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Forças Armadas

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No futuro o ambiente geoestratégico manter-se-á envolto num enorme manto de incerteza, fruto da velocidade e da transformação que hoje assistimos, quer pelo surgimento de novas ameaças e interesses de atores duvidosos, quer pelas consequências que outras variáveis, nomeadamente as de natureza económica, nos irão provocar. Sendo praticamente impossível prever, com exatidão, quais são esses desafios podemos, no entanto, projetar cenários credíveis que respondam com elevada probabilidade à visão que hoje temos do futuro. Durante o período da Guerra Fria, e salvo situações muito pontuais, o centro de gravidade das Marinhas esteve centrado no alto mar, o que levou à caracterização das blue waters navy. As exceções a esta regra, como o Vietname ou o Ultramar, reportavam-se a pequenos conflitos internos, marcados pela atuação de insurgentes e cujo emprego das forças navais obrigava ao desenvolvimento das brown waters navy. Estes dois casos, constituem excelentes exemplos do esforço e da dificuldade que a criação e manutenção da capacidade ribeirinha representou naquele dado momento da história. Atualmente, a nova tipologia de ameaça assimétrica, remete as Marinhas novamente para o litoral, mas agora com menos incidência nas águas interiores e mais solicitações no emprego junto a costa, emergindo o conceito das green waters navy. O nosso propósito para este estudo é projetar cenários para os próximos 25 anos que permitam antecipar se há necessidade de criar um novo modelo ribeirinho ou apenas consolidar a capacidade nacional hoje existente. Para isso iremos começar por caracterizar o ambiente e definir doutrinariamente as operações que lá se realizam. Prosseguiremos com uma descrição detalhada das operações conduzidas nas guerras do Ultramar e do Vietname analisando as principais lições que nesses teatros foram identificadas. Antes de atingir o objetivo proposto, vamos ainda concentrar-nos no pensamento estratégico nacional e procurar identificar a esfera do poder militar que melhor enquadra o emprego desta capacidade. De acordo com os resultados obtidos, verificamos que nos próximos 25 anos a capacidade ribeirinha nacional continuará a ser materializada pela projeção de força em terra, tendo como base o emprego do binómio Navio vs. Fuzileiro. Surgem nesta projeção duas situações distintas: a primeira, sugere a manutenção do atual dispositivo de forças para operar neste tipo de ambientes e prevê, para consolidar a capacidade ribeirinha, a aquisição de um navio polivalente logístico, que permita a projeção de forças anfíbias com um conceito de emprego multidisciplinar; a segunda situação, é mais fraturante sob o ponto de vista organizacional, pois implica uma reestruturação do Corpo de Fuzileiros. Estabelece, basicamente, prioridades para o desenvolvimento da capacidade de proteção de força com o emprego de meios navais específicos, e uma diminuição na capacidade de projeção, sem no entanto a perder. Consideramos, por fim, que ambos os cenários garantem a necessidade da capacidade ribeirinha e que as Forças Armadas portuguesas continuarão a contribuir para a estabilidade global e a cumprir a sua missão, dentro de um quadro restritivo e limitado mas pautado pela celeridade, prontidão e eficiência, como tem sido o seu apanágio. Abstract: The geostrategic environment will remain uncertain in the future due to the fierce and unpredictable transformation that we can see around, either emerging by the new threats and by other doubtful actors. Being almost impossible to predict accurately what the challenges are, our goal is to build some credible scenarios and try to get the vision inside. During the Cold War period, unless some specific situations, the navy´s centrer of gravity were the high seas, which led to the characterization of the blue waters approach. On the other hand the Vietnam and some Portuguese African countries reporting to small internal conflicts, stressed by insurgent’s actions, were concerned on the brown waters environment. Nowadays, a new kind of asymmetric threats is responsible to steer the navies for the middle edge, looking again for the littoral and emerging the concept of green waters. The aim of this paper is to design a couple of scenarios for the next twenty five years that keeps the Portuguese riverine level of ambition moving on. Starting with some doctrine and definitions we will also collect important lessons learned from the Vietnam War as well as from Angola, Guinea and Mozambique, some former Portuguese’s territories. The next step is to analyse the national strategy thinkpiece and try to find out the sphere of the military power that best fits the use of riverine capability. According to the results, we predict that in the next twenty five years Portuguese riverine forces will configure in one of following ways: the first suggests the reinforcement of power projection ashore that can be achieved by a powerful multipurpose logistics ship arrival; the second implies a shift to the green waters, providing force protection in harbors, bays and inland waterways. We believe that both scenarios are feasible, suitable and will ensure the riverine capability among the national and partner’s commitments.

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Operações Ribeirinhas Força Marinha Capacidade

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