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Authors
Abstract(s)
This dissertation examines the relationship between
censorship, tolerance, and artistic creation within the context
of contemporary visual culture, comparing dynamics in
authoritarian regimes and democratic societies. It seeks to
understand how practices of censorship — explicit or subtle
— shape artistic production not only as a repressive force but
also as a productive mechanism that defines norms of
visibility, acceptability, and cultural recognition.
Through a multidisciplinary approach, the dissertation
articulates theoretical frameworks from authors such as
Michel Foucault, Judith Butler, and Pierre Bourdieu, and
relates them to concrete cases from Belarus, the post-Soviet
sphere, and European contexts, namely Portugal. The analysis
integrates interviews with artists, questionnaires addressed to
professionals from different fields, and visual case studies,
mapping patterns of self-censorship and symbolic resistance.
The findings demonstrate that contemporary censorship is not
restricted to state power: it also emerges from social pressures,
institutional logics, funding policies, and the algorithms of
digital platforms. Self-censorship proves to be a transversal
phenomenon, manifesting in both authoritarian regimes and
liberal democracies, albeit through distinct mechanisms. In
both contexts, artists face dilemmas between social
responsibility, creative freedom, and professional survival.
The dissertation concludes that censorship, understood as a
diffuse network of limitations, paradoxically contributes to
aesthetic innovation, encouraging alternative forms of expression and practices of resistance. At the same time, it
raises ethical and political questions regarding the limits of
freedom of expression and the role of the arts in preserving
collective memory, creating spaces of belonging, and
constructing alternative communities.
Este trabalho analisa a relação entre censura, tolerância e criação artística no contexto da cultura visual contemporânea, comparando dinâmicas em regimes autoritários e em sociedades democráticas. Procura compreender de que forma as práticas de censura — explícitas ou subtis — moldam a produção artística não apenas como força repressiva, mas também como mecanismo produtivo que define normas de visibilidade, aceitabilidade e reconhecimento cultural. Através de uma abordagem multidisciplinar, a dissertação articula os enquadramentos teóricos de autores como Michel Foucault, Judith Butler e Pierre Bourdieu, relacionando-os com casos concretos da Bielorrússia, do espaço pós-soviético e de contextos europeus, nomeadamente Portugal. A análise integra entrevistas a artistas, questionários a profissionais de diferentes áreas e estudos de casos visuais, permitindo mapear padrões de autocensura e de resistência simbólica. Os resultados demonstram que a censura contemporânea não se restringe ao poder estatal: emerge igualmente de pressões sociais, lógicas institucionais, políticas de financiamento e algoritmos das plataformas digitais. O fenómeno da autocensura revela-se transversal, manifestando-se tanto em regimes autoritários como em democracias liberais, embora através de mecanismos distintos. Em ambos os contextos, os artistas enfrentam dilemas entre responsabilidade social, liberdade criativa e sobrevivência profissional. A dissertação conclui que a censura, entendida como uma rede difusa de limitações, contribui paradoxalmente para a inovação estética, incentivando formas alternativas de expressão e práticas de resistência. Contudo, levanta também questões éticas e políticas sobre os limites da liberdade de expressão e sobre o papel das artes na preservação da memória coletiva, na criação de espaços de pertença e na construção de comunidades alternativas.
Este trabalho analisa a relação entre censura, tolerância e criação artística no contexto da cultura visual contemporânea, comparando dinâmicas em regimes autoritários e em sociedades democráticas. Procura compreender de que forma as práticas de censura — explícitas ou subtis — moldam a produção artística não apenas como força repressiva, mas também como mecanismo produtivo que define normas de visibilidade, aceitabilidade e reconhecimento cultural. Através de uma abordagem multidisciplinar, a dissertação articula os enquadramentos teóricos de autores como Michel Foucault, Judith Butler e Pierre Bourdieu, relacionando-os com casos concretos da Bielorrússia, do espaço pós-soviético e de contextos europeus, nomeadamente Portugal. A análise integra entrevistas a artistas, questionários a profissionais de diferentes áreas e estudos de casos visuais, permitindo mapear padrões de autocensura e de resistência simbólica. Os resultados demonstram que a censura contemporânea não se restringe ao poder estatal: emerge igualmente de pressões sociais, lógicas institucionais, políticas de financiamento e algoritmos das plataformas digitais. O fenómeno da autocensura revela-se transversal, manifestando-se tanto em regimes autoritários como em democracias liberais, embora através de mecanismos distintos. Em ambos os contextos, os artistas enfrentam dilemas entre responsabilidade social, liberdade criativa e sobrevivência profissional. A dissertação conclui que a censura, entendida como uma rede difusa de limitações, contribui paradoxalmente para a inovação estética, incentivando formas alternativas de expressão e práticas de resistência. Contudo, levanta também questões éticas e políticas sobre os limites da liberdade de expressão e sobre o papel das artes na preservação da memória coletiva, na criação de espaços de pertença e na construção de comunidades alternativas.
Description
Keywords
Censorship Tolerance Visual culture Self-censorship Arts Symbolic resistance Digital platforms Freedom of expression
