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Caracterização dos cuidados de fisioterapia a utentes com síndrome da dor patelo-femoral em Portugal. Exploração de barreiras e facilitadores associados à prática informada pela evidência

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Introdução: A dor patelofemoral (DPF) tem uma prevalência entre os 23%-29% na população adulta e adolescente com impacto em diversas atividades diárias. Existem diretrizes atuais em termos de critérios de diagnóstico, avaliação e intervenção para esta condição específica. A prática clínica dos fisioterapeutas noutros países, não corresponde ao recomendado nessas diretrizes, incluindo o uso excessivo de intervenções ineficazes. Objetivo: Caracterizar o tipo de cuidados de Fisioterapia em Portugal reportam praticar em utentes com dor patelofemoral e analisar em que medida esses cuidados seguem as guidelines mais atuais. Pretende-se ainda explorar quais as barreiras e facilitadores auto-reportados pelos fisioterapeutas, que são as mais impactantes em relação à implementação de uma prática baseada na melhor e mais atual evidência na população com esta condição especifica. Metodologia: É um estudo quantitativo, transversal em formato survey, online, através de um questionário na plataforma Microsoft Teams, sobre a prática clínica auto reportada dos fisioterapeutas em Portugal que intervêm em utentes com DPF. Entre junho de 2024 e outubro de 2024 foram recrutados 49 fisioterapeutas (idade média = 28,0 ± 6,6 anos), registados na Ordem dos Fisioterapeutas. No mesmo questionário foram exploradas barreiras e facilitadores que os fisioterapeutas percecionam para a implementação de uma prática informada pela melhor evidência e mais atual nesta população. Resultados: Os fisioterapeutas eram na sua maioria do sexo feminino (63,3%), possuíam licenciatura em Fisioterapia de 4 anos (91,8%), com 69,4% apresentando experiência clínica inferior a 5 anos. Em relação ao diagnóstico destaca-se a dor retropatelar ou peripatelar como critério chave durante atividades funcionais, sendo 79,6% dos fisioterapeutas reportaram realizar diagnóstico diferencial para exclusão de outras condições que causem dor anterior no joelho. A maioria dos fisioterapeutas valoriza a aplicação de medidas de resultados auto-reportadas (73,5%) para obter uma avaliação subjetiva da dor e da funcionalidade do joelho em pacientes com DPF. A abordagem terapêutica foca a educação do paciente e terapia pelo exercício como intervenções primárias, destacado pela maioria dos fisioterapeutas (87,8% e 75,5%, respetivamente). O sucesso da intervenção foi definido através da funcionalidade e performance do paciente (46,9%) e da autonomia na autogestão da condição do mesmo (44,9%), mas sem grande destaque. As principais barreiras à prática baseada em evidências foram organizacionais/comunicativas (61,3%) e relacionadas com a adaptação dos resultados (42,8%), enquanto os facilitadores mais citados foram a perceção das competências individuais e culturais (85,8%) e o tempo para explorar literatura científica (81,7%). Conclusão: Os resultados mostram que a prática clínica dos fisioterapeutas em Portugal não está claramente alinhada com as recomendações mais atuais e de melhor qualidade, abrangendo o uso excessivo de intervenções ineficazes onde a evidência sugere pouco (ou nenhum) benefício. Isso sugere a necessidade de reforçar a educação contínua sobre a melhor evidência disponível para garantir intervenções mais eficazes e individualizadas, alinhadas com as melhores e mais atuais evidências.

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Síndrome da dor patelo-femoral Fisioterapia Avaliação Prática baseada na evidência Barreiras Apoios

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