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Abstract(s)
em causa a qualidade de vida da pessoa, a sua independência no autocuidado e a forma como interagem com o meio ambiente. Há diversas estratégias pessoais ou assistenciais que ajudam a pessoa com doença crónica a ajustar-se e gerir eficazmente a situação de doença. Diversos estudos identificam a espiritualidade como variável mediadora a considerar no processo assistencial e na promoção de uma saúde mental positiva.
Silva (2013) sugere que a espiritualidade deve ser tida em conta na compreensão e no tratamento de doentes do foro mental, designadamente dos que remetem para distress psicológico. Garret (2010) concluiu que a espiritualidade interferia nos processos de ajustamento à doença em pessoas com maior envolvimento religioso e estudou o papel das variáveis "apoio social" e "estratégias de coping" nas experiências de doença física ou mental.
Este estudo parte da necessidade de saber, na população em estudo, se existe uma associação entre o bem-estar espiritual, a satisfação com a vida e o distress psicológico em utentes portadores de doenças mentais crónicas.
Os participantes foram utentes portadores de doenças mentais crónicas, sendo que a nossa amostra é constituida por 151 utentes em contexto hospitalar e comunitário. Para a recolha de dados utilizamos um protocolo que compreende diversos instrumentos: um questionário sociodemográfico, a escala SHALOM – Spiritual Well-being Questionaire (SWBQ), Satisfaction with life (Bussing) – Brief multidimensional Life Satisfaction Scale – (BMLSS), BSI – Inventário de sintomas psicopatológicos e o questionário de adesão ao regime terapêutico MORISKY. O presente estudo, de natureza quantitativa, está inserido num projeto mais amplo em curso na ESEP subordinado ao tema: “PSY-SC - Avaliação do distress psicológico e dimensões espirituais em utentes portadores de doenças crónicas".
Em geral, os participantes deste estudo manifestavam sintomas de distress em percentagem superior à calculada para a população portuguesa. Cerca de 64.9% da amostra refere uma baixa percepção de qualidade de vida. Verificamos, neste estudo, diversas correlações significativas (p<0.05) entre o Bem-estar Espiritual e o distress psicológico e ainda que a espiritualidade/religiosidade interfere de maneira positiva no ajustamento à doença e enfrentamento de obstáculos e dificuldades da vida, fortalece a resiliência do paciente e melhora a sua qualidade de vida.
A importância deste estudo reside na necessidade de delinear intervenções enquanto enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiatria que traduzem num aumento do bem-estar e da qualidade de vida dos utentes portadores de doenças mentais crónicas, que devem incluir uma avaliação das necessidades espirituais no contexto de uma avaliação sociocultural mais ampla. Estas intervenções, quando dirigidas a utentes com doença mental crónica, traduzem-se na redução do distress e no aumento do bem-estar e da qualidade de vida dos utentes.
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Keywords
Distress Espiritualidade Saúde Mental Religião