Comunicação e relação dos enfermeiros com a família da pessoa admitida em cuidados intensivos

Simões, Maria Francisca

http://hdl.handle.net/10400.26/51371

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Simões, Maria Francisca

Abstract(s)

Enquadramento: A família é tida como uma instituição fundamental da sociedade, tendo grande impacto nos seus membros. No contexto de cuidados intensivos, a família passa por situações de pressão perante a condição do seu familiar, que em resultado alteram a dinâmica da mesma. A importância do reconhecimento e da inclusão da família nos cuidados à pessoa em situação crítica tem sido documentada ao longo da literatura. Os benefícios de cuidar da família permitem uma diminuição das suas preocupações no que concerne o seu ente. Para que seja possível existir contributo da família na recuperação do doente, a mesma precisa de ser orientada e e integrada nas rotinas da UCI e no processo que o seu familiar está a passar, tendo necessidade de se sentir acolhida e respeitada. Objetivo: Identificar a perceção dos enfermeiros sobre os fatores que influenciam a comunicação e relação dos mesmos com a família da pessoa admitida em Unidades de Cuidados Intensivos Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa de carácter descritivo. A recolha de dados foi realizada através de Focus Group composto por 9 Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica ou Enfermagem Médico-Cirúrgica na área de Especialização da Pessoa em Situação Crítica, com mais de 5 anos de experiência em UCI. A análise de conteúdo foi realizada de acordo com Bardin (2016), sem categorização à priori. Resultados: Após a análise dos resultados obtidos no focus group foram identificadas seis categorias baseadas na perspetiva dos EEEMC sobre a comunicação e relação dos enfermeiros com a família da PSC internada em UCI: Acolhimento da família da PSC, Disponibilidade, Escuta Ativa, Idade da PSC, Debriefing e a Formação. Conclusão: A importância desta temática e das suas implicações no dia-a-dia da prática clínica nas unidades de UCI é pertinente na medida em que a identificação dos fatores mais relevantes para o estabelecimento de uma relação e comunicação com a família permite a consciencialização dos profissionais para os focos de atenção e intervenções necessárias para promover um cuidado centrado na família e auxiliar a mesma no processo de transição.