As Externalidades da Formação dos Oficiais do Exército da  Guiné-Bissau no Estrangeiro

Guilherme Martins Camará

http://hdl.handle.net/10400.26/42254

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Authors

Guilherme Martins Camará

Advisor(s)

Fernandes, Hélio de Jesus Branco Corguinho

Abstract(s)

No âmbito da situação política e sociocultural da Guiné-Bissau, constata-se que o país é afetado por problemas derivados de uma nociva gestão organizacional na comunidade castrense, em especial no Exército. O propósito desta dissertação consiste em descrever e compreender as vantagens e desvantagens da formação no estrangeiro e o possível impacto na gestão da cultura organizacional do Exército da Guiné-Bissau. De forma a delinear o campo de estudo, foi efetuada uma revisão da literatura, complementarmente, deu-se prioridade a um estudo metodologicamente qualitativo e direcionado segundo o método do estudo de caso, analisando os Oficias formados pelas Forças Armadas estrangeiras, nomeadamente Angola, Brasil e Portugal. O conceito da cultura organizacional é um conjunto de virtudes, práticas, tradições e filosofia da organização com o propósito de orientar as atitudes dos integrantes para uma postura adequada ao funcionamento interno e nas interrelações com outras organizações ou instituições. No caso de Portugal, a cooperação no domínio da defesa, como parte integrante da política externa portuguesa, obedece às mesmas linhas gerais de atuação, tendo a Cooperação Técnico-Militar (CTM) vindo a desempenhar um papel fulcral ao longo dos anos. Com esta Dissertação, foi possível aferir oportunidades e vulnerabilidades que a formação no estrangeiro comporta, bem como os pontos sobre os quais deve recair maior atenção na gestão da cultura organizacional e entidades intervenientes nas cooperações técnico-militares. No Exército da Guiné-Bissau, não se aplica o tempo legislado de permanência em cada posto. As promoções são feitas, na maioria dos casos, por escolha. A aposta na formação externa dos quadros militares do Exército guineenses constituirá uma potencial mais-valia na cultura organizacional, assim como na redefinição da carreira militar.