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Enquadramento: A adolescência assume um papel crítico na saúde mental. É uma fase do desenvolvimento marcada por transformações físicas, cognitivas, emocionais e sociais. Os adolescentes são considerados um grupo vulnerável à exclusão social, discriminação e estigma em relação à saúde mental, o que resulta em dificuldades na aprendizagem, comportamentos de risco, problemas de saúde física e violações dos direitos humanos. A redução do estigma em saúde mental, especialmente nesta fase, é um desafio prioritário e de saúde pública que requer a implementação de intervenções multidimensionais e sustentadas.
Objetivo: Mapear a literatura existente sobre intervenções de Enfermagem para a redução do estigma em saúde mental de adolescentes.
Metodologia: Foi conduzida uma Scoping Review seguindo as diretrizes do Joanna Briggs Institute e do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and MetaAnalyses extension for Scoping Reviews. Foram pesquisados artigos em português, inglês ou espanhol, sem restrição temporal, nas bases de dados MEDLINE® with Full Text, CINAHL complete, PsychInfo e Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive (acesso via EBSCOhost Web) e nos repositórios científicos, RCAAP e OpenGrey. A pesquisa foi realizada no decorrer do período de 2 de janeiro de 2024 a 31 de março de 2024. Foram apenas selecionados estudos que descreviam intervenções de Enfermagem para a redução do estigma em saúde mental dos adolescentes. Os dados foram extraídos a partir de um instrumento desenvolvido pelos investigadores, alinhado com o objetivo e questões de investigação. Foi realizada a síntese dos resultados em formato de tabela e narrativo.
Resultados: Foram incluídos 2 artigos na revisão. Foram encontrados programas psicoeducacionais para a promoção da literacia em saúde mental e redução do estigma em saúde mental da população adolescente em contexto escolar. As intervenções utilizaram metodologias de educação e contacto. As intervenções abordaram componentes da literacia em saúde mental, incluindo saúde e doença mental, comportamentos de risco e competências sociais. Foram observadas variações na duração das intervenções entre os estudos analisados, com um período de intervenção de 1 hora a 14 horas. Os estudos analisados utilizaram escalas de atitudes e comportamentos relacionados à saúde mental e questionários de avaliação de conhecimentos como métodos de avaliação das intervenções. Os estudos avaliaram resultados a curto prazo (duas semanas) e a longo prazo (três meses, seis meses e doze meses). A população nos estudos era composta por adolescentes com idades compreendidas entre os 11 e os 19 anos. A escola emerge como o contexto preferencial utilizado para este tipo de intervenções. As limitações desta revisão incluem a escassez de estudos focados nas intervenções de enfermagem para a redução do estigma em saúde mental dos adolescentes e a restrição linguística na revisão.
Conclusão: Têm sido utilizadas intervenções para combater o estigma em saúde mental nos adolescentes por meio de educação e contacto em contexto escolar. Os reduzidos resultados refletem a necessidade de maior investimento nesta área de Enfermagem.
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Adolescente Estigma Saúde Mental Programa Enfermagem
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Escola Superior de Saúde Norte Cruz Vermelha Portuguesa
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