Advisor(s)
Abstract(s)
Os sistemas e serviços baseados no espaço exterior têm ganhado destaque ao revolucionarem diferentes áreas e representarem fator multiplicador do poder militar. Não à toa, algumas forças armadas não só incorporaram ativos espaciais em suas estratégias, como também criaram organizações e doutrinas militares voltadas exclusivamente para esse domínio. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo consiste em debater a importância do espaço para o poder militar em específico para o Brasil, e a consequente necessidade de proteção dos ativos espaciais. O recorte temporal se delimita de 1991 até 2022, compreendendo a chamada Segunda Era Espacial. O marco teórico parte dos conceitos de Paradigmas Estruturais, de Colin Gray, e Comando do Espaço, de Everett Dolman e John Klein, e na teoria dos Cinco Anéis, de John Warden. São trazidos exemplos que ilustram como grandes potências têm utilizado seu poder espacial para atingir objetivos
políticos, em que pese a atuação de Estados Unidos e China nessa seara. Ao final, sugerem-se, à luz das análises conceituais e da casuística, algumas iniciativas para a defesa espacial brasileira, visando à garantia do Comando do Espaço.
O artigo analisa as vantagens estratégicas que o ciberespaço oferece aos Estados para projeção de poder no cenário internacional. Com intuito de demonstrar como este novo domínio é capaz de ampliar a assimetria de poder entre adversários regionais, verifica seu emprego durante o conflito desencadeado entre a República Popular da China e a Índia (2020-21). Intentamos correlacionar a mudança institucional pela qual passaram as instituições responsáveis pela defesa da China à complexidade das operações e sofisticação tática do uso de armas cibernéticas por agentes a serviço deste Estado. Buscamos identificar se as condições que sustentam a projeção do poder nacional resultam do funcionamento do mecanismo de ação tática coordenada interagencias, fator que reflete o processo de emprego do ciberespaço em disputas regionais. Para tanto, utilizamos a abordagem qualitativa, aplicando o rastreamento de processos, para responder ao seguinte questionamento: Como a China utiliza o ciberespaço para conquistar seus objetivos estratégicos?
Desde a primeira conceituação de Guerra Híbrida em 2007, o termo tem sido usado por políticos e acadêmicos para se referir a um novo conceito de estratégia de guerra. Portanto, o uso e definição do termo é importante, considerando a crescente literatura no campo acadêmico após 2014, com a anexação da Crimeia pela Rússia. Este artigo tem como objetivo demonstrar as perspectivas político-estratégicas da República Tcheca sobre a questão da Guerra Híbrida, demonstrando a tendência de securitizar ameaças híbridas. Uma análise mais longa sobre a guerra de informação é feita devido à relevância da dimensão cibernética e à importância da desinformação como ameaça híbrida no ambiente de segurança da República Tcheca. Conclui-se que as respostas estratégicas centradas apenas no Estado podem ser insuficientes, sendo necessário um esforço conjunto com a sociedade para atingir o objetivo da “Sociedade Checa Resiliente 4.0”
O objetivo do artigo é compreender o sistema de defesa cibernética do Brasil a partir da análise da dinâmica civil-militar existente neste setor. Portanto, a pergunta que norteia o desenvolvimento deste estudo é: como caracterizar a dinâmica civil-militar no sistema de defesa cibernética brasileiro? Acreditamos que, com um processo de securitização do ciberespaço em curso no Brasil, a dinâmica civil-militar permanece muito semelhante a tradicional, isto é, com baixa participação e controle civil das Forças Armadas e dificuldades em estabelecer um diálogo efetivo entre civis e militares. Isso traz implicações em termos democráticos para o país e para efetividade da defesa nacional. Ainda assim, os documentos oficiais destacam a necessidade de estabelecer relações mais eficientes e a preocupação com a formação e capacitação de especialistas civis e militares na área
Quais os principais obstáculos para um consenso sobre normas internacionais que regulem as ciberofensas patrocinadas por Estados? Esse tipo de operação cresce rapidamente, enquanto questões relacionadas ao direito internacional passam despercebidas, são mal compreendidas ou manipuladas, ofuscando o debate sobre normas internacionais de conduta no ciberespaço. Este artigo analisa os principais óbices para essa regulação. Argumenta que as principais dificuldades dizem respeito ao estadismo e incremento do poder estatal, e não à novidade ou à velocidade da inovação, questões ideológicas ou tecnológicas, como comumente se afirma. A análise engloba a aplicabilidade das regras atuais de conflitos armados ao contexto cibernético, as perspectivas e posições relativas às convenções multilaterais, a opção por acordos bilaterais ou regionais e a normalização de algumas ciberatividades como meio de influenciar o direito consuetudinário. Mostra-se que algumas nações defendem a manutenção do status quo que as favorece, enquanto outras insistem na necessidade de regulamentações específicas.
