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Advisor(s)
Abstract(s)
Esta investigação dedica-se ao estudo da azulejaria de fachada relacionando-a com factores
sociais, políticos, económicos e culturais, estabelecendo como barreiras cronológicas os finais
do século XIX e inícios do século XX, e como barreiras geográficas o território compreendido
entre os Restauradores e o Campo Grande. As alterações operadas em Lisboa de modo a
facilitar as comunicações entre a cidade e as franjas rurais a norte, proporcionadas pelo plano
de Ressano Garcia, permitiram a urbanização de uma vasta zona, cujo edificado seguiu as
tendências dos movimentos artísticos dominantes, à época.
A complementaridade estabelecida entre o azulejo e a arquitectura, fenómeno que em Portugal
se instituiu desde muito cedo, teve na azulejaria de aplicação exterior a sua continuidade, já
nos finais do século XVIII. Esta prática transformou a paisagem urbana, acrescentando à
função decorativa um aspecto prático, traduzido em superfícies mais higiénicas e de maior
durabilidade que em comparação com as superfícies rebocadas, não exigiam intervenções
de manutenção tão frequentes. Se numa primeira fase se aderiu ao revestimento integral das
fachadas, tal prática foi gradualmente sendo abandonada, adoptando-se a decoração azulejar
como enfoque na marcação dos pisos, realce dos vãos ou remate dos edifícios.
Inaugurando uma nova abordagem à cultura arquitectónica urbana, a azulejaria de fachada,
foi transversal a todo o edificado construído entre os finais de oitocentos e inícios do século
XX, passando também a integrar o conjunto de ferramentas que individualizam os projectos
de autor.
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azulejo esad