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- Autonomia e flexibilidade funcional: o caso das Ilhas de Produção na indústria de moldesPublication . Moura, Rui; Ribeiro, Joaquim SilvaA CASO (designação fictícia) iniciou a sua actividade na década de 1970 como fabricante de moldes para a injecção de peças em plástico, sendo a sua produção destinada maioritariamente ao mercado externo. A CASO dispõe de modernas tecnologias, que lhe permite a execução de moldes destinados a sectores industriais muito diversificados. A grande quantidade e diversidade das obras que a CASO possuía em carteira, obrigava a um enorme esforço de acompanhamento para cada encomenda no que se refere aos seus aspectos técnicos a estabelecer com os respectivos clientes e ao cumprimento dos prazos de entrega. Se o sistema organizativo da CASO se mostrou adequado até há alguns anos atrás em que a sua dimensão e volume de negócios era menor, constatava-se, entretanto, a existência de algumas dificuldades de gestão, de organização e de comunicação com os clientes de modo a corresponder a tais necessidades. Por outro lado, cada vez mais as exigências da procura se dirigiam no sentido de um maior encurtamento de prazos de entrega sem prejuízo de elevados índices de qualidade e preços concorrenciais, o que promove uma maior competitividade no sector e a necessidade imperiosa, como factor de sobrevivência, de a oferta se adaptar permanentemente às características do mercado. Era fundamental, por conseguinte, o apetrechamento da CASO com meios e sistemas que lhe permitissem obter: Uma melhoria significativa no tempo de resposta às encomendas. Uma maior flexibilidade técnica e organizacional de modo a corresponder à diversidade (características, prazos de entrega diferentes, etc.) das encomendas que lhe eram colocadas. Uma maior optimização dos meios técnicos e tecnológicos disponíveis, tendo em vista a obtenção de significativos aumentos de produtividade. Melhoria significativa das formas de comunicação com os clientes. Nesta perspectiva, procedeu-se a um diagnóstico aprofundado, tendo em vista atingir os objectivos enunciados. Neste texto, realça-se, designadamente, as dimensões respeitantes às variáveis técnica e social.
- Conselheiro Aires de Ornelas e VasconcelosPublication . Lopes, Vitor Manuel Ferreira“É bom possuir uma organização pautada nas regras mais perfeitas da ciência militar; é excelente dispor de um material de guerra que apresente a última vitória da indústria; é maravilhoso ver derramada a instrução nas fileiras por forma que ninguém desconheça os preceitos contidos nos diversos regulamentos; mas tudo isto pouco significará se houver sido desatendida a parte moral, e se as grandes virtudes do soldado não forem cultivadas e exaltadas a todo o momento e a propósito de todos os factos correntes, por forma a tornar o Exército a escola da Honra, da Lealdade e da Dignidade, ao mesmo tempo que a escola da Obediência.” - General José Estevão de Morais Sarmento Se bem que fundamental, não basta a todo o militar, conhecer e saber pôr em prática os conhecimentos técnicos e tácticos da sua Arma ou especialidade. Das palavras do General Morais Sarmento fica bem patente a importância da componente moral que deve ter a formação e o ser militar. Como alicerce, os militares necessitam adquirir, além dos conhecimentos profissionais, as qualidades morais, das quais fazem parte as virtudes militares. É sobre este tipo de alicerces que a estrutura do Exército e da Guarda Nacional Republicana deverá ser construída e mantida, e da qual depende a sua verdadeira solidez e continuidade. Na avaliação do potencial humano e militar de uma Nação, há que fazer contas aos seus factores intelectuais e morais, sob pena de o avaliarmos erradamente. Napoleão, com a sua longa experiência de condutor de homens, disse: “a força moral entra por três quartos, enquanto que as forças reais entram apenas pelo quarto restante”. Igualmente, “podem as Universidades contribuir com a maior eficiência para o desenvolvimento dos factores intelectuais, mas se cultivarem apenas a razão, não realizam inteiramente a sua missão educativa”. “É esta multiplicidade de valências formativas que mantém actual, singular, sólida e credível a missão secular da Academia Militar: moldar o temperamento e forjar o carácter do futuro chefe militar, desenvolvê-lo culturalmente e adestrá-lo fisicamente para o combate”. “Assim, pela inoculação dessas virtudes e, dum modo geral, das qualidades morais, se temperará o carácter do cidadão (...), da mesma forma que, pelos exercícios físicos, se lhe fortificam os músculos e se lhe desembaraçam os movimentos”. Foram estes os intentos, que em 1953, moveram o então Comandante da Escola do Exército, General Correia Leal, a adoptar para cada curso de entrada um Patrono, figura simbólica e expressiva da nossa história, que servisse de guia e de rumo aos alunos desse curso. O Patrono do curso de entrada na Academia Militar no ano lectivo 2005/2006 – CONSELHEIRO AIRES DE ORNELAS E VASCONCELOS, foi exemplo dessas qualidades, sendo hoje evocado, pelo singular conjunto de virtudes cívicas e militares que possuía, e que, num dos mais difíceis períodos da nossa história, foram colocadas à prova, na paz e na guerra, distinguindo-se entre os melhores, servindo o seu país. Que o carácter e virtudes do Vosso Patrono vos sirvam de guia ao longo das vossas vidas.