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Os enfermeiros são a classe maioritária do serviço nacional de saúde, sendo que o trabalho que desenvolvem os coloca permanentemente em risco condicionando o seu bem-estar musculoesquelético, como por exemplo, o estilo de vida adotado, o regime alimentar que apresenta ou mesmo os resultantes da sua atividade profissional. Muitos enfermeiros apresentam ainda comportamentos de estilos de vida menos saudáveis, como o sedentarismo, stress, a ausência de relacionamentos interpessoais e comportamentos de riscos que condicionam o seu bem-estar.
Deste modo, pretendemos determinar quais as condicionantes específicas que afetam o bem-estar musculoesquelético dos enfermeiros que exercem nos serviços de internamento de um centro hospitalar da região norte do país, identificando a prevalência das queixas musculoesqueléticas e as áreas corporais mais afetadas; analisar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas; relacionar o estilo de vida dos profissionais com a presença de queixas musculoesqueléticas; analisar o bem-estar subjetivo dos enfermeiros e a presença de queixas musculoesqueléticas.
O presente estudo é de natureza quantitativo, de carácter descritivo e correlacional. A recolha dos dados foi feita recorrendo a um questionário aos profissionais de enfermagem de um centro hospitalar da região norte e com experiência profissional igual ou superior a 1 ano, recorrendo a uma técnica de amostragem não probabilística por conveniência, com uma amostra de 260 enfermeiros.
A maior parte dos enfermeiros (65,1%) apresenta uma prevalência de queixas ao nível do sistema musculoesquelético nos últimos 12 meses, sendo que a coluna lombar é o segmento anatómico mais afetado nestes profissionais. Em média os enfermeiros apresentam uma taxa de absentismo de 28,3 dias, sendo que 25,7% dos enfermeiros apresentaram impedimento de realizar uma atividade normal nos últimos 12 meses. A maior parte dos enfermeiros adota comportamentos de potenciais lesões musculoesqueléticas. Adotam um regime alimentar maioritariamente saudável e relacionam-se com a comunidade envolvente. Contudo, a prática de atividade física e o controlo de stress ficam aquém do que poderá ser entendido como a adoção de um estilo de vida saudável. Os sentimentos negativos estão associados a uma maior intensidade de queixas musculoesqueléticas em todos os segmentos anatómicos.
Em síntese podemos observar que os estilos de vida e o bem-estar subjetivo dos enfermeiros afetam o seu bem-estar musculoesquelético. Os riscos individuais não condicionam o seu bem-estar, ao contrário do fator tempo.
Em face dos resultados obtidos, sugere-se o desenvolvimento de um programa que sensibilize os enfermeiros a melhorarem o seu estilo de vida, e que incentive a prática da ginástica laboral de forma a minorar as queixas musculoesqueléticas, tendo o enfermeiro especialista um papel primordial na sua execução.
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Sistema musculoesquelético Enfermeiros
