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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Encephalitozoon cuniculi is an obligate, intracellular microsporidian parasite commonly found in pet
rabbits. This parasite is primarily transmitted through the ingestion of E. cuniculi spores shed in the
urine, which is the most significant route of transmission, although transplacental transmission can
also occur. Encephalitozoonosis is endemic in the pet rabbit population worldwide and is an
important cause of neurologic disease in this species. This disease usually causes chronic infections
that can persist asymptomatically for years. Nevertheless, because this parasite has a predilection for
the kidneys and brain, it can cause neurologic signs that often include torticollis, nystagmus, ataxia,
head tilt, or rolling. Other neurologic signs may include seizures, urinary incontinence, a stiff rear
gait, and posterior paresis. This disease is zoonotic, and it is important to inform immunosuppressed
individuals of the possibility of becoming infected. There are some laboratorial tests that can confirm
the presence of E. cuniculi, such as serology or PCR in urine or blood samples, although the latter
often results in false negatives depending on the stages of the infection. In terms of serology, this is
the most important diagnostic tool for E. cuniculi infection in living animals, and there are several
methods for detecting antibodies against E. cuniculi, such as ELISA. The objective of this study was to
determine the presence of E. cuniculi in the serum of rabbits, using convenience sampling during
routine appointments and from hospitalized rabbits. The second stage included the evaluation of
serum seropositivity through presence of specific anti-E. cuniculi antibodies (IgG and IgM) by ELISA.
Serological testing was performed using an indirect ELISA method. A total of 22 plasma samples were
collected from domestic rabbits, although no information was available regarding their clinical
history or geographic origin. Of the analyzed samples 13 (59%) were seropositive for E. cuniculi. This
result is consistent with findings from studies conducted in other countries, suggesting that the
prevalence of E. cuniculi among the tested samples in the Porto district could be relatively high.
Finally, this study will contribute towards our knowledge of encephalitozoonosis seropositivity
amongst domestic rabbits medically assisted in the Porto district. Determining the seroprevalence of
this infection in domestic rabbits may provide valuable insights into the importance of early
diagnosis, contribute to increased survival rates, and aid in preventing transmission to co-habitant
rabbits and immunocompromised humans.
Encephalitozoon cuniculi é um parasita microsporídio obrigatório e intracelular, frequentemente encontrado em coelhos de companhia. Este parasita é transmitido principalmente pela ingestão de esporos de E. cuniculi excretados na urina, sendo esta a via de transmissão mais significativa, embora possa também ocorrer transmissão transplacentária. A encefalitozoonose é endémica na população mundial de coelhos de companhia e constitui uma causa importante de doença neurológica nesta espécie. A infeção desenvolve-se, habitualmente, como uma condição crónica que pode permanecer assintomática durante anos. No entanto, devido à predileção deste parasita pelos rins e pelo cérebro, podem manifestar-se sinais neurológicos, frequentemente incluindo torcicolo, nistagmo, ataxia, inclinação da cabeça ou rolamento. Outras manifestações neurológicas podem incluir convulsões, incontinência urinária, marcha rígida dos membros posteriores e paresia posterior. Esta doença é zoonótica, sendo importante alertar indivíduos imunossuprimidos para o risco potencial de infeção. Existem vários testes laboratoriais que podem confirmar a presença de E. cuniculi, incluindo a serologia e a PCR em amostras de urina ou sangue, embora a PCR possa frequentemente apresentar falsos negativos, dependendo da fase da infeção. A serologia é considerada a ferramenta de diagnóstico mais importante para a deteção de E. cuniculi em animais vivos, existindo vários métodos para identificar anticorpos contra o parasita, como o ELISA. O objetivo deste estudo foi determinar a presença de E. cuniculi no soro de coelhos, utilizando amostragem por conveniência durante consultas veterinárias de rotina e em coelhos hospitalizados. A segunda fase consistiu na avaliação da seropositividade sérica através da deteção de anticorpos específicos anti-E. cuniculi (IgG e IgM), utilizando um método ELISA indireto. Foram colhidas 22 amostras de plasma de coelhos domésticos, sem que estivesse disponível informação sobre o seu historial clínico ou origem geográfica. Das amostras analisadas, 13 (59%) revelaram-se seropositivas para E. cuniculi. Este resultado é consistente com os obtidos em estudos realizados noutros países, sugerindo que a prevalência de E. cuniculi entre as amostras testadas no distrito do Porto poderá ser relativamente elevada. Por fim, este estudo contribui para o conhecimento da seropositividade para encefalitozoonose em coelhos domésticos assistidos medicamente no distrito do Porto. Determinar a seroprevalência desta infeção em coelhos domésticos poderá fornecer informações valiosas sobre a importância do diagnóstico precoce, ajudar a melhorar as taxas de sobrevivência e contribuir para a prevenção da transmissão a coelhos coabitantes e a humanos imunocomprometidos.
