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Relação entre o Trauma na Infância e a Dissociação: Papel Mediador do Toque Físico

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Abstract(s)

O trauma infantil constitui um fator de risco crítico para o desenvolvimento psicológico e relacional, frequentemente associado à emergência de fenómenos dissociativos. A dissociação é compreendida como uma resposta adaptativa a experiências traumáticas precoces, sendo particularmente prevalente em contextos de abuso emocional, negligência e vínculos inseguros. Paralelamente, estudos recentes têm destacado o papel regulador do toque físico seguro na organização emocional e somática do self. Este estudo teve como objetivo principal investigar a relação entre o trauma infantil e a dissociação na idade adulta, explorando o papel mediador das experiências e atitudes face ao toque físico. Participaram 480 adultos, que responderam a instrumentos de autorrelato para avaliar o trauma infantil, as experiências dissociativas e as atitudes/experiências em relação ao toque físico. A análise de mediação simples, realizada com recurso ao PROCESS (modelo 4, Hayes, 2022), revelou um efeito direto e significativo entre o trauma infantil e a dissociação. No entanto, o efeito indireto do toque físico não foi estatisticamente significativo. Apesar disso, as correlações indicaram associações relevantes: níveis mais elevados de trauma infantil estavam associados a experiências e atitudes menos positivas face ao toque físico. Por sua vez, atitudes e experiências menos positivas face ao toque correlacionaram-se com níveis mais elevados de dissociação. Estes resultados sublinham a importância de considerar o trauma infantil como um fator de risco significativo para o desenvolvimento de sintomas dissociativos, reforçando a necessidade de uma abordagem terapêutica integrativa, que contemple o corpo e as experiências sensoriais como dimensões essenciais no tratamento do trauma.
Childhood trauma is a critical risk factor for psychological and relational development and is frequently linked to the emergence of dissociative phenomena. Dissociation is understood as an adaptive response to early traumatic experiences and is particularly prevalent in contexts of emotional abuse, neglect, and insecure attachment. In parallel, recent studies have highlighted the regulatory role of safe physical touch in the emotional and somatic organization of the self. This study’s main objective was to investigate the relationship between childhood trauma and dissociation in adulthood, exploring the mediating role of experiences and attitudes toward physical touch. A total of 480 adults completed self-report measures assessing childhood trauma, dissociative experiences, and attitudes/experiences regarding physical touch. A simple mediation analysis conducted with PROCESS (Model 4; Hayes, 2022) revealed a direct and significant effect of childhood trauma on dissociation. However, the indirect effect of physical touch was not statistically significant. Nevertheless, the correlations showed relevant associations: higher levels of childhood trauma were linked to less positive experiences and attitudes toward physical touch, and less positive attitudes and experiences to touch correlated with higher levels of dissociation. These results underscore the importance of considering childhood trauma as a significant risk factor for the development of dissociative symptoms, reinforcing the need for an integrative therapeutic approach that includes the body and sensory experiences as essential dimensions in trauma treatment.

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Trauma infantil Dissociação Toque físico Psicologia clínica Trauma relacional

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