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Abstract(s)
A experiência da insegurança é hoje sentida de forma diferente no Norte e no Sul, oscilando entre a sua expressão individual no Norte e a
insegurança sentida por vastas massas humanas no Sul.
Com o presente artigo o autor analisa a constituição de um discurso alternativo, pós-realista e pós-positivista, que propõe novo discurso normativo sobre as relações internacionais, adequado às transformações
profundas ocorridas no cenário pós Guerra Fria. Neste novo discurso, que o autor denomina como o discurso da segurança multidimensional, os referentes da segurança diferem quando comparados com os do tradicional discurso de segurança.Num segundo momento, o artigo irá incidir sobre os efeitos dos desenvolvimentos tecnológicos que permitem legitimar este discurso da segurança,
funcionando como instrumentos éticos orientados pela instantaneidade, visibilidade e comoção. Aqui o autor analisa em profundidade os efeitos da projecção de uma ética virtual, através de uma
análise da centralidade da mediação televisiva e da guerra virtual, pela via da revolução nos assuntos militares.
O artigo, recorrendo a uma leitura sobre o realismo político, evidencia a centralidade do estado e a importância da dimensão estratégica da
segurança naquela corrente das relações internacionais, para refutar os argumentos herdados do realismo: a sua natureza linear, a insistência retrospectiva do mesmo, o seu pendor conservador. Propõe uma leitura das relações internacionais partindo do pressuposto de que a realidade é socialmente construída e da ideia de que o conceito de segurança dispensa referentes privilegiados, abandonando a ideia do exclusivismo interestatal para se concentrar na simultaneidade dos indivíduos, grupos, povos e na comunidade humana global, enquanto actores que dão substância a um novo conceito de segurança.
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Keywords
Relações internacionais Segurança internacional Novas tecnologias Ética Teoria Pós-guerra fria Século 21