Exercício Físico para Pessoas Idosas Institucionalizadas – uma Scoping Review

Costa, Ana

http://hdl.handle.net/10400.26/57321

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Authors

Costa, Ana

Abstract(s)

Enquadramento: O envelhecimento é um processo fisiológico associado a perda de capacidade funcional e ao aumento do grau de dependência dos indivíduos. O exercício físico contribui para atrasar o processo de senescência e diminui o grau de dependência entre a população idosa, configurando-se como uma componente importante do envelhecimento saudável e ativo. Uma das respostas sociais para idosos com maior representatividade em Portugal são as Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), onde se verificam os níveis mais elevados de dependência dos utentes. A aplicação de programas de exercício físico é uma intervenção passível de ser aplicada pelos EEER nestas estruturas. O EEER tem competências para aplicar programas de exercício físico a pessoas idosas, indo de encontro aos objetivos do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável 2023-2026. Objetivo: Mapear a evidência científica existente sobre programas de exercício para pessoas idosas institucionalizadas. Metodologia: Scoping Review segundo a metodologia do Joanna Briggs Institute. Foi realizada uma pesquisa informal para levantamento dos termos mais recorrentes e identificação de palavras chave; através da mnemónica PCC definiram-se os conceitos para a pesquisa booleana. A frase booleana foi aplicada nas bases de dados CINAHL complete, MedLine complete, PEDro e RCAAP para pesquisar literatura publicada em inglês e português nos últimos cinco anos. Os dados foram extraídos com recurso a uma tabela criada de acordo com o objetivo da Scoping Review. Resultados: Foram analisados 14 artigos que descrevem a aplicação de programas de exercício físico para idosos institucionalizados. Os programas incluem treino de força, treino aeróbio, treino de equilíbrio e mobilidade funcional. A frequência dos programas de exercício é bastante variável, podendo ser de 2 a 5 vezes por semana. A maioria dos programas de treino tinha intensidade de acordo com a tolerância da pessoa. Conclusão: Os programas de exercício físico para idosos institucionalizados não são homogéneos na sua estrutura, devendo incluir treino aeróbio, de força muscular, de equilíbrio e mobilidade funcional. É fundamental maior investigação nesta área, especialmente no impacto que os programas de treino de alta intensidade podem ter nestas pessoas. A descrição dos programas de exercício físico para idosos institucionalizados carece de maior sistematização.