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Abstract(s)
O processo de saúde-doença é frequentemente pautado por respostas emocionais intensas e que exigem do enfermeiro a gestão partilhada da emocionalidade experienciada. No presente relatório, propõe escrutinar-se a temática do trabalho emocional no sobrevivente de cancro, perspetivada em torno de três domínios: avaliação da saúde mental, psicologia positiva e psico-oncologia.
Visando a aquisição de competências na área de especialização em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, foram desenvolvidas intervenções em três contextos onde vulnerabilidade emocional dos clientes é indelével: Serviço de Internamento de Psiquiatria, Hospital de Dia de Psiquiatria e Consulta Externa de Reabilitação Oncológica. Perseguindo a lógica construtivista, procurou recorrer-se à metodologia de resolução de problemas em situação real, sustentar-se o trabalho emocional na teoria do Cuidado Humano de Watson e no Modelo Conceptual de Sistemas de Neuman e, paralelamente firmar-se a aprendizagem na reflexividade. Complementarmente, para a obtenção de competências de mestrado foi efetuado o desenho de um estudo investigativo que visou explorar o significado pessoal atribuído à experiência de cancro e averiguar a influência desta perceção nas respostas emocionais e na adaptação ao processo de doença. Em concreto, pretendeu analisar-se a experiência de distress, o ajustamento psicológico e a aferição de estados psicopatológicos, no
sobrevivente oncológico. O estudo efetuado foi de pendor exploratório descritivo de natureza quantitativa, foi encetado entre os meses de julho e setembro de 2015 e implicou a seleção de uma amostra não probabilística intencional constituída por cinquenta adultos em remissão. A obtenção dos dados pressupôs a aplicação de um questionário sociodemográfico e clínico e de três instrumentos de autoavaliação: Termómetro Emocional (adaptado), Escala de Dificuldades de Regulação Emocional e Inventário de Saúde Mental. Numa perspetiva crítica e interpretativa, foi possível identificar respostas emocionais consideradas disruptivas compatíveis com a exibição de distress significativo em pouco mais de um terço dos participantes, decorrentes do impacto do cancro e dos efeitos colaterais dos tratamentos. Ficou ainda documentado existir uma correlação entre o sofrimento emocional, a desregulação emocional e menores índices de saúde mental. Deste resultado, sobressai a pertinência do investimento na promoção do bem-estar psíquico e aquisição de estratégias de coping adaptativas providenciado por peritos.
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Keywords
Enfermagem psiquiátrica Cuidados de enfermagem Assistência integral à saúde Ajustamento emocional Saúde mental
