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Abstract(s)
A transversalidade da área da gestão leva-nos à procura da sua aplicação nos mais
variados ramos da sociedade. A área do desporto não é exceção e o seu crescimento e
complexidade exige uma maior formação, conhecimento e capacidade de gestão. A
comparação dos modelos organizativos encontrados, com um enquadramento desportivo,
económico e financeiro, levar-nos-á a melhor entender as diversas exigências neste mundo
da gestão, que se agiganta em impacto e influência, nacional e internacionalmente. A
mentalidade que existia no desporto, principalmente no futebol, que assentava no
amadorismo de dirigentes dedicados, esforçados e repletos de paixão pelo clube, foi
substituída pela estratégia, planeamento, processos, métodos e novos modelos
organizacionais. Aliás, já no final do século passado, Melo Neto (1998) referia que o clube
necessita de dois ingredientes no seu processo de transformação: mais realização do que
paixão, assim como mais construção do futuro do que as emoções do presente.
O objetivo principal desta investigação consiste em entender as diferentes
realidades no panorama desportivo nacional, encontrando pontos comuns
independentemente dos patamares competitivos e relevando, a partir de uma demonstração
histórica, a evolução dos clubes de uma perspetiva organizacional, ao ponto de serem
considerados verdadeiras empresas. Da dimensão organizacional ao modelo organizativo,
passando pelas necessidades, investimentos, marcas ou estratégias futuras, será também
dado especial destaque às sociedades desportivas, tema incontornável e indispensável para
a modalidade em Portugal, assim como a crescente preocupação internacional
(apresentando o paradigma inglês, acompanhado de um projeto de revisão da gestão do
futebol) com as alterações que se têm feito sentir ao longo dos últimos anos e que colocam
em risco a sustentabilidade e existência dos clubes.
Para a recolha de dados, foram efetuadas entrevistas junto de elementos que
assumem funções em clubes representativos de uma realidade média das três principais
divisões nacionais: Grupo Desportivo Estoril-Praia, Clube de Futebol “Os Belenenses” e
Amora Futebol Clube. Os resultados obtidos demonstram a nova realidade da modalidade,na qual, da perspetiva organizacional, as sociedades desportivas representam, em Portugal,
a indústria do futebol. Ao mesmo tempo, constata-se uma inegável relação do
desenvolvimento e sustentabilidade dos clubes com a sua localização, onde as
infraestruturas e apoios apresentam um papel de terminante. A par disso, é de salientar a
importância dos direitos televisivos como principal receita dos clubes, alicerçando a
temática de um modelo centralizado. Num meio cada vez mais competitivo e que
movimenta montantes monetários como poucos, a sua atratividade e complexidade
obrigam a uma estrutura preparada para uma gestão alinhada a um modelo sustentável e
que salvaguarde a sua própria existência. Capelo (2014), afirmou que quando se começou a
olhar para o desporto como uma indústria, capaz de originar fluxos monetários de
extraordinárias dimensões, houve, ao mesmo tempo, a necessidade dar à gestão das
organizações desportivas uma estrutura e modo de funcionamento adequados à sua gestão.
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Keywords
Gestão Futebol Sociedades Desportivas Receitas Sustentabilidade