Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
Documento principal | 823.2 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
O Presentismo é definido como a presença do trabalhador no local de trabalho mesmo estando doente física ou psicologicamente (paschoalin, Griep, Lisboa & Mello, 2013). Enquanto fenómeno que interfere negativamente na produtividade e desempenho do trabalhador, tem sido alvo de interesse crescente, pois alguns grupos profissionais estão mais suscetíveis ao presentismo, como é o caso dos enfermeiros.
Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, do tipo descritivo, exploratório e transversal que teve como objetivos identificar o nível de presentismo dos enfermeiros e verificar se este varia em função das variáveis sociodemográficas, profissionais e problemas de saúde. Optou-se pela técnica de amostragem por redes, tendo participado no estudo 120 enfermeiros do litoral norte de Portugal, no mínimo com três anos de experiência profissional. Para a recolha de dados utilizou-se um questionário (sociodemográfico, profissional e de problemas de saúde) elaborado pela investigadora e o Stanford Presenteeism Scale-6 (SPS-6), de Koopman, Pelletier, Murray, Sharda, Berger, Turpin, Hackleman, Gilson, Holmes & Bendel (2002), traduzida e validada para a população portuguesa por Ferreira, Martinez, sousa & Cunha (2010), constituída por duas dimensões: trabalho completado (TC) e distração evitada (DE).
Os resultados evidenciam a presença de presentismo. Apesar dos problemas de saúde referenciados, os enfermeiros conseguem completar o seu trabalho, apresentando maior dificuldade em se concentrar neste, o que revela um maior comprometimento psicológico. Verificou-se que os enfermeiros mais novos, com menos tempo de serviço na profissão e na instituição evidenciam maior presentismo. As cefaleias/enxaquecas, a ansiedade, o stress e a depressão foram os problemas de saúde
XVI
identificados como principais causas de presentismo. Os enfermeiros que referiram ter, no último ano, cefaleias/enxaquecas, stress, ansiedade e depressão foram os que apresentaram maior presentismo.
Como sugestão de investigação futura, deveriam: ser desenvolvidos novos estudos com amostras de enfermeiros mais numerosas, de outras áreas geográficas e outros contextos laborais; associar ao presentismo outras variáveis, nomeadamente a qualidade de vida, o burnout e o engagement; divulgar este estudo em eventos e revistas científicas de forma a sensibilizar para esta problemática.
Description
Keywords
Enfermagem do trabalho Saúde ocupacional