internacionalização em parceria proposta permite a partilha de riscos, o alargamento da gama de produtos e o fortalecimento da posição competitiva nos mercados externos, sem colocar em risco a independência das entidades participantes. O modelo propõe a criação de uma estrutura exclusivamente dedicada à exportação e que, através do desenvolvimento de uma marca unificada, permita a obtenção de ganhos de escala, competitividade e notoriedade.
As projeções apontam para uma necessidade de investimento inicial de 150 mil de euros, com o retorno do investimento a iniciar-se a partir do 4º ano. No entanto a criação de uma marca internacional não se consegue apenas com este volume de investimento, pelo que o período de projeções aqui apresentado deve ser assumido como destinado a validar o modelo proposto.
Description
Keywords
Azeite, Internacionalização, Parcerias, Brasil, China