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Qualidade de Vida em Equipamentos Gerontológicos

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Abstract(s)

Em Portugal, à semelhança de outros países a população idosa tem vindo a crescer, devido principalmente ao aumento da esperança de vida que nos últimos anos se tem verificado. Este envelhecimento da população acarreta implicações para a qualidade de vida da população idosa, já que a longevidade pode ser acompanhada de declínio funcional, doenças crónicas, maior dependência, perda da autonomia e isolamento social. A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados constitui exemplo de resposta adequada para esta população, combinando os cuidados de saúde com apoio social, procura promover a capacidade funcional, autonomia e a independência da mesma, garantir níveis de bem-estar favoráveis de modo a influenciar e melhorar a qualidade de vida dos idosos. A recente implementação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados represente um novo contexto na qualidade de vida das pessoas idosas. Por ter sido implementada em Portugal, em 2006, são raros os estudos nesta área. Tendo presente esta realidade, desenvolvi este estudo, centrado na questão: Quais os níveis de funcionalidade e bem-estar dos idosos institucionalizados em Unidade de Cuidados Continuados Integrados? Neste sentido, este estudo teve como principais objetivos a caracterização dos aspetos sócio-demográficos, o nível de independência nas atividades de vida diária, os níveis de depressão e o nível de ânimo dos idosos. O estudo foi realizado com base na abordagem qualitativa, do tipo exploratório-descritivo, que contou com colaboração de uma Unidade de Cuidados Continuados da região de Lisboa e Vale do Tejo. Participaram neste estudos 59 idosos, internados nas tipologias de Convalescença, Média Duração e Reabilitação e Longa Duração e Manutenção. Os dados qualitativos foram obtidos através do Questionário Sócio-Demográfico, da Escala de Atividades de Vida Diária de Lawton e Brody, da Escala Depressão Geriátrica e da Escala de Ânimo de Lawton. A análise dos dados foi realizada com apoio do programa estatístico, SPSS versão 20. Os resultados demonstram que predomina o grupo etário dos 65 aos 74 anos (40,8%). É uma amostra maioritariamente feminina com 74,6%. Relativamente ao estado civil, 37,3% são viúvos. A maioria reside só (54,2%). O nível de escolaridade é baixo com 52,5%. Exerciam profissões de pouca qualificação. Auferem baixos rendimentos (76,3%). Os resultados ao nível da funcionalidade indicam a presença de idosos dependentes nos vários grupos de atividade. Os níveis de dependência mais elevados estão associados a utentes internados em Unidade de Longa Duração e Manutenção, o que está de acordo com o facto de estas unidades estarem destinadas a receber os indivíduos em situação de maior dependência. A maioria dos idosos que fazem parte da amostra encontram-se em estados depressivos do tipo ligeiro (57,6%). Ao nível de bem-estar dos idosos verificou-se que a dimensão solidão/insatisfação obteve a pontuação mais elevada na amostra. Com este estudo, espero contribuir para melhorar e promover uma conceptualização da qualidade de vida dos idosos internados em Unidades de Cuidados Continuados e estimular novos estudos para avançar e aprimorar as bases conceptuais aqui desenvolvidas.

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Envelhecimento Dependência Cuidados Qualidade de Vida

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