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Distúrbios cognitivos e distress psicológico em utentes portadores de HIV/SIDA no norte de Portugal

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A infeção pelo VIH/SIDA é ainda uma das maiores preocupações mundiais e nacionais de saúde pública. A disfunção cognitiva associada ao VIH/SIDA (HAND) pode variar entre um comprometimento neurocognitivo assintomático (ANI), comprometimento neurocognitivo leve (MND) e a demência associada ao VIH (HAD). Embora a terapêutica antirretroviral altamente ativa (HAART) tenha diminuído a prevalência de HAD drasticamente, as formas mais leves de HAND permanecem uma preocupação crescente uma vez que aumentam com a idade. A HAART veio prolongar a semivida dos pacientes portadores de VIH/SIDA minimizando a incidência de doenças oportunistas, mostrando agora a infeção por VIH/SIDA como uma doença crónica. Porém, com o aumento da idade da população VIH positiva em tratamento com HAART, a prevalência de distúrbios neurocognitivos é provavelmente maior em pacientes mais velhos. Assim, a HAND pode tornar-se a causa mais comum de demência no futuro. O comprometimento neurocognitivo pode afetar a adesão à terapêutica retroviral, isolamento social, distress psicológico afetando a morbilidade e mortalidade nestes pacientes. Esta pesquisa foi integrada num projeto mais amplo (NEURHIV - Pessoas com VIH/SIDA e distúrbios neurocognitivos no Estado do Ceará e Norte de Portugal: análise geoespacial, aspetos clínicos, apoio social e estratégias de intervenção). Este estudo teve como objetivo analisar em que medida o distress psicológico está relacionado com a ocorrência de distúrbios cognitivos em utentes infetados por VIH/SIDA; foram selecionados 111 participantes com mais de 18 anos de idade com VIH/SIDA. Os dados foram colhidos através de um questionário sociodemográfico e clínico, BSI (Brief Symptom Inventory) e ao HDS (HIV Dementia Scale) após consentimento informado. Os participantes do estudo apresentaram níveis significativos de sofrimento psicológico e problemas neurocognitivos, que devem, no entanto, ser clinicamente validados. Encontramos uma correlação estatisticamente significativa entre essas duas variáveis, o que aponta para um aumento do risco de demência por VIH. Os resultados sugerem a necessidade de intervenções específicas da saúde mental e da enfermagem psiquiátrica, numa abordagem multidisciplinar; a necessidade de desenvolver estratégias psicoterapêuticas, comunicativas e educativas na consciencialização e informação aos idosos sobre os riscos e consequências da infeção pelo VIH e as suas implicações degenerativas e patológicas, contribuindo para o controlo da infeção pelo VIH, aderência ao regime terapêutico e melhoria da qualidade de vida.

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VIH/SIDA Distress psicológico Demência

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