Intervenções promotoras de Esperança na Pessoa em Situação Paliativa

Ferreira, Joana

http://hdl.handle.net/10400.26/53284

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Authors

Ferreira, Joana

Abstract(s)

Enquadramento: Os cuidados paliativos são essenciais para os doentes com doenças graves e limitantes. O enfermeiro desempenha um papel essencial na equipa multidisciplinar, identificando as necessidades do paciente e colaborando na elaboração de planos de cuidados avançados. Embora pouco valorizada, a espiritualidade desempenha um papel importante, estando associada a uma melhor tolerância ao stress físico e emocional, servindo como elemento protetor durante o ajuste psicológico a situações difíceis. Jean Watson defende na sua teoria que o doente deve ser considerado na sua plenitude, tendo definido 10 fatores caritativos. O segundo fator diz respeito à esperança, uma dimensão da espiritualidade, que desempenha um papel fundamental nos cuidados paliativos, tanto para os processos de cuidar quanto para os de cura. A esperança é uma dimensão vital na trajetória da doença, promovendo o conforto e a qualidade de vida. Os enfermeiros têm a responsabilidade de nutrir a esperança dos doentes sob os seus cuidados. Desta forma, é crucial incluir a promoção da esperança na elaboração do plano de cuidados. Objetivos: Mapear a evidência científica sobre as intervenções promotoras de Esperança na Pessoa em Situação Paliativa. Metodologia: Scoping Review realizada de acordo com os critérios de elegibilidade sugeridos pelo Joanna Briggs Institute: população (pessoa em situação paliativa), conceito (intervenções promotoras de esperança) e contexto (cuidados paliativos). Pesquisa realizada nas bases de dados MEDLINE complete (via PubMed) e CINAHL Complete (via EBSCOhost e Pubmed). Literatura cinzenta pesquisada nos Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). Estudos publicados em português, espanhol e inglês foram incluídos sem limite temporal. Resultados: Foram incluídos 12 estudos para revisão. Da análise realizada, conclui-se que as principais intervenções sugeridas pelos autores são o controlo sintomático, a escuta ativa, a facilitação da expressão de crenças e o planeamento de objetivos realistas. Conclusão: Sublinha-se a necessidade de mais investigação de forma a perceber como os enfermeiros portugueses promovem a esperança dos doentes em situação paliativa e se aplicam alguma das intervenções mencionadas nos estudos analisados nesta revisão.