Publication
Raymond Aron and the transatlantic crisis, 1945-1966
dc.contributor.author | Malis, Christian | |
dc.date.accessioned | 2011-09-20T11:33:01Z | |
dc.date.available | 2011-09-20T11:33:01Z | |
dc.date.issued | 2005 | |
dc.description.abstract | Para analisar a percepção de Aron acerca das crises transatlânticas entre 1945 e 1966, o foco deve ser posto sobre três “pommes de discorde” principais durante este período – a questão do rearmamento alemão (1945-1954), a crise do Suez (1956), o Grande Debate Nuclear (1959-1964). Aron foi desde o início favorável ao rearmamento da Alemanha, apesar da longa relutância oficial francesa, principalmente porque o considerou inevitável para a defesa militar da Europa, e porque tratar a Alemanha como um verdadeiro aliado era a melhor maneira de evitar que a Alemanha ficasse mais perto da URSS para obter a reunificação. Isso porque finalmente, após longa hesitação, apoiou a CED, opondo-se assim a de Gaulle. O Suez alargou realmente a abertura entre Aron e de Gaulle, e no caso de Aron esta discrepância é enraizada na análise muito profunda não somente do papel da França no jogo transatlântico, mas também da natureza das armas nucleares. Aron extraiu da crise do Suez diversas lições: 1 – “a aliança não escrita entre os dois super-poderes contra a Guerra Total” era mais importante, sob o ponto de vista e prática dos EU, do que a solidariedade com aliados europeus. 2 – A estratégia massiva de retaliação deixa o oeste desarmado face “às ameaças secundárias” nas suas fronteiras. 3 – As armas atómicas não seriam suficientes para restaurar o poder anterior de França ou da Grã-Bretanha: um esforço europeu é necessário. Durante o Grande Debate Nuclear, a nova política militar francesa, oficialmente expressa por de Gaulle no seu discurso na Ecole Militaire em Novembro 1959, colidiu directamente na renovada estratégia e política militar de Kennedy e McNamara. Aron tentou jogar o papel de um ombudsman entre Kennedy e de Gaulle, em vão: se ele achava a doutrina militar Francesa da “Força de frappe” anacrónica, e apoiava a estratégia da “resposta flexível” de McNamara que restaurou a relação clausewitziana entre estratégia e política, advogou também a partilha de tecnologia nuclear pelos EU com os seus aliados. De facto, Aron como de Gaulle perseguiu a vontade de restaurar a independência estratégica da Europa, na sua mente, o melhor meio para alcançar um dia um acordo negoc iado e a reuni f i cação do Ve lho Cont inent e . Mas e s t e obj e t ivo pareceu-lhe alcançável somente a médio-longo prazo, e antes através da unificação europeia do que por estratégias puramente nacionais. | por |
dc.identifier.issn | 0870-757X | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.26/1234 | |
dc.language.iso | eng | por |
dc.peerreviewed | yes | por |
dc.publisher | Instituto da Defesa Nacional | por |
dc.relation.ispartofseries | 3ª Série;Nº 111 (Verão 2005) | |
dc.relation.publisherversion | https://www.idn.gov.pt/pt/publicacoes/nacao/Documents/NeD111/NeD111.pdf | por |
dc.subject | Pensamento estratégico | por |
dc.subject | Estratégia militar | por |
dc.subject | Estrategas | por |
dc.subject | Relações internacionais | por |
dc.subject | Crise | por |
dc.subject | Atlantismo | por |
dc.subject | Armas nucleares | por |
dc.subject | História | por |
dc.subject | Canal de Suez | por |
dc.subject | Europa | por |
dc.subject | França | por |
dc.subject | Alemanha, antes de 1949 e depois de 1989 | por |
dc.subject | EUA | por |
dc.title | Raymond Aron and the transatlantic crisis, 1945-1966 | por |
dc.type | journal article | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Lisboa | por |
oaire.citation.title | Nação e Defesa | por |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | article | por |