Estado nutricional, insegurança alimentar, dieta mediterrânica e sarcopenia integrados num programa de educação para prevenção de quedas

Campos, Aline Bella Sant Ana

http://hdl.handle.net/10400.26/50450

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Authors

Campos, Aline Bella Sant Ana

Advisor(s)

Martins, Anabela Correia

Lima, João Pedro Marques

Abstract(s)

A sarcopenia, perda gradual de massa muscular, é uma condição que está relacionada com o risco de quedas em idosos e torna evidente a necessidade de considerarmos uma estratégia preventiva. Relativamente ao estado nutricional, resultante da interação entre o que comemos e o nosso metabolismo, este desempenha um papel fundamental na saúde e na funcionalidade do nosso corpo. A sua influência na força óssea e muscular, fatores essenciais para o equilíbrio, torna-o um elemento-chave na redução do risco de queda, particularmente em indivíduos em situação de insegurança alimentar. Nesse sentido, a dieta mediterrânica, enquanto modelo alimentar saudável e económico, apresenta-se como um padrão alimentar a promover, tendo em vista a melhoria do estado nutricional, e a diminuição da sarcopenia. A implementação de programas de intervenção comunitárias surge como uma estratégia capaz da promoção da saúde e da autonomia das famílias e dos seus elementos, enquanto forma de intervenção integrada, que visa a capacitação dos indivíduos, apoiando-se nos recursos da comunidade onde estes se encontram inseridos, com o objetivo da sua autonomização. Objetivo: Avaliar a adesão à dieta mediterrânica, o risco de sarcopenia em adultos mais velhos, Centro Comunitário Cáritas, para, após essa avaliação, realizar a redução dos fatores de risco para a sarcopenia que, consequentemente, poderão contribuir para diminuir o risco de queda. Intervenções: Após a avaliação da situação de insegurança alimentar, sarcopenia e adesão à dieta mediterrânica dos adultos mais velhos, acompanhados pelo Centro Comunitário Cáritas, implementação de programa de educação para a saúde. Resultados: Neste estudo, foi observada uma má adesão à dieta mediterrânica por parte da maioria dos participantes (86,7%), com apenas uma minoria demonstrando adesão razoável (13,3%). Além disso, constatou-se que a insegurança alimentar é uma realidade significativa, já que 40% dos participantes enfrentaram insegurança de grau moderado e 15,6% vivenciaram insegurança alimentar de grau severo, enquanto apenas 28,9% desfrutaram de segurança alimentar. No que se refere à saúde dos idosos, 25,6% apresentavam risco de sarcopenia, e mais da metade (51,1%) já havia sofrido quedas. Essas descobertas destacam a importância de estratégias de promoção da saúde, prevenção de doenças, e intervenções direcionadas às necessidades específicas dos idosos, especialmente em um cenário de envelhecimento da população. Conclusão: O projeto contribuiu para o aumento do conhecimento sobre a relevância de uma alimentação equilibrada, em particular a Dieta Mediterrânea, para a promoção da saúde de pessoas idosas. Isso desempenha um papel indireto na promoção de um processo de envelhecimento saudável, em que a melhoria do estado nutricional é fator protetor do risco de quedas.