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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Background: Adverse childhood experiences (ACEs) present negative consequences throughout life, such as greater feelings of shame. However, the presence of positive childhood experiences (PCEs) can mitigate the impact of childhood adversity, contributing to better mental health and well-being. The relationship between childhood experiences and beliefs legitimizing sexual violence (BLSV) has been the subject of
several studies. Nonetheless, the results remain unclear, and the literature has not yet found consensus regarding this relationship. Objectives: Assess the relationship between childhood experiences and BLSV, as well as between childhood experiences and shame. It also aims to compare a sample of victims of sexual violence in adulthood and a sample of non-victims of sexual violence in adulthood in terms of childhood
experiences, BLSV, and shame. In addition, it aims to analyze the predictive factors of shame. Participants: The sample consisted of 327 participants aged between 18 and 74, 91 of whom were victims of sexual violence in adulthood, and the remaining 236 were non-victims. Methodology: A Sociodemographic Questionnaire, a Sexual Violence Checklist, the Adverse Childhood Experiences Questionnaire, the Benevolent
Childhood Experiences Scale, the Beliefs about Sexual Violence Scale, and the Impact of Event Scale-Revised were applied. Results: The results indicate that both samples exhibit higher levels of PCEs compared to ACEs and shame. There are significant correlations between some ACEs and fewer BLSV, as well as between some ACEs and more feelings of shame. On the other hand, PCEs are associated with lower levels of
shame but higher levels of BLSV. When comparing the samples, the victims had more ACEs, more shame, and fewer BLSV. Linear regression indicates that sex, age, emotional abuse, and PCEs are significant predictors of shame. Conclusion: This study highlights the consequences of childhood experiences on the development of beliefs and symptoms associated with trauma, emphasizing the differences between victims and
non-victims of sexual violence in adulthood. In this sense, it contributes to the literature and reinforces the need to develop trauma-based prevention strategies that strengthen resilience skills.
Enquadramento: As experiências adversas na infância (ACEs) apresentam consequências negativas ao longo da vida, tais como maiores sentimentos de vergonha. Porém, a presença de experiências positivas na infância (PCEs), pode mitigar o impacto da presença de adversidades na infância, contribuindo para uma melhor saúde mental e bem-estar. A relação entre experiências na infância e crenças legitimadoras da violência sexual (BLSV) tem sido objeto de diversos estudos. No entanto, os resultados permanecem pouco claros e a literatura ainda não encontrou um consenso quanto a esta relação. Objetivos: Avaliar a relação entre experiências na infância e BLSV, bem como entre experiências na infância e vergonha. Pretende, ainda, comparar uma amostra de vítimas de violência sexual na idade adulta com uma amostra de pessoas que não experienciaram violência sexual na idade adulta no que respeita às experiências na infância, BLSV e vergonha. Adicionalmente, visa analisar os fatores preditores da vergonha. Participantes: A amostra é composta por 327 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, sendo 91 vítimas de violência sexual na idade adulta e os restantes 236 não-vítimas. Método: Foi administrado um questionário sociodemográfico, uma Checklist de Violência Sexual, o Adverse Childhood Experiences Questionnaire, o Benevolent Childhood Experiences Scale, a Escala de Crenças sobre a Violência Sexual e a Impact of Event Scale-Revised. Resultados: Existem correlações significativas entre algumas ACEs e menores valores de BLSV, assim como entre algumas ACEs e mais sentimentos de vergonha. Em contrapartida, as PCEs encontram-se associadas a menores níveis de vergonha e a níveis mais elevados de BLSV. Quando comparadas as amostras, as vítimas apresentam mais ACEs, vergonha e menos BLSV. A regressão linear indica que o sexo, idade, abuso emocional e PCEs são preditores significativos da vergonha. Conclusão: Este estudo evidencia as consequências das experiências na infância no desenvolvimento de crenças e sintomatologia associada ao trauma, destacando as diferenças entre vítimas e não vítimas de violência sexual na idade adulta. Neste sentido, apresenta um contributo para a literatura e reforça a necessidade de criação de estratégias de prevenção com base no trauma, de forma a reforçar as capacidades de resiliência.
Enquadramento: As experiências adversas na infância (ACEs) apresentam consequências negativas ao longo da vida, tais como maiores sentimentos de vergonha. Porém, a presença de experiências positivas na infância (PCEs), pode mitigar o impacto da presença de adversidades na infância, contribuindo para uma melhor saúde mental e bem-estar. A relação entre experiências na infância e crenças legitimadoras da violência sexual (BLSV) tem sido objeto de diversos estudos. No entanto, os resultados permanecem pouco claros e a literatura ainda não encontrou um consenso quanto a esta relação. Objetivos: Avaliar a relação entre experiências na infância e BLSV, bem como entre experiências na infância e vergonha. Pretende, ainda, comparar uma amostra de vítimas de violência sexual na idade adulta com uma amostra de pessoas que não experienciaram violência sexual na idade adulta no que respeita às experiências na infância, BLSV e vergonha. Adicionalmente, visa analisar os fatores preditores da vergonha. Participantes: A amostra é composta por 327 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, sendo 91 vítimas de violência sexual na idade adulta e os restantes 236 não-vítimas. Método: Foi administrado um questionário sociodemográfico, uma Checklist de Violência Sexual, o Adverse Childhood Experiences Questionnaire, o Benevolent Childhood Experiences Scale, a Escala de Crenças sobre a Violência Sexual e a Impact of Event Scale-Revised. Resultados: Existem correlações significativas entre algumas ACEs e menores valores de BLSV, assim como entre algumas ACEs e mais sentimentos de vergonha. Em contrapartida, as PCEs encontram-se associadas a menores níveis de vergonha e a níveis mais elevados de BLSV. Quando comparadas as amostras, as vítimas apresentam mais ACEs, vergonha e menos BLSV. A regressão linear indica que o sexo, idade, abuso emocional e PCEs são preditores significativos da vergonha. Conclusão: Este estudo evidencia as consequências das experiências na infância no desenvolvimento de crenças e sintomatologia associada ao trauma, destacando as diferenças entre vítimas e não vítimas de violência sexual na idade adulta. Neste sentido, apresenta um contributo para a literatura e reforça a necessidade de criação de estratégias de prevenção com base no trauma, de forma a reforçar as capacidades de resiliência.
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Universitário Egas Moniz
Keywords
ACEs PCEs Vítimas de violência sexual na idade adulta Nãovítimas de violência sexual na idade adulta Crenças legitimadoras da violência sexual Vergonha