A superproteção parental e modulação sensorial em bebés dos 7 aos 35 meses

Fialho, Francisca

http://hdl.handle.net/10400.26/48425

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Authors

Fialho, Francisca

Advisor(s)

Reis, Helena

Abstract(s)

Introdução: Os comportamentos de superproteção e de extremo cuidado por parte dos pais, podem ser excessivos, estando deste modo, a negar-lhes oportunidades para experienciar novos ambientes e atividades, necessárias para o seu desenvolvimento, afetando o processamento sensorial das crianças. Objetivos: No presente estudo, pretende-se caracterizar as crianças consoante a modulação sensorial, identificar e descrever as características de interação, nomeadamente comportamentos de superproteção, entre mãe e a criança e entre o pai e a criança e por fim, relacionar os comportamentos de superproteção com a modulação sensorial das crianças. Métodos: Referente à metodologia, foram utilizados os instrumentos: Toddler Sensory Profile 2, Parental Overprotection Coding System (POCS) e o Parental Protection Scale (PPS). Trata-se de um estudo não experimental (observacional), descritivo correlacional. Contou com uma amostra de seis crianças entre os 7 meses e os 35 meses, sem patologias associadas e suas mães e/ou pais. Resultados: Identificou-se alterações na modulação sensorial das crianças, a nível do processamento dos estímulos visuais, táteis e orais/gustativos. Revelou-se a existência de um comportamento de superproteção mais frequente nas mães do que nos pais, assim como se verificou a existência de uma correlação negativa significativa, (R= -0,820, p= 0,046) entre a superproteção parental da mãe e o total da modulação sensorial das crianças. Conclusões: Perante os resultados obtidos, averiguou-se que existe relação negativa entre os comportamentos de superproteção parental e a modulação sensorial, presente nas interações entre mãe e criança. Deste modo, identifica-se alterações na modulação sensorial das crianças, aquando da presença de comportamento de superproteção parental, influenciando assim o seu desenvolvimento.