Encephalitozoon cuniculi é um parasita microsporídio obrigatório e intracelular, frequentemente encontrado em coelhos de companhia. Este parasita é transmitido principalmente pela ingestão de esporos de E. cuniculi excretados na urina, sendo esta a via de transmissão mais significativa, embora possa também ocorrer transmissão transplacentária. A encefalitozoonose é endémica na população mundial de coelhos de companhia e constitui uma causa importante de doença neurológica nesta espécie. A infeção desenvolve-se, habitualmente, como uma condição crónica que pode permanecer assintomática durante anos. No entanto, devido à predileção deste parasita pelos rins e pelo cérebro, podem manifestar-se sinais neurológicos, frequentemente incluindo torcicolo, nistagmo, ataxia, inclinação da cabeça ou rolamento. Outras manifestações neurológicas podem incluir convulsões, incontinência urinária, marcha rígida dos membros posteriores e paresia posterior. Esta doença é zoonótica, sendo importante alertar indivíduos imunossuprimidos para o risco potencial de infeção. Existem vários testes laboratoriais que podem confirmar a presença de E. cuniculi, incluindo a serologia e a PCR em amostras de urina ou sangue, embora a PCR possa frequentemente apresentar falsos negativos, dependendo da fase da infeção. A serologia é considerada a ferramenta de diagnóstico mais importante para a deteção de E. cuniculi em animais vivos, existindo vários métodos para identificar anticorpos contra o parasita, como o ELISA. O objetivo deste estudo foi determinar a presença de E. cuniculi no soro de coelhos, utilizando amostragem por conveniência durante consultas veterinárias de rotina e em coelhos hospitalizados. A segunda fase consistiu na avaliação da seropositividade sérica através da deteção de anticorpos específicos anti-E. cuniculi (IgG e IgM), utilizando um método ELISA indireto. Foram colhidas 22 amostras de plasma de coelhos domésticos, sem que estivesse disponível informação sobre o seu historial clínico ou origem geográfica. Das amostras analisadas, 13 (59%) revelaram-se seropositivas para E. cuniculi. Este resultado é consistente com os obtidos em estudos realizados noutros países, sugerindo que a prevalência de E. cuniculi entre as amostras testadas no distrito do Porto poderá ser relativamente elevada. Por fim, este estudo contribui para o conhecimento da seropositividade para encefalitozoonose em coelhos domésticos assistidos medicamente no distrito do Porto. Determinar a seroprevalência desta infeção em coelhos domésticos poderá fornecer informações valiosas sobre a importância do diagnóstico precoce, ajudar a melhorar as taxas de sobrevivência e contribuir para a prevenção da transmissão a coelhos coabitantes e a humanos imunocomprometidos.
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Keywords
ELISA Encephalitozoon cuniculi Encephalitozoonosis Microsporidian parasite Porto Rabbits Seroprevalence Encefalitozoonose Parasita microsporídio Coelhos Seroprevalência