O artigo analisa as vantagens estratégicas que o ciberespaço oferece aos Estados para projeção de poder no cenário internacional. Com intuito de demonstrar como este novo domínio é capaz de ampliar a assimetria de poder entre adversários regionais, verifica seu emprego durante o conflito desencadeado entre a República Popular da China e a Índia (2020-21). Intentamos correlacionar a mudança institucional pela qual passaram as instituições responsáveis pela defesa da China à complexidade das operações e sofisticação tática do uso de armas cibernéticas por agentes a serviço deste Estado. Buscamos identificar se as condições que sustentam a projeção do poder nacional resultam do funcionamento do mecanismo de ação tática coordenada interagencias, fator que reflete o processo de emprego do ciberespaço em disputas regionais. Para tanto, utilizamos a abordagem qualitativa, aplicando o rastreamento de processos, para responder ao seguinte questionamento: Como a China utiliza o ciberespaço para conquistar seus objetivos estratégicos?
Desde a primeira conceituação de Guerra Híbrida em 2007, o termo tem sido usado por políticos e acadêmicos para se referir a um novo conceito de estratégia de guerra. Portanto, o uso e definição do termo é importante, considerando a crescente literatura no campo acadêmico após 2014, com a anexação da Crimeia pela Rússia. Este artigo tem como objetivo demonstrar as perspectivas político-estratégicas da República Tcheca sobre a questão da Guerra Híbrida, demonstrando a tendência de securitizar ameaças híbridas. Uma análise mais longa sobre a guerra de informação é feita devido à relevância da dimensão cibernética e à importância da desinformação como ameaça híbrida no ambiente de segurança da República Tcheca. Conclui-se que as respostas estratégicas centradas apenas no Estado podem ser insuficientes, sendo necessário um esforço conjunto com a sociedade para atingir o objetivo da “Sociedade Checa Resiliente 4.0”
O objetivo do artigo é compreender o sistema de defesa cibernética do Brasil a partir da análise da dinâmica civil-militar existente neste setor. Portanto, a pergunta que norteia o desenvolvimento deste estudo é: como caracterizar a dinâmica civil-militar no sistema de defesa cibernética brasileiro? Acreditamos que, com um processo de securitização do ciberespaço em curso no Brasil, a dinâmica civil-militar permanece muito semelhante a tradicional, isto é, com baixa participação e controle civil das Forças Armadas e dificuldades em estabelecer um diálogo efetivo entre civis e militares. Isso traz implicações em termos democráticos para o país e para efetividade da defesa nacional. Ainda assim, os documentos oficiais destacam a necessidade de estabelecer relações mais eficientes e a preocupação com a formação e capacitação de especialistas civis e militares na área
Quais os principais obstáculos para um consenso sobre normas internacionais que regulem as ciberofensas patrocinadas por Estados? Esse tipo de operação cresce rapidamente, enquanto questões relacionadas ao direito internacional passam despercebidas, são mal compreendidas ou manipuladas, ofuscando o debate sobre normas internacionais de conduta no ciberespaço. Este artigo analisa os principais óbices para essa regulação. Argumenta que as principais dificuldades dizem respeito ao estadismo e incremento do poder estatal, e não à novidade ou à velocidade da inovação, questões ideológicas ou tecnológicas, como comumente se afirma. A análise engloba a aplicabilidade das regras atuais de conflitos armados ao contexto cibernético, as perspectivas e posições relativas às convenções multilaterais, a opção por acordos bilaterais ou regionais e a normalização de algumas ciberatividades como meio de influenciar o direito consuetudinário. Mostra-se que algumas nações defendem a manutenção do status quo que as favorece, enquanto outras insistem na necessidade de regulamentações específicas.
Description
Keywords
Tecnologia Cibernética Defesa Estratégia de defesa Defesa estratégica Cibersegurança Poder aeroespacial Estratégia aeroespacial Poder militar Poder nacional Espaço Ciberespaço Ciberdefesa Guerra Guerra híbrida Ameaças Ameaças híbridas Forças Armadas Relações civis-militares Estados Conflitos armados Guerra cibernética Pensamento militar Normas Regulamentação Exército Popular de Libertação China Índia Republica Checa Brasil