Repository logo
 
Loading...
Thumbnail Image
Publication

Raymond Aron and the transatlantic crisis, 1945-1966

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
NeD111_ChristianMalis.pdf196.08 KBAdobe PDF Download

Advisor(s)

Abstract(s)

Para analisar a percepção de Aron acerca das crises transatlânticas entre 1945 e 1966, o foco deve ser posto sobre três “pommes de discorde” principais durante este período – a questão do rearmamento alemão (1945-1954), a crise do Suez (1956), o Grande Debate Nuclear (1959-1964). Aron foi desde o início favorável ao rearmamento da Alemanha, apesar da longa relutância oficial francesa, principalmente porque o considerou inevitável para a defesa militar da Europa, e porque tratar a Alemanha como um verdadeiro aliado era a melhor maneira de evitar que a Alemanha ficasse mais perto da URSS para obter a reunificação. Isso porque finalmente, após longa hesitação, apoiou a CED, opondo-se assim a de Gaulle. O Suez alargou realmente a abertura entre Aron e de Gaulle, e no caso de Aron esta discrepância é enraizada na análise muito profunda não somente do papel da França no jogo transatlântico, mas também da natureza das armas nucleares. Aron extraiu da crise do Suez diversas lições: 1 – “a aliança não escrita entre os dois super-poderes contra a Guerra Total” era mais importante, sob o ponto de vista e prática dos EU, do que a solidariedade com aliados europeus. 2 – A estratégia massiva de retaliação deixa o oeste desarmado face “às ameaças secundárias” nas suas fronteiras. 3 – As armas atómicas não seriam suficientes para restaurar o poder anterior de França ou da Grã-Bretanha: um esforço europeu é necessário. Durante o Grande Debate Nuclear, a nova política militar francesa, oficialmente expressa por de Gaulle no seu discurso na Ecole Militaire em Novembro 1959, colidiu directamente na renovada estratégia e política militar de Kennedy e McNamara. Aron tentou jogar o papel de um ombudsman entre Kennedy e de Gaulle, em vão: se ele achava a doutrina militar Francesa da “Força de frappe” anacrónica, e apoiava a estratégia da “resposta flexível” de McNamara que restaurou a relação clausewitziana entre estratégia e política, advogou também a partilha de tecnologia nuclear pelos EU com os seus aliados. De facto, Aron como de Gaulle perseguiu a vontade de restaurar a independência estratégica da Europa, na sua mente, o melhor meio para alcançar um dia um acordo negoc iado e a reuni f i cação do Ve lho Cont inent e . Mas e s t e obj e t ivo pareceu-lhe alcançável somente a médio-longo prazo, e antes através da unificação europeia do que por estratégias puramente nacionais.

Description

Keywords

Pensamento estratégico Estratégia militar Estrategas Relações internacionais Crise Atlantismo Armas nucleares História Canal de Suez Europa França Alemanha, antes de 1949 e depois de 1989 EUA

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue

Publisher

Instituto da Defesa Nacional

CC License