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Abstract(s)
Nos tempos de hoje as imagens são o grande poder
no design de hotéis, a compreensão da realidade
é condicionada pelo fascínio, onde a arquitetura
é tida como uma sensação visual. Os arquitetos
estão preocupados em projetar uma arquitetura
de espetáculo, projetando espaços que não vão
para além de uma tendência efémera e de uma
sensação puramente visual, esquecendo um
caráter fundamental da arquitetura: a experiência vivida pelo espaço a partir do seu principal agente
– o homem. Estamos perante uma arquitetura
desprovida de sentimentos onde somos seduzidos
por uma imagem e não pelo espaço em si.
Deste modo, defende-se neste trabalho que a
arquitetura não se deve restringir a este mundo
de imagens, mas deve procurar estabelecer, entre
jogos de planos e volumes, um modelo espacial que
consiga despertar a vertente sensível do homem e
que transcenda o utilizador. Não são as imagens que
nos fazem vivenciar os espaços e a arquitetura, mas
sim a sua essência corpórea e espiritual totalmente
integradas. Visando a procura de uma atmosfera,
procura-se criar o espaço que pretende tocar e
sensibilizar de forma a que o possamos guardar na
memória.
Este conceito é abordado na proposta de criação
de um restaurante, bar e lounge para um hotel na
baixa lisboeta, onde se opta por privilegiar os cinco
sentidos do homem, as emoções e as sensações,
numa arquitetura corpórea. Procurando não ser
evidente, recusa-se usar o recurso simplista da
Praça da Figueira. O trabalho propõe relacionar a
visão com o tato, o cheiro, a audição e até mesmo
o paladar, num espaço que defende o fruir e o
um caráter intimista, sóbrio e austero, livre da
desordem, da vulgaridade, e da arbitrariedade que
não provoque distrações visuais e dê lugar aos
sentimentos. Remetendo a visão para o
na nossa memória e possam ser associadas a
um determinado sítio ou espaço. Através de uma
arquitetura multisensorial, num encontro corpoa-
corpo entre o utilizador e o espaço, a alma
do espaço pretende ser mais do que uma mera
imagem, mas sim um equilíbrio entre todos os
elementos sensoriais traduzindo a sua atmosfera e
Se não existisse a visão, como poderia um espaço
‘tocar’-nos e impressionar?
Description
Keywords
Hotel Bar Lounge Arquitetura Design