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Abstract(s)
Introdução: Portugal, é um dos países da União Europeia com menor taxa de Atividade Física (AF), sendo que, apenas 40% da população é ativa. O longo do ciclo de vida, no período universitário, existe a coincidência do aumento de autonomia e de tomada de decisão dos jovens, e de mudanças nos hábitos de vida, normalmente associado a uma diminuição da prática de AF. Em termos percentuais, 30% dos estudantes universitários são considerados fisicamente inativos. São escassos os estudos sobre a atividade física (AF) em alunos do ensino superior, nomeadamente do curso de Fisioterapia, sendo ainda mais escassos estudos que relacionem este tema com as medidas de confinamento impostas, devido à pandemia COVID-19. Objetivo: Descrição e comparação dos níveis de AF dos alunos matriculados no 1º ano de Licenciatura em Fisioterapia, numa Escola Superior de Saúde, no ano letivo 2019/2020. Verificar se existem diferenças na prática de AF, em momentos distintos do ano letivo, sendo, um destes, o período de quarentena. Metodologia: Os dados foram recolhidos através do questionário “International Physical Activity Questionnaire” (IPAQ), na sua versão curta. Questionário em formato online foi partilhado em 3 momentos (período letivo sem avaliações, período de exames, aulas online/isolamento social), tratando-se de um estudo longitudinal com cortes transversais. Resultados: Os estudantes de Fisioterapia, parecem ser ativos no que respeita ao parâmetro da frequência de AF. Com as aulas online, houve um aumento do nível atividade física medido pelo IPAQ em 20% dos alunos comparativamente com o período letivo sem avaliações, sendo que 14,3% passaram para um nível alto de AF. A elevada percentagem de alunos (42,9%) que mantiveram um nível de AF alta deve ser salientada dado o efeito teto. Houve uma diferença significativa do 1º para o 2º momento, no nível do IPAQ, havendo uma diminuição significativa da AF (p = 0,03) com o período dos exames. Discussão: Em situação de confinamento, presume-se terem sido retirados aspetos, que numa situação normal comprometeriam a prática de AF, levando a melhores resultados em algumas das variáveis em estudo. Assim, o período de confinamento aparenta não ter tido um impacto negativo na AF. Conclusão: O objetivo deste estudo foi atingido, estabelecendo um ponto de partida para a avaliação dos níveis de AF, em estudantes universitários, no período de COVID-19. Sugerimos a realização de estudos com amostras maiores e utilização de instrumentos de avaliação mais objetivos. Sendo a amostra composta por futuros profissionais de saúde, é importante que estes sejam os primeiros a adotar um estilo de vida ativo, promovendo-o desse modo.