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Abstract(s)
A China, a Índia e a Europa procuram neste tempo de instabilidade, de mudança
e de incerteza permanentes, um estatuto internacional relevante, que as coloque
não só como potências regionais, mas, se possível, que lhes permita disputar o
estatuto de grandes potências do sistema internacional.
Os dois Estados emergentes asiáticos, China e Índia, têm conseguido
excelentes desempenhos económicos, um significativo reforço do seu poder militar e
um peso crescente nas relações internacionais, nomeadamente nos grandes fora de
decisão mundial, mas continuam com sociedades duais e instáveis, sobretudo,
mercê do fosso crescente entre ricos e pobres.
A Europa vive um tempo conturbado, não consegue unidade política, nem coesão
entre os seus Estados membros, tem grandes vulnerabilidades na defesa e
segurança e está com dificuldades na sustentabilidade económica e na manutenção
do estado social.
Portugal, como pequeno Estado em crise económica arrastada, com problemas
estruturais fundamentais não resolvidos, numa era de globalização favorável aos
grandes espaços é, de entre os países europeus, um dos que mostra maiores
vulnerabilidades e possui menos forças para se impor nos cenários internacionais de
grande competitividade.
A potência hegemónica actual, os EUA, não dá mostras de abdicar nem na esfera
económico, nem no campo militar. Procura assegurar o domínio das relações
internacionais e psico-sociais. Percebe-se que não cederá com facilidade.
Novos actores, nomeadamente o terrorismo transnacional e as armas de
destruição massiça, introduziram factores de incerteza na evolução do sistema
internacional. A sua reconfiguração é possível, mas não é certa.
Se a mudança acontecer, ela será em grande parte determinada pelo
compatibilização que se conseguir entre o desenvolvimento humano e o crescimento
económico. A incerteza persiste, a instabilidade é real e, as previsões são muito
falíveis.
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Sistema Internacional Grandes Espaços Estados Emergentes China Índia Europa