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Conselheiro Aires de Ornelas e Vasconcelos

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“É bom possuir uma organização pautada nas regras mais perfeitas da ciência militar; é excelente dispor de um material de guerra que apresente a última vitória da indústria; é maravilhoso ver derramada a instrução nas fileiras por forma que ninguém desconheça os preceitos contidos nos diversos regulamentos; mas tudo isto pouco significará se houver sido desatendida a parte moral, e se as grandes virtudes do soldado não forem cultivadas e exaltadas a todo o momento e a propósito de todos os factos correntes, por forma a tornar o Exército a escola da Honra, da Lealdade e da Dignidade, ao mesmo tempo que a escola da Obediência.” - General José Estevão de Morais Sarmento Se bem que fundamental, não basta a todo o militar, conhecer e saber pôr em prática os conhecimentos técnicos e tácticos da sua Arma ou especialidade. Das palavras do General Morais Sarmento fica bem patente a importância da componente moral que deve ter a formação e o ser militar. Como alicerce, os militares necessitam adquirir, além dos conhecimentos profissionais, as qualidades morais, das quais fazem parte as virtudes militares. É sobre este tipo de alicerces que a estrutura do Exército e da Guarda Nacional Republicana deverá ser construída e mantida, e da qual depende a sua verdadeira solidez e continuidade. Na avaliação do potencial humano e militar de uma Nação, há que fazer contas aos seus factores intelectuais e morais, sob pena de o avaliarmos erradamente. Napoleão, com a sua longa experiência de condutor de homens, disse: “a força moral entra por três quartos, enquanto que as forças reais entram apenas pelo quarto restante”. Igualmente, “podem as Universidades contribuir com a maior eficiência para o desenvolvimento dos factores intelectuais, mas se cultivarem apenas a razão, não realizam inteiramente a sua missão educativa”. “É esta multiplicidade de valências formativas que mantém actual, singular, sólida e credível a missão secular da Academia Militar: moldar o temperamento e forjar o carácter do futuro chefe militar, desenvolvê-lo culturalmente e adestrá-lo fisicamente para o combate”. “Assim, pela inoculação dessas virtudes e, dum modo geral, das qualidades morais, se temperará o carácter do cidadão (...), da mesma forma que, pelos exercícios físicos, se lhe fortificam os músculos e se lhe desembaraçam os movimentos”. Foram estes os intentos, que em 1953, moveram o então Comandante da Escola do Exército, General Correia Leal, a adoptar para cada curso de entrada um Patrono, figura simbólica e expressiva da nossa história, que servisse de guia e de rumo aos alunos desse curso. O Patrono do curso de entrada na Academia Militar no ano lectivo 2005/2006 – CONSELHEIRO AIRES DE ORNELAS E VASCONCELOS, foi exemplo dessas qualidades, sendo hoje evocado, pelo singular conjunto de virtudes cívicas e militares que possuía, e que, num dos mais difíceis períodos da nossa história, foram colocadas à prova, na paz e na guerra, distinguindo-se entre os melhores, servindo o seu país. Que o carácter e virtudes do Vosso Patrono vos sirvam de guia ao longo das vossas vidas.

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História militar Formação militar Patronos

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Academia Militar

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