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O impacto da exposição a traumas na infância na flexibilidade cognitiva
| datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Ciências da Saúde | |
| dc.contributor.advisor | Quelhas Martins, Amadeu | |
| dc.contributor.author | Azevedo, Leticia de Freitas | |
| dc.date.accessioned | 2025-03-14T09:54:50Z | |
| dc.date.available | 2025-03-14T09:54:50Z | |
| dc.date.issued | 2024-11-25 | |
| dc.description.abstract | Este estudo explora o impacto dos traumas de infância, nomeadamente a exposição à violência, no desenvolvimento psicológico e neurológico na idade adulta. A hipótese principal é que estes traumas, como o abuso físico e emocional e a negligência, podem não só perturbar o equilíbrio psicológico dos indivíduos, mas também afetar a sua flexibilidade cognitiva, ou seja, a sua capacidade de se adaptar a novas situações e de resolver problemas de forma eficaz. Para testar estas hipóteses, 154 participantes foram recrutados através de plataformas online (Facebook e WhatsApp) e de um questionário sociodemográfico, do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), da Dissociative Experiences Scale (DES) e completaram o Wisconsin Card Sorting Test (WCST). Os resultados mostram uma forte correlação entre a negligência emocional e o abuso físico (r = 0,487, p < 0,001) e o abuso emocional (r = 0,711, p < 0,001), sugerindo que os indivíduos que sofreram negligência emocional são também mais susceptíveis de sofrer outras formas de abuso. Da mesma forma, foi observada uma correlação entre maus-tratos físicos e negligência física (r = 0,396, p < 0,001), reforçando a ideia de que estes tipos de violência coexistem frequentemente. No entanto, quando se trata de relacionar os tipos de maus-tratos sofridos e o desempenho cognitivo, os resultados mostram que as correlações são fracas e não significativas. Por exemplo, os maus-tratos emocionais (r = -0,052), a negligência emocional (r = -0,171) e os maus-tratos físicos (r = -0,052) não tiveram um efeito significativo no desempenho do WCST, embora as correlações fossem negativas. Isto sugere que, apesar de haver uma ligação entre o trauma e certas formas de disfunção psicológica, não existe uma relação direta clara entre o trauma e a flexibilidade cognitiva, medida pelo WCST. Em conclusão, este estudo realça a importância de experiências dissociativas como a despersonalização, a absorção e a distração em pessoas que sofreram traumas, mas não encontra uma ligação estatisticamente significativa entre os maus-tratos na infância e o desempenho cognitivo na idade adulta. Isto levanta a questão de saber se outros factores, tais como o apoio social ou as estratégias individuais de enfrentamento, poderiam moderar o impacto do trauma na cognição. | por |
| dc.description.abstract | This study explores the impact of childhood trauma, namely exposure to violence, on psychological and neurological development in adulthood. The main hypothesis is that these traumas, such as physical and emotional abuse and neglect, can not only disrupt individuals' psychological equilibrium, but also affect their cognitive flexibility, i.e. their ability to adapt to new situations and solve problems effectively. To test these hypotheses, 154 participants were recruited via online platforms (Facebook and WhatsApp) and a sociodemographic questionnaire, the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), the Dissociative Experiences Scale (DES) and completed the Wisconsin Card Sorting Test (WCST). The results show a strong correlation between emotional neglect and physical abuse (r = 0.487, p < 0.001) and emotional abuse (r = 0.711, p < 0.001), suggesting that individuals who have suffered emotional neglect are also more likely to suffer other forms of abuse. Similarly, a correlation was observed between physical abuse and physical neglect (r = 0.396, p < 0.001), reinforcing the idea that these types of violence often coexist. However, when it comes to relating the types of maltreatment suffered and cognitive performance, the results show that the correlations are weak and not significant. For example, emotional abuse (r = -0.052), emotional neglect (r = -0.171) and physical abuse (r = -0.052) did not have a significant effect on WCST performance, although the correlations were negative. This suggests that although there is a link between trauma and certain forms of psychological dysfunction, there is no clear direct relationship between trauma and cognitive flexibility, as measured by the WCST. In conclusion, this study highlights the importance of dissociative experiences such as depersonalization, absorption and distraction in people who have suffered trauma, but does not find a statistically significant link between childhood maltreatment and cognitive performance in adulthood. This raises the question of whether other factors, such as social support or individual coping strategies, could moderate the impact of trauma on cognition. | eng |
| dc.identifier.tid | 203907906 | |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.26/57291 | |
| dc.language.iso | por | |
| dc.rights.uri | N/A | |
| dc.subject | Trauma na infância | |
| dc.subject | Dissociação | |
| dc.subject | Flexibilidade cognitiva | |
| dc.subject | Jovens adultos | |
| dc.subject | WCST | |
| dc.subject | Exposição | |
| dc.subject | Violência | |
| dc.title | O impacto da exposição a traumas na infância na flexibilidade cognitiva | |
| dc.type | master thesis | |
| dspace.entity.type | Publication | |
| thesis.degree.grantor | Universidade Europeia | |
| thesis.degree.name | Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde |
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