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Abstract(s)
A Globalização Ć© inevitĆ”vel e irreversĆvel. A constante marcha em frente da tecnologia a isso
conduz. Os governos jÔ não podem controlar o fluxo de informação, o capital jÔ não pode ser mantido
no interior das fronteiras.
No entanto, isto nĆ£o implica que o Estado-Nação e os seus valores intrĆnsecos estejam prestes a
desaparecer. Como defende o General ValenƧa Pinto, āo Estado-Nação nĆ£o estĆ” em crise, pois de outra
forma não se justificam todos os movimentos nacionalistas que têm emergido. Assim o que estÔ em
crise ou modificação, é o Estado-Soberano na medida em que aceita partilhar poder e soberania na
ordem externa.ā
Os Estados continuarão a responder à globalização de diferentes formas e o modo como
respondem determinarƔ o seu sucesso ou falhanƧo.
Relativamente à forma como os pequenos Estados deverão fazer valer os seus interesses num
sistema internacional marcado pela globalização, apresentam-se as teses de vÔrios analistas, sendo de
salientar o conceito do Prof. Adriano Moreira de āsoberania de serviƧoā.
Efectivamente, com o fim da II Guerra Mundial iniciou-se a internacionalização das polĆticas dos
Estados, com a criação de instituições globais como, por exemplo, a ONU. Por outro lado, o
crescimento de instituiƧƵes regionais encoraja a ādesnacionalizaçãoā2 das polĆticas nacionais, sendo a
União Europeia considerada, pela maioria dos analistas, como o expoente mÔximo da
transnacionalização das polĆticas.
Sendo o teor do presente trabalho āA Globalização e o Futuro da Europa na Perspectiva do
Interesse dos Pequenos Estadosā, torna-se necessĆ”rio procurar perspectivar o futuro da UniĆ£o
Europeia, entendida como o quadro de referĆŖncia do futuro desta regiĆ£o. Dado que āo futuro só a Deus pertenceā e o poder dos Pequenos Estados Europeus para exercerem
influĆŖncia no desenvolvimento do sistema Europeu Ć© limitado, resolvemos adoptar o modelo da
cenarização, o qual permite identificar desenvolvimentos mais ou menos favorÔveis ao interesse destes
Estados.
Ao analisarmos as opƧƵes de estratĆ©gia polĆtica disponĆveis para a polĆtica externa dos Pequenos
Estados Europeus e, designadamente, de Portugal, não pretendemos fornecer respostas definitivas
mas, pelo contrÔrio, pretendemos definir um quadro de referência para o debate da posição dos
Pequenos Estados Europeus - e de Portugal - na Europa e no mundo.
Acima de tudo, atravĆ©s da cenarização pretendemos guiar a discussĆ£o sobre a polĆtica externa de
Portugal e focarmo-nos mais precisamente no conjunto de alternativas com que Portugal se defronta.
Finalmente, no Ćŗltimo capĆtulo do trabalho procurĆ”mos, com base nas opiniƵes de personalidades
nacionais em diversos domĆnios como o militar, o polĆtico e o económico, analisar as diversas opƧƵes que
se colocam ao nosso paĆs na defesa do interesse nacional, no Ć¢mbito do processo de integração
Europeu, o qual, por sua vez, se insere num sistema internacional globalizado.
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Keywords
Globalização Europa Pequenos Estados