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Design social : inclusão, civilidade e educação

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A vida em sociedade e o reconhecimento dos múltplos entendimentos sobre design e sobre a sua partcipação neste complexo mundo em transformação obrigam a reconhecê-lo no universo patrimonial do quotdiano coletvo, seja no campo das materialidades objetvas ou nas justfcações conceptuais que encontram fundamento no layout refexivo de cada um. Convicção que remete para a consciencialização do design e da sua partcipação na construção do universo dos nossos objetos, contextos e comportamentos – o que o legitma enquanto currículo oculto e valor cultural das nossas vidas e o destaca face à perceção (in)formada do mundo em que vivemos. O universo infndável de aplicações do design e o desejo reiterado de coisas novas por parte da sociedade tem consttuído argumento e razão para o desenvolvimento de soluções múltplas aplicadas a uma mesma necessidade – fenómeno que tem propiciado a democratzação do design e nesse sentdo, a sua afrmação enquanto fenómeno eminentemente pedagógico e social. Na senda do seu desenvolvimento acelerado e da proliferação da oferta em design, vem-se colocando a problemátca da sua aceitação intergeracional, já que os novos códigos aplicados aos objetos e contextos divergem das lógicas de usabilidade das gerações anteriores. Importa por isso acentuar a preocupação didátca dos designers em estabelecer princípios conducentes a regular e democratzar a interpretação e utlização inclusivas de novos recursos e, nesse sentdo, afrmar-se como veículo de alfabetzação interdisciplinar, de natureza teórica e de aplicação concreta, neste nosso mundo em que a virtualidade se converteu em realidade (in)tangível.As problemátcas aduzidas legitmam a refexão sobre o papel ancestral do design no desenvolvimento comportamental das sociedades, no seu sentdo restrito ou mais abrangente, com infuência clara nos processos de formação e de socialização – sendo disso exemplo a apropriação que cada indivíduo faz do design e o aplica a si próprio como sinal ou condição distntva, ou ainda, enquanto recurso para a produção de espaço público centrado em objetos e contextos indutores de convivialidade e aproximação social. Em síntese, importa que o design partcipe na construção de um pensamento social que, mediado pelo designer, redunde na produção e transformação de comportamentos qualifcadores de uma relação social inscrita num complexo núcleo de materialidades e imaterialidades nas quais convergem a ciência, a arte e a tecnologia – tríade à qual não deve ser diversa a função pedagógica e didátca da escola, no quadro interdisciplinar da educação artstca e tecnológica.

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Design Sociedade Civilidade Educação Formação

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[Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual]

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