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Abstract(s)
A preocupação em analisar custos com a prevenção e tratamento das UPP pelas organizações é rara, não existindo plataformas fiáveis de registo que traduzam a sua magnitude e impacto na qualidade de vida.
Objetivo: Determinar os custos totais de uma UPP de categoria IV numa unidade hospitalar em dez anos de existência (2008, 2012, 2017, 2018).
Metodologia: Estudo retrospetivo de um utente com UPP, há 10 anos. Recolha de dados, SCLINICO, GLINTT e serviços financeiros. Os custos totais englobaram: custos diretos fixos (internamento/consulta externa) e custos variáveis. O custo de material de pensos envolveu o preço de cada apósito, periodicidade e duração do tratamento. Excluíram-se área da ferida e custos indiretos. Na qualidade de vida recorreu-se à análise custo-utilidade, QALYs.
Resultados: Em 2008, internamento com UPP (IV), material de penso (60€), custo direto total 193 478,22€. 2012, UPP (II) tratamento local (23€), custo direto total 87 755,30€. 2017, UPP (IV) internamento/consulta externa, custo direto total 107 907,06€/2056,10€. 2018, internamento/consulta externa, custo material de penso (2361€/973,50€) custo direto total 61 947,02€/1567,50€. Nos últimos 2 anos, perdeu 1 ano de qualidade de vida.
Conclusões: 2008, ano com custos totais mais elevados e 2018 com custos totais mais baixos, apesar dos custos com material de pensos serem mais elevados, representando 2,47% da despesa total do serviço de cirurgia. Quanto mais elevados os custos com o material, menor o tempo de internamento. O ano QALY perdido nem sempre representa perda de vida com qualidade. Despesa total nos 10 anos, 454 711,20€.
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Úlcera por Pressão Economia Saúde Enfermagem