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Obstrução das vias aéreas superiores na criança: estudo do fluxo nasal expiratório, funcionamento oromotor e impacto na qualidade de vida

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Objetivos: Em crianças com obstrução das vias aéreas superiores (VAS): (i) caraterizar o fluxo nasal expiratório, funcionamento oromotor e identificar o grau de impacto da obstrução das VAS na qualidade de vida; (ii) verificar se existem diferenças de acordo com a idade e o sexo e (iii) determinar a relação entre o fluxo nasal expiratório e as variáveis em estudo de acordo com a idade e sexo. Métodos: Estudo transversal com crianças com obstrução das VAS, diagnosticadas por médico otorrinolaringologista. O protocolo de avaliação pelo terapeuta da fala incluiu a medição do fluxo nasal expiratório, com utilização do espelho milimetrado de Altmann e software Image J, análise do funcionamento oromotor com o Protocolo de Avaliação Orofacial-versão 2 (PAOF-2) e o impacto da obstrução das VAS com a versão portuguesa do questionário de perceção de sintomas nasais (designado de NOSE). Foi realizada análise estatística descritiva, inferencial e correlacional, com os testes não paramétricos Kruskal-Wallis (X2KW(2)), Mann-Whitney (U) e Spearman (rhô). Foi considerado o nível de significância p<0,05. Resultados: Foram analisadas 62 crianças (59,7% do sexo masculino) com obstrução das VAS, com idades compreendidas entre os 4;00 e 9;11 anos (média de idade de 6;0 anos). Os dados biométricos mais referidos foram boca aberta a dormir e durante o dia (>83,3%-100%), ressonar (71,4%-86,7%), baba na almofada (50%-90,9%), alterações de fala (33,3%-64,3%), perda de saliva enquanto fala (21,4%-72,7%) e hábitos orais (0%-44,4%). A média da área total do fluxo nasal expiratório no total da amostra foi de 8,10 cm2. No funcionamento oromotor os resultados atingidos apontam para um declínio a partir dos sete anos contrário aos dados de referência normativa para a população portuguesa. Foi apenas identificado efeito significativo da idade no funcionamento oromotor. Os resultados do NOSE indicam os valores médios elevados, acima dos 70. O fluxo nasal expiratório correlacionou-se: (i) significativamente e positivamente com o funcionamento motor e as alterações da fala no sexo masculino e aos quatro anos; (ii) significativamente e negativamente com os dados biométricos (hábitos orais, ressonar, baba) e o impacto (escala NOSE) entre os seis e os oito anos de idade. Conclusão: O presente estudo aponta para efeitos negativos e relações significativas em áreas relevantes de atuação do terapeuta da fala, em crianças com obstrução das VAS. No entanto, são necessários estudos futuros que permitam a replicação e expansão dos resultados para uma caraterização total de crianças com obstrução das VAS.

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Obstrução das vias respiratórias Crianças Fluxo expiratório Respiração Função oromotora Qualidade de vida

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