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Representações sobre a pessoa portadora de doença mental na ilha de Santiago - Cabo Verde

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Abstract(s)

Mais do que nunca, as doenças e os transtornos mentais estão presentes na vida dos indivíduos. Procuram‐se explicações e significados para a existência da doença mental, de forma a perceber como o ambiente, as crenças e os costumes interferem na saúde mental do indivíduo. Procuram‐se novos caminhos que possam conduzir à compreensão e superação desses fenómenos. Verificamos que a doença mental foi percebida ao longo dos séculos, e ainda é, com recurso a diferentes interpretações e significados. Associados a cada uma destas interpretações encontram‐se momentos históricos diferentes e significados culturais vastos e complexos. A existência de muitos tabus e episódios históricos negativos associados à doença mental tende a acentuar os sentimentos de insegurança por parte da sociedade em geral e contribui para o preconceito e o estigma da pessoa com doença mental. O presente estudo tem como objetivo contribuir para uma melhor compreensão das representações que a população local da Cidade da Praia, em Cabo Verde, possui sobre o doente mental, no sentido de melhorar a atuação dos profissionais de saúde, reduzir o estigma e o impacto que a doença mental tem na vida do doente e na sociedade em geral. Este é um estudo de abordagem etnográfica, qualitativo, para o qual a recolha de dados foi efetuada entre junho e julho de 2019, através de entrevistas semiestruturadas. O grupo de participantes foi constituído por 12 indivíduos: três líderes religiosos; um médico espírita membro do movimento espiritualista Racionalismo Cristão; um chefe da Comunidade dos Rebelados; um doente internado no Hospital Psiquiátrico Extensão Trindade; um representante da Comunidade El‐Shadai; três familiares de doentes internados e dois moradores da Cidade da Praia. A análise dos dados foi efetuada sem categorias à priori, segundo o método proposto por Bardin (2010). Este estudo aproximou‐se da perspetiva teórica do conceito de representação social, tendo como principais autores Serge Moscovici (1978) e Denise Jodelet (2011). Foi possível apurar através da análise das representações, que existe uma conotação negativa associada ao doente mental e que o recurso a tratamentos alternativos é notório. Acrescenta‐se a constatação de transtornos associados a consumos abusivos de substâncias psicoativas como a chamada “padjinha” (canábis), com principal ênfase nas bebidas alcoólicas, nomeadamente com o “grogue”.

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Doente Mental Saúde Mental Crenças

Pedagogical Context

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