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Representações sociais da velhice: a visão de idosos. Um estudo exploratório no concelho do Crato

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A velhice constitui-se como uma fase de vida, ao longo do processo de envelhecimento, cujas mudanças que lhe estão subjacentes, ocorrem de forma gradual, ao nível biopsicossocial, e não a partir de uma idade específica. O presente estudo assume como problemática o modo como a velhice é representada socialmente, destacando a visão de idosos. Assim, com a sua realização, pretendeu-se compreender o modo como os idosos representam a velhice. A investigação assentou numa abordagem qualitativa, por via de um estudo exploratório. Os dados foram recolhidos através da aplicação de entrevistas semiestruturadas, junto de seis idosos residentes no concelho do Crato, com idades compreendidas entre os setenta e os oitenta e dois anos de idade, de ambos os géneros. De modo geral, as conclusões vão ao encontro das propostas teóricas apresentadas. A velhice é representada como uma experiência individual, na qual predominam mudanças e sinais inerentes ao passar do tempo, que não se reduzem à mera ausência de doença. A par do referido, os idosos representam-na como algo negativo, convergindo com o modo como consideram que a sociedade em geral a representa, demonstrando tê-la interiorizado, ainda que se verifique, igualmente, a manutenção de uma representação positiva. Quando se autorrepresentam, evidenciam-se divergências, confirmando-se que os idosos não se identificam com a representação social formulada, pelas suas singularidades, num grupo heterogéneo.
Old age is a stage of life, during the ageing process, in which their changes gradually occur, at a biopsychosocial level, and not from a specific age. This research is concerned with how old age is socially represented, highlighting the elderly people’s view. In this way, the main purpose of this research is to gain a better understanding how old age is represented by them. The study was based on a qualitative approach, through an exploratory study. The collected data resulted from semi-structured interviews with six elderly people resident in municipality of Crato, aged from seventy to eight-two years old, of both genders. In general, the conclusions match with the presented theoretical proposals. Old age is represented as an individual experience, in which changes and inherent signs to the passing of time that don’t reduce to the single lack of disease. In addition, elderly people represent old age as something negative, in line with the way they consider how it is represented by society, showing that they have already interiorized it, although they also keep a positive representation of it. When elderly people represent themselves, there are some divergences, confirming that they don’t identify themselves with the social representation formulated, due to their singularities, in a heterogeneous group.

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representações sociais envelhecimento velhice idosos social representations ageing old age elderly people

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