Intensidade das aulas de educação física:

Pacheco, Frederico

http://hdl.handle.net/10400.26/45688

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Authors

Pacheco, Frederico

Advisor(s)

Rodrigues, Paula

Abstract(s)

O presente trabalho constituiu o relatório final do Estágio Pedagógico, efetivado como parte integrante e conclusiva do Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensino Básico e Secundário, ministrado pelo Instituto de Estudos Interculturais e Transdisciplinares de Almada. Este relatório final encontra-se dividido em quatro áreas: Área I - Profissional, Social e Ética; Área II - Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem – Planeamento, Ensino e Avaliação; Área III - Participação na Escola e Relação com a Comunidade; Área IV - Desenvolvimento Profissional. Nesta última área, tivemos como objetivo analisar se a intensidade das aulas de Educação Física, utilizando acelerometria, comprovam as diretrizes definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e se existem diferenças de intensidade entre uma turma do segundo ciclo (5º ano com 24 alunos, 9 do género feminino e 15 do masculino) e outra do ensino secundário(10º ano 27 alunos, 12 do género feminino e 15 do masculino). A intensidade da atividade física foi realizada através de acelerómetros (ActiGraph wGT3X + BT). As aulas analisadas tiveram a duração de 50 minutos. Os resultados demonstraram a existência de diferenças estatisticamente significativas na intensidade das aulas entre os alunos do 2º ciclo e o Secundário, apenas no género masculino, nas intensidades sedentária a vigorosa. Vários autores atestam uma diferença de intensidade entre ciclos no género masculino na modalidade futebol (Silva et al., 2016; Hernández- Hernández et al., 2019; Lopes et al., 2019). Assim, confirma-se parcialmente os resultados de estudos que encontraram diferenças de intensidade entre ciclos. Relativamente à intensidade das aulas de Educação Física, esta foi superior a cinquenta por cento em Atividade Física de Moderada a Vigorosa (AFMV), registando valores a partir de 79% em AFMV, corroborando as diretrizes da OMS, que recomenda que as aulas de Educação Física promovam pelo menos 50% de AFMV para contribuir para a promoção da saúde e prevenção de doenças crónicas (WHO, 2020). O professor desempenha um papel fundamental no planeamento das atividades, e organização das atividades educativas. A sua contribuição é fundamental para garantir que as atividades sejam pertinentes, significativas e adequadas à promoção da saúde e bem-estar dos alunos. Em estudos posteriores seria interessante tentar perceber se existem diferenças significativas nas intensidades entre ciclos analisando outras modalidades coletivas, ou individuais